O objetivo deste artigo é identificar, a partir da perspectiva dos homens executivos, as representações sociais sobre a mulher executiva quanto à sua atuação no ambiente de trabalho. A metodologia tem abordagem qualitativa; quanto aos objetivos, é descritiva; e o método adotado foi o estudo de casos múltiplos. Foram analisadas três empresas de grande porte do Brasil. A amostra foi composta por 31 executivos com posições de alto nível estratégico. A partir da análise de dados emergiram cinco categorias: esforço e comprometimento; lealdade à empresa; disposição para assumir riscos; capacidade de tomar decisões; e capacidade de negociação. A maioria dos entrevistados acredita que as mulheres são mais comprometidas e se esforçam mais; que são menos leais à empresa; que são menos centralizadoras e possuem menor poder de decisão; que são emocionalmente frágeis e passivas; e que precisam adotar uma postura mais agressiva para negociar. Estes dados indicam uma manutenção das representações sociais tradicionais de gênero, em que são atribuídas às mulheres traços de submissão, dependência, fragilidade, emotividade e responsabilidade pelas tarefas domésticas e cuidados relativos aos filhos.
O objetivo desse trabalho foi compreender a atual situação da mulher: casada, mãe, estudante e profissional em relação aos aspectos pessoais e profissionais; e como se dá a divisão de tarefas do lar e cuidados com os filhos em relação ao companheiro. A pesquisa de natureza qualitativa foi realizada com 19 mulheres na faixa de 21 a 60 anos. As contribuições desse trabalho estão em avançar na discussão sobre os desafios da mulher contemporânea que além de ter as demandas do lar, trabalha e estuda. Foi possível observar que a relação da mulher com o trabalho e o lar ainda é marcada por questões culturais relacionadas ao gênero e reforçadas por elas mesmas, que se sentem mais responsáveis pelos cuidados com os filhos e pelas tarefas domésticas que os companheiros e relativizam, e até enaltecem, qualquer participação deles nestas atividades.
An increasing number of studies are being conducted with the objective of understanding discriminatory practices associated with the management of female professionals. Aimed at broadening this discussion in the context of the fourth industrial revolution, this paper discusses results of a quantitative research developed with 45,217 professionals (including women and men) from Brazilian companies participants of the Alliance for the Empowerment of Women, an initiative by UN Women. The results show that women are still underrepresented at the top level of organizations and have little participation in the most demanded professional areas in the context of the Industry 4.0.
Este trabalho discute a relação entre estereótipos de gênero e guetos profissionais para gays e lésbicas. Estudos nessa temática abrangem debates sobre a divisão sexual do trabalho e desigualdades de gênero, que culminam em preconceito e discriminação. Do mesmo modo, torna-se relevante compreender como se pauta a escolha profissional de gays e lésbicas, e como está relacionada às suas identidades de gênero. A pesquisa, de caráter qualitativo e de natureza descritiva, adotou o método estudo de caso. Foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas com 7 gays (3 com comportamento feminino e 4 com comportamento masculino) e 8 lésbicas (4 com comportamento feminino e 4 com comportamento masculino). Os dados mostraram que os guetos profissionais tendem a se formar acompanhando as identidades de gênero de gays e lésbicas apenas quando se expressam como ser feminino. Comportamentos masculinos não garantem para gays ou lésbicas acesso às funções hegemonicamente ocupadas por homens.
A partir de pesquisa realizada com 24 jornalistas, mulheres e homens, abordou-se as desigualdades de gênero no telejornalismo. Em chave dialética, incorporando o fenômeno abelha rainha, refletiu-se sobre a participação de mulheres em posições de poder e seu efeito para igualdade de gênero no trabalho. A análise qualitativa apontou que a chefia feminina parece mais rígida com subordinadas mulheres e que as assimetrias não são superáveis apenas pelo aumento da representatividade em postos de chefia. Em funções semelhantes, as jornalistas formam teias de cooperação para amenizar obstáculos como conflito trabalho-família e maternidade.
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