A violência obstétrica é o termo utilizado para descrever as diversas formas de violência ocorridas na assistência à gravidez, ao parto, ao pós-parto e ao abortamento. Pode ser manifestada por meio de maus-tratos físicos, psicológicos e verbais além de práticas intervencionistas desnecessárias, como a episiotomia. As mulheres em situação de vulnerabilidade social e discriminação, como as mulheres negras, são mais acometidas pela violência obstétrica. O presente estudo teve como objetivo analisar a repercussão da violência obstétrica nas mulheres negras brasileiras a partir de trabalhos presentes na literatura. Trata-se de uma revisão integrativa, na qual utilizou-se a estratégia PICO e um instrumento validado para direcionamento do estudo nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, do PubMed e do Google Acadêmico, a partir de trabalhos publicados entre 2011 e 2021. Houve a seleção de 06 artigos após os critérios de inclusão e exclusão. Os estudos demonstraram que a violência obstétrica mostrou-se mais frequente em mulheres negras durante todo o ciclo gravídico puerperal, tendo como principais repercussões o atendimento desigual e as consequências negativas associadas à saúde mental. Percebeu-se a necessidade de políticas educativas para desnaturalizar o racismo institucional e ampliar o debate sobre as iniquidades raciais na saúde.
Este estudo teve por objetivo relatar a experiência na implantação do telemonitoramento na Atenção Primária à Saúde (APS) na pandemia do Covid-19 e como as tecnologias leve, leve-dura e dura tiveram papel fundamental na garantia da atenção integral e longitudinal dos usuários do Sistema Único de Saúde. Esta experiência ocorreu entre maio de 2020 a fevereiro de 2021, no município de Camaçari, na Bahia, e assistiu cerca de 1.259 indivíduos adscritos no território coberto pela unidade de saúde. Observou-se que o uso das tecnologias visou ofertar não apenas a manutenção da assistência, mas também o fortalecimento do vínculo criado entre profissional e usuário, a organização da gestão do serviço e do cuidado, a minimização de agravos e o fortalecimento da comunicação entre usuário e equipe de saúde. Por esses motivos, esta ferramenta digital reflete um potencial para ser útil e explorada em outros cenários após o período da pandemia.
Objetivo: analisar a incidência epidemiológica da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/AIDS) em idosos, no período de 2010 a 2020, nas regiões do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo desenvolvido a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Analisou-se idosos com 60 anos de idade ou mais com tal patologia nesse intervalo de tempo, verificando as seguintes variáveis: ano de diagnóstico e notificação, sexo biológico, etnia, faixa etária, escolaridade e categoria de exposição. Resultados: Observou-se, no grupo em questão, 14.405 novos casos dessa doença no país, sendo predominante na região Sudeste com 5.565 casos. O perfil epidemiológico principal foi de homens, brancos, de 60-69 anos, com escolaridade de 1ª a 4ª série incompleta e com exposição nas relações heterossexuais. Vale mencionar, com relação ao nível escolar, que cerca de 60% dos idosos analisados se enquadram em categorias educacionais desde o analfabetismo à fundamental incompleto, reforçando a necessidade de um ensino em saúde para a população que transcenda a educação formal. Conclusão: Observou-se um elevado número de idosos com AIDS no período analisado, especialmente em heterossexuais e com escolaridade incompleta. Isso aponta a necessidade de políticas públicas em saúde direcionadas a esse grupo com abordagens sobre saúde sexual pelos profissionais da saúde.
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