Políticas curriculares promovem mudanças nos currículos escolares, na prática e na formação docente. Considerando o contexto social e cultural em que a escola está inserida, os ajustes curriculares devem atender às identidades e características da realidade escolar, exigindo uma construção curricular coletiva e formação permanente do professor. Com base nesse contexto, esta produção tem como objetivo discutir os desafios em relação aos enfrentamentos dos professores diante de novas propostas curriculares prescritas e a formação docente. De perspectiva metodológica qualitativa, a pesquisa apresenta uma discussão teórica sobre conceitos e percepções acerca da formação docente e dos estudos curriculares. Os estudos evidenciam que a possibilidade de avanços na Educação Básica nacional implica investimentos na reorganização da formação de professores, buscando uma residência docente pautada na autonomia curricular, que considere o apoio teórico metodológico aos professores como intelectuais críticos e transformadores, visando à desconstrução/reconstrução de agendas e planejamentos que ressignifiquem a profissionalidade docente.
RESUMO:O presente artigo objetiva analisar as políticas públicas para a educação profissional, em especial da década de 1990, com relação à desvinculação do ensino médio e técnico. O campo de pesquisa foi o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) -Campus Jaraguá do Sul. De abordagem qualitativa, a pesquisa contou com análise de entrevistas e análise documental, que deram suporte à interpretação de documentos institucionais, leis, decretos e portarias relacionados à educação profissional na década de 1990, principalmente o Decreto n.º 2.208/1997. Como referencial de análise dos dados contamos com a Análise de Conteúdo, referendada por Bardin (2011). Os resultados obtidos por meio das entrevistas a respeito da reforma da educação profissional, da implementação do Decreto 2.208/97 e da extinção dos cursos técnicos integrados ao ensino médio apontaram que essa política pública contribuiu de maneira significativa para a diminuição da oferta de vagas públicas e gratuitas do ensino médio na instituição. As determinações da reforma da educação profissional acarretaram a queda da qualidade do ensino em virtude da extinção da integração entre educação geral e educação profissional. As políticas públicas deveriam também responder aos desafios de atender a duas demandas: o acesso ao trabalho e a continuidade dos estudos.
O objetivo deste artigo é discutir como os professores que atuam em disciplinas relacionadas às práticas pedagógicas percebem os impactos das diretrizes curriculares para a formação inicial. Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, obteve os dados por meio de entrevista com professores que atuam em cursos de licenciatura. A análise dos dados pautou-se nas diretrizes nacionais (BRASIL, 2002; 2015) e em teóricos como Tardif (2011), Imbernón (2011) e Dourado (2015). Os resultados apontam que, para os formadores, diferentes saberes têm interfaces comuns e que a aproximação da universidade com a educação básica se mostra fundamental, pois a escola é reconhecida como um espaço de formação. Todavia há um silenciamento em relação a aspectos apontados nas diretrizes, como a formação do professor pesquisador, imprescindível para a atuação e formação docente, considerando as demandas e os desafios da educação.
As mudanças curriculares, tanto em Portugal como no Brasil, são cada vez mais influenciadas por pressões transnacionais que exigem padrões mais elevados, implementação de uma cultura comum e uma educação que prepare para o mundo do trabalho, dando assim resposta a uma série de questões oriundas, essencialmente, do cenário econômico. Contudo, perante os aspectos referidos, bem como os recentes avanços científicos e tecnológicos, a educação não pode perder de vista a sua dimensão humana, vendo-se oEnsino Secundário/Ensino Médio compelido a criar condições para que os estudantes desenvolvam competências que os preparem para uma sociedade que se estrutura na base do conhecimento, se transforma a um ritmo cada vez mais intenso e se tornou mais complexa. Importa, por isso, averiguar o que pensam e como se posicionam os professores diante de tais mudanças. Assim, o objetivo deste texto é analisar as percepções de professores acerca das políticas curriculares no que se refere à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no Brasil, e ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, em Portugal. O referencial teórico que fundamenta o estudo refere-se ao currículo e às políticas curriculares. De cariz qualitativo, a pesquisa contou com a participação de professores do Ensino Secundário/Ensino Médio, por meio de entrevistas realizadas nos dois países. Constatamos que, para os professores portugueses, só agora as mudanças criaram condições para a participação das escolas nas decisões curriculares; para os professores brasileiros a BNCC poderá ter uma função mais uniformizadora do que diferenciadora e emancipadora.
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