Numa amostra de 33 esquizofrénicos crónicos, estudaram-se os efeitos clínicos do tratamento psicofarmacológico com neurolépticos durante 12 meses do seguimento. Os sintomas dos doentes foram avaliados pela PANSS, GAF e impressão clínica global (ICG), no início e fim do seguimento. A emoção expressa (EE) das famílias foi avaliada pela Camberwell Family Interview. Vinte famílias da amostra eram do tipo EE alta e treze do tipo EE baixa. Comparando as melhores clínicas dos doentes nos dois grupos de famílias de EE baixa tiveram melhores resultados na escala de sintomas positivos da PANSS e na GAF que os doentes que viviam com famílias de EE alta. Os resultados parecem estar de acordo com a teoria da activação psocofisiológica (arousal) provocada pelo stress que seria maior nos doentes das famílias de EE alta e menor nos de famílias de EE baixa. Assim, é de admitir que os efeitos da medicação em 12 meses de seguimento possam relacionar-se com o tipo de EE das famílias dos doentes.DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v14i1.525
Resumo Este trabalho é um estudo de replicação das recaídas de doentes esquizofrénicos, num seguimento de 12 meses, e da emoção expressa (EE) das fam ílias dos doentes. Numa amostra de 53 doentes esquizofrénicos crónicos, a EE dos fam iliares foi avaliada pela Camberwell Fam ily Interview (CFI). Os doentes estavam em tratamento psiquiátrico am bulatório com neurolépticos. A análise de conteúdo das entrevistas revelou que 66% das fam ílias eram do tipo EE alta e 34% do tipo EE baixa. Os scores das escalas da C FI foram: comentários críticos 4,1 (média), a hostilidade foi expressa por 15% dos familiares e a sobre-implicação em ocional por 23%. Trinta e sete fam iliares são do sexo m asculino e 41 do sexo feminino. Os fam iliares do sexo fem inino expressaram mais sobre-implicação emocional (37%) que os do sexo masculino (8%). Durante os 12 meses de seguimento, recaíram 57% dos doentes que viviam em famílias de EE alta e 17% dos que viviam em fam ílias de EE baixa. A comparação com os resultados de diferentes estudos realizados em diferentes países mostra m aior semelhança entre os nossos resultados e os dos estudos espanhóis, designadamente em relação ao criticismo dos familiares que é m aior nos estudos anglo-saxónicos. Apesar da dimensão cultural da EE, os resultados confirmam a constatação geral de que recaem mais os doentes que vivem em fam ílias de EE alta. Palavras-chave Esquizofrenia; emoção expressa; recaídas.A esquizofrenia é uma doença mental heterogénea nas suas manifestações sinto máticas e formas de evolução. Esta particularidade desde logo levou os clínicos a estudarem os factores de prognóstico dos diferentes cursos da doença. Na sua mai oria estes factores relacionam-se com aspectos sociodemográficos, formas de início e tipo de resposta ao tratamento psicofarmacológico.Brown, Carstairs e Topping (1958) publicaram um estudo sobre a adaptação pós-hospitalar dos doentes mentais crónicos. Nesse estudo os autores verificaram que, após a alta hospitalar, os doentes que viviam sós ou com um membro da fratria re caíam menos que os que viviam com os pais. As percentagens encontradas foram 17% de recaídas para os primeiros e 36% para os segundos. Esta diferença foi atri buída pelos autores ao tipo de clima emocional das diferentes famílias. 32Filipe Damas dos Reis, e t a i Para avaliar esse clima emocional, Brown e Rutler (1966) elaboraram um guia de entrevista dos familiares a que chamaram Camberwell Family Interview (CFI). Através da análise discriminante identificaram três dimensões nas respostas dos familiares, quando se referiam ao doente, que se relacionavam com a taxa de recaí das num seguimento de nove meses.Estas dimensões são os comentários críticos, (cc), a hostilidade (Ho) e a sobre-implicação emocional (SIE).Foram identificadas, para além destas, outras dimensões, como os comentári os positivos e o calor afectivo, que não revelaram qualquer relação com as taxas de re caídas no período de seguimento considerado.Os autores verificaram ainda que os scores das dimensões da CFI variavam pouco no decur...
Recent studies involved the pathways of kinases regulated by extracellular signal (ERK - extracellular signal regulated kinases), a broad range of key cellular processes, in the mechanisms of depression and consequently in the action of antidepressants. It is also known that the use of specific inhibitors of phosphorylation of ERKs1 / 2 showed to have antidepressant effect in animal models. Fluoxetina (SSRI) was recently discovered to be a potente inhibitor of phosphorylation of ERKs. The ERKs1 / 2 and recently the 3, are present in neurons and glia, these also engaged in biological mechanisms of depression.The authors propose to do, based on the current literature, the characterization of the type (s) of cell (s) where changes in activation of ERKs1 / 2, occur during depression, and during the administration of antidepressants, in order to understand, to what extent these kinases may be considered as biological markers of depression. Possibly also to examine the feasibility of using these markers in clinical use.
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