Resumo: O artigo relata o andamento de uma investigação sobre confluências entre uma perspectiva holística da saúde, a interculturalidade e a formação do professor de Ciências do ensino fundamental. A pesquisa buscou analisar os impactos de dinâmicas dialógicas e práticas pedagógicas interculturais nas impressões de licenciandos e professores da escola básica sobre a saúde e a educação intercultural. Utilizou-se uma metodologia participativa que permitiu planejar, experimentar e avaliar coletivamente práticas pedagógicas interculturais numa rede municipal de ensino da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O empreendimento tem favorecido reflexões críticas sobre os instrumentos e as finalidades da docência emancipatória, identificando uma significativa influência da interculturalidade na construção de conceitos e condutas voltadas à saúde física, mental e social. A análise pontua, ainda, que a proposta não pode ser limitada a escalas pontuais ou a momentos episódicos na esfera escolar, devendo ser cultivada diariamente na formação e na carreira docente.
Este artigo buscadialogar com o campo acadêmico de estudosacerca da formação docente e da prática pedagógica em Ciências no ensino fundamental, tendo como foco o conceito de educação intercultural em saúde. Explorando fontes teóricas, documentais e empíricas variadas, é desenhada uma dialética entre a potencialidade representada pela apropriação educativa dos conceitos de saúde, interculturalidade e reflexividade crítica e o debate acadêmico nacional. Atualmente, verifica-se uma reincidência de políticas e estudos sobre a educação em saúde na escola básica frente ao patente desafio representado pela promoção da saúde. Por sua vez, a pesquisa nacional acerca do ensino de Ciências tem-se tornado cada vez mais prolífica, abordando as problemáticas da saúde, da interculturalidade e da capacitação crítico-reflexiva dos professores. Contudo, quando se trata de reunir essas pautas num único esforço investigativo e proposititivo nota-se uma agenda ainda incipiente.Como síntese, a análise se debruça sobre enfoques teóricos e práticos, apontando como viável uma formação crítico-reflexiva que possa ajudá-los a compreender seu trabalho como exercício autônomo e coletivo de pesquisa em cooperação com a academia, reconfigurando a didática e o currículo escolar como campos de construção de significados e práticas interculturais e saudáveis.
O artigo relata pesquisa empreendida acerca da educação intercultural em saúde na escola básica e da formação crítico-reflexiva de professores de Ciências. O estudo teve por objetivo analisar os efeitos do desenvolvimento de dinâmicas dialógicas interculturais nas ideias sobre a saúde e a educação intercultural cultivadas por professores de Ciências do ensino fundamental de ambos os segmentos. Para tanto, a investigação se assentou em processos de pesquisa-ação numa escola pública da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, organizados em etapas de diagnóstico, intervenção e avaliação dos achados. A pesquisa demonstrou a educação intercultural em saúde como uma aposta não só altamente possível como também desejável a um ensino que seja pensado como uma práxis crítico-reflexiva.
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