Resumo: O objetivo deste artigo é discutir as práticas de governança corporativa em empresas familiares de capital fechado para identificar seus efeitos no seu modelo de gestão e na relação empresa-família. Os mecanismos de governança corporativa são originalmente propostos para empresas de capital aberto, entretanto, suas práticas podem minimizar os problemas de agência encontrados em empresas de controle familiar ao estabelecer regras para as relações entre família, patrimônio societário e gestão, além da clássica separação entre propriedade e controle. São notórias a forte presença de grupos familiares e a alta concentração de propriedade entre empresas de capital privado nacional. Muitas das dificuldades enfrentadas são regularidades entre as organizações familiares, entretanto, não existem regras e soluções que atendam a todas de modo satisfatório. Dessa forma, o trabalho empírico consistiu no estudo de caso do Grupo Orsa, no qual são explorados os benefícios e os principais desafios de práticas de governança corporativa por meio do Conselho de Administração, Conselho de Família e Comitê Gestor, que representam estruturas de integração do modelo tridimensional família-propriedade-gestão.Palavras-chave: Empresa familiar. Governança corporativa. Gestão. INTRODUÇÃOO presente artigo investiga as contribuições das práticas de governança corporativa em empresas familiares, particularmente, no gerenciamento da relação negócio-família e nas relações internas da empresa. Explora as motivações que levam uma empresa de capital fechado a conduzir o processo de governança corporativa que, originalmente, é proposto para suprir as necessidades de transparência e controle entre acionistas e executivos de empresas de controle pulverizado listadas em bolsa.São notórias a forte presença de grupos familiares e a alta concentração de propriedade entre empresas de capital privado nacional. Mas poucas empresas familiares se perenizam e escapam de falência ou aquisição pela concorrência. Fato este constatado em diferentes países, em estatísticas distintas, mas que apontam para a mesma direção. Seria resultado do ciclo de vida das organizações, do dinamismo seletivo dos mercados ou do fracasso de seu modelo de gestão?De acordo com Villalonga (2006), empresas familiares geridas pelos seus fundadores têm mostrado resultados superiores às empresas não-familiares. O estudo, aplicado nas 500 maiores empresas norte-americanas listadas pela Fortune no período de 1994 a 2000, indicam que empresas familiares podem criar mais valor, mas não perduram ao longo das gerações.Por que as empresas familiares diferem das não familiares? Davis e Tagiuri (1984) sugerem que as empresas familiares apresentam atributos bivalentes únicos, derivados de combinações entre
da qual fui bolsista e teve fundamental importância para o desenvolvimento desta pesquisa. iii AGRADECIMENTOS Ao professor Décio Zylbersztjan, pela atenção na orientação desta pesquisa e pela oportunidade de convívio que me propiciou experiências das quais me lembrarei ao longo de minha carreira profissional. Aos professores Elizabeth Farina, Marcos Fava Neves e Samuel Giordano, pelos estímulos constantes e acolhimento no PENSA/USP. Aos professores Rubens Nunes e Sylvia Macchione Saes, pelas importantes contribuições durante o exame de qualificação, extremamente relevantes para direcionamento dessa pesquisa. Ao Edmir Donine, Ossamu Yabuta e Wagner Shinoda, empresários e expoentes da avicultura de postura brasileira, pela paciência nas entrevistas e pelo pronto atendimento às solicitações durante a coleta de dados. Aos incentivadores e apoiadores desta pesquisa. Agradecimentos ao Erico Pozzer e José Carlos Teixeira, presidente e dirigente, respectivamente, da APA, Associação Paulista de Avicultura; ao Edmir Donine, presidente da APOESP, Associação dos Produtores de Ovos do Estado de São Paulo; à Estelamara Moreira Ferreira, consultora que gentilmente cedeu dados levantados pelo SEBRAE Marília sobre a avicultura de postura e que me auxiliou no desenvolvimento do trabalho de campo. Aos amigos Cláudio Pinheiro Machado Filho, Matheus Kfouri Marino e Roberto Scare, em nome dos quais estendo o agradecimento à já talentosa e ainda mais promissora equipe do PENSA/USP, pelo companheirismo e enriquecedora convivência. À Nice Santana, pela paciência e amizade. Aos meus familiares, em especial ao tio Celso Mizumoto, pelo primeiro acolhimento na cidade de São Paulo e pelos estímulos constantes ao meu desenvolvimento. Ao Eduardo Fugihara, à Anne Gobara e à Juliana Kitahara, pela paciência em meus momentos de ansiedade e pelos diversos momentos de descontração que me propiciaram no período de dissertação.
special thanks to Matheus Marino, who have encouraging me to develop academic and consultancy activities.
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