RESUMO A educação de adultos pressupõe a utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, que proponham concretamente desafios a serem superados pelos estudantes, tendo o professor como facilitador e orientador do processo. O objetivo deste estudo foi relatar o uso da Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) como estratégia de avaliação dos alunos na disciplina Interação Ensino-Serviço na Comunidade (Iesc) no curso de Medicina. A aplicação da ABE ocorreu em duas turmas da Iesc, respeitando as três etapas previstas na metodologia. A experiência obtida com a aplicação da ABE em substituição à prova tradicional demonstrou aspectos relevantes, como: na preparação, é fundamental que o acadêmico se comprometa a estudar os temas propostos; a utilização de aplicativo foi uma estratégia inovadora; o desempenho da equipe superou o individual. A aplicação dos conceitos ocorreu nas aulas de campo da Iesc, pois esta propõe a observação de casos clínicos reais nas unidades de saúde e comunidade, utilizando os conhecimentos teóricos adquiridos para direcionar intervenções. A aplicação da ABE se mostrou um método eficiente para avaliação na Iesc, que se pauta na perspectiva da interação e processos colaborativos. O uso do recurso tecnológico como ferramenta despertou interesse entre os estudantes, minimizando a tensão que geralmente ocorre durante o processo da avaliação tradicional. É importante que os cursos de formação em saúde façam uma análise constante para que práticas do ensino tradicional não sejam supervalorizadas em detrimento das práticas ativas de aprendizagem.
Objetivo: Caracterizar os casos de microcefalia da região oeste de Mato Grosso presumidamente pela síndrome congênita do Zika vírus. Método: Estudo descritivo, retrospectivo em desenho longitudinal. Foram incluídos no estudo crianças com microcefalia presumidamente pela síndrome congênita do Zika vírus. As variáveis selecionadas foram o perfil epidemiológico com dados sociodemográficos, monitorização do crescimento por meio da análise da evolução do perímetro cefálico, do comprimento, do peso e do índice de massa corporal. Resultados: 12 pacientes foram incluídos no estudo. Cinco crianças nasceram com microcefalia congênita e seis desenvolveram microcefalia pós-natal. O perímetro cefálico evoluiu de forma inadequada apenas no primeiro semestre de vida, onde a taxa foi de 0.72 cm/mês e o ideal é 1.5 cm/mês. As complicações mais encontradas foram paralisia cerebral tetraparética (91.66%), atraso global no desenvolvimento neuropsicomotor (91.66%), epilepsia (58.33%) e síndrome piramidal (50%). Achados pouco observados na literatura e encontrados no estudo foram síndrome de West, dilatação do seio sagital superior e ventrículos laterais únicos. Todos apresentaram alterações no exame de neuroimagem. O mais encontrado foi paquigiria (66.67%), ventriculomegalia (58.34%) e calcificações subcorticais (41.66%). Conclusão: O reconhecimento do fenótipo de acometimento da síndrome congênita do Zika vírus ajudará a garantir uma avaliação etiológica apropriada e um acompanhamento multiprofissional contínuo adequado dessas crianças afetadas.
O ambiente escolar é um excelente espaço para a prática de atividades interdisciplinares. Nesse sentido, a horta orgânica tem sido reconhecida como método eficiente para a promoção da saúde por meio da educação nutricional, além da conscientização ambiental. De forma complementar a horta pode ser utilizada para atividades sensoriais, visando estimular os sentidos através de diferentes cheiros, cores, texturas e formas, sendo referida no tratamento de transtornos do desenvolvimento. Diante disso, o estudo teve por objetivo avaliar a implementação uma horta orgânica e sensorial como instrumento de educação nutricional, permeando as dimensões social de saúde na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de Passos/MG. Para obtenção dos dados utilizou-se da metodologia qualitativa de cunho exploratório, com uso de ferramentas como questionário, diário de campo, registro das observações, e a análise de exemplos aplicados. Participaram do estudo alunos com transtorno do espectro autista, sexo masculino, com idade entre 10 e 14 anos, que frequentaram a instituição referida nos meses de março a novembro de 2019, em ambos os períodos, com autorização prévia dos responsáveis. No início do projeto todos participantes tinham a percepção sobre alimentos saudáveis e não saudáveis, porém a preferência pelos alimentos não saudáveis, incluindo salgadinhos, era elevada. Após a realização das atividades propostas houve maior preferência por alimentos saudáveis como frutas e verduras. De maneira geral os alunos iniciaram as atividades de maneira tímida, no decorrer do processo foram interagindo, tornando-se mais ativos à medida que exploravam o ambiente e sua diversidade sensorial. As hortas orgânicas e sensoriais são estratégias pedagógicas que contribuem para a promoção da saúde, melhoram a relação com o alimento, além de favorecer o desenvolvimento de habilidades pessoais, participação social, empoderamento e igualdade, aspectos de extrema relevância para portadores de transtorno do espectro autista.
Introdução: A fibromialgia é uma síndrome dolorosa muito comum na prática clínica, caracterizada, principalmente, por dor musculoesquelética crônica e generalizada, bem como fadiga, rigidez articular e distúrbios do sono. No entanto, possui uma apresentação clínica bastante vasta e heterogênea, comprometendo diversas esferas da vida dos pacientes. O objetivo foi verificar a efetividade das terapias em grupo na qualidade de vida dos pacientes fibromiálgicos. Método: Trata-se de uma revisão sistemática, a qual buscou analisar as pesquisas relacionadas ao tema entre 2010 e 2020. A busca dos artigos ocorreu na BVS nas bases de dados LILACS e MEDLINE, sendo incluídos apenas artigos originais disponíveis na íntegra. Resultados: Foram encontradas 86 publicações científicas e, após exclusão de duplicados, aplicação de filtros e análise inicial, foram selecionados 6 artigos para compor o corpo amostral. Posteriormente, os artigos foram agrupados de acordo com a sua temática central em: 1) Efeitos positivos da terapia interdisciplinar em grupo nos sintomas físicos e psicossociais da fibromialgia; 2) Empoderamento do paciente no enfrentamento da fibromialgia; e 3) Qualidade da assistência profissional e a rede de apoio social da terapia em grupo. Conclusão: Verificou-se que a aplicação das terapias em grupos impactou, positivamente, a qualidade de vida dos pacientes em sua dimensão física, psicoemocional e social. Além disso, concluiu-se que incluir o paciente como protagonista do seu tratamento e construir uma rede de apoio são fundamentais para o enfrentamento da doença.
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