Uma reflexão sobre a relação humano-animal na sociedade contemporânea e a ligação com a geografia Una reflexión sobre la relación humano-animal en la sociedad contemporánea y conexión con la geografía A reflection on human-animal relationship in contemporary society and its connection with geography Fábio Luiz Zanardi Coltro fcoltro@sercomtel.com.br Universidade Estadual de LondrinaResumo: O surgimento de um novo campo de investigação, a geografia cultural animal (animal geographies), vem despertando o interesse da academia. Nessa trilha, diversos trabalhos, investigações e pesquisas se pautam basicamente sobre dois grandes eixos de discussão: o que concerne ao animal propriamente dito e o que se volta para as complexas e controversas relações humano-animal. Filófosos vêm, ao longo dos anos, discutindo essa última vertente dos estudos animais; no entanto, pouco se abordou sobre a hierarquização moral nessa complexa relação. O presente artigo tem como objetivo a discussão dessa hierarquização moral nas relações humano-animal e seus desdobramentos no campo social e moral que se encaminha no pensamento da Geografia contemporânea. Nesse escopo pretende-se estudar, a partir da perpectiva da non-representational theory, as relações humano-animal em diferentes culturas e estratos sociais com relação a seu valor sociológico, geográfico e ético. Seria esse o início de uma geografia humano-animal? Palavras-chave: Geografia. Animais. Sociedade contemporânea. Ética.Resumen: La aparición de un nuevo campo de investigación, mascota geografía cultural (geografías animales), han atraído el interés de la academia. En esta pista, varios estudios, investigaciones y estudios analizan básicamente en dos áreas principales de discusión: lo que se refiere al animal adecuadamente y tuvo que volver a las relaciones entre humanos y animales complejos y controvertidos. Filófosos vienen, en los últimos años, hablando de la última parte de los estudios con animales, sin embargo, poco se discute acerca de la jerarquía moral de esta compleja relación. Este artículo tiene como objetivo discutir esta jerarquía moral en las relaciones entre humanos y animales y sus consecuencias sobre los delanteros sociales y morales en el pensamiento de la geografía contemporánea. Este ámbito tiene por objeto estudiar, partindo de la teoría no-representacional, las relaciones entre humanos y animales en diferentes culturas y clases sociales en relación con su valor sociológico, geográficos y éticos. Este sería el comienzo de una geografía humana-animal?Palabras clave: Geogafia. Los animales. La sociedad contemporânea. La ética. DOI: 10.5212/TerraPlural.v.7i2.0002 208 Terr@Plural, Ponta Grossa, v.7, n.2, p. 207-222, jul/dez. 2013. Fábio Luiz zanardi CoLtroAbstract: The emergence of a new field of research, the animal cultural geography (Animal geographies), is beginning to attract the interest of the academy. In this track, several studies, investigations and researches discuss basically two main areas: what concerns the animal itself and what turns to the co...
O advento do Antropoceno tem fomentado inúmeras querelas entre correntes de pensamento sobre as causas e consequências dessa nova era para o planeta e para a humanidade, diante do iminente esgotamento e aprofundamento da distribuição desigual dos recursos naturais. Neste ensaio teórico crítico, propomos a noção de desigualdade hidrossocial como uma leitura alternativa da desigual apropriação física, discursiva e política da água sob a lógica capitalista. Para isso, recorremos, fundamentalmente, às contribuições do Capitaloceno, mais especificamente às ideias de Ecologia Mundo Capitalista e de Natureza Barata, e do ciclo hidrossocial. A noção de desigualdade hidrossocial permite atualizar e ampliar o marco analítico temporal, espacial e material da crise hídrica. A apropriação e distribuição assimétrica do “ciclo hidrológico” e de externalidades, com a submissão cada vez maior do ciclo hidrossocial à lógica neoliberal e estatal, tende a exacerbar as modalidades de desigualdade, injustiças, conflitos, violências de uma crise de grandes proporções.
A proposição da pan-narrativa do Antropoceno em 2002 assinalou uma inflexão na forma de interpretar a crise civilizatória que paira sobre a humanidade. Ela demarca o fim do Holoceno, era geológica de relativa estabilidade climática iniciada cerca de 12 mil anos, e que foi alterada por uma série de descontinuidades espaço/temporais -mensuradas em termos da fixação de nitrogênio, da acidificação dos oceanos, dos níveis atmosféricos de dióxido de carbono ou da perda de biodiversidade. Mais importante, o Antropoceno atribui à humanidade (antropos) status e magnitude de uma força geológica. Na era do Antropoceno 3,4 é cada vez mais reconhecido que o modo como a vida humana se organiza é ecologicamente prejudicial e põe em risco a existência da maioria dos seres vivos 5,6,7 . O crescimento exponencial de nossa liberdade e poder, ou seja, de nossa habilidade de transformar a natureza, é traduzido em uma limitação de nossa liberdade, incluindo a desestabilização das próprias condições de vida biológica. Especialmente desde a Revolução Industrial, ou mais precisamente da invenção
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