Resumo Neste artigo efetuou-se uma investigação acerca das transformações dos trabalhos publicados na Revista de Administração Pública (RAP) no período de 2003 a 2016, por meio da pesquisa bibliométrica. Como resultados principais, observou-se a consolidação do campo, com aumento no número de autores por artigo onde a maioria deles são masculinos, mas com elevação na participação de pesquisadoras mulheres, em um contexto onde a maior parte dos autores é de brasileiros provenientes de instituições públicas. Incrementaram-se trabalhos do tipo estudo de caso, de abordagem aplicada e com metodologia quantitativa, em comparação a trabalhos publicados nos anos de 1994 a 2002.
Este artigo tem como objetivo analisar a evolução das despesas públicas em políticas sociais e seus impactos sobre o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) para os 77 municípios da Região Funcional 7 (RF-7), do Rio Grande do Sul, no período de 2007 a 2015. Tem-se como referência o método empírico analítico, trabalhando com dados secundários obtidos junto à Secretaria do Tesouro Nacional e à Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul. Utilizam-se análises descritivas e, juntamente com os respectivos níveis de correlação de Pearson, estimam-se modelos de regressão em dados em painel para o conjunto de municípios da referida região. Entende-se as políticas sociais como o conjunto de ações do Estado com o objetivo de garantir proteção e promoção social aos cidadãos. Trabalha-se com o enfoque do desenvolvimento humano, nos espaços locais-regionais. As evidências mostraram que: o IDESE dos municípios elevou-se na maioria dos anos da amostra; embora poucos municípios tenham alcançado o alto desenvolvimento (acima de 0,800), a quantidade neste patamar tem se elevado; os investimentos em políticas públicas sociais são positivamente correlacionados com o indicador de desenvolvimento na maioria dos municípios da região; e que os impactos da aplicação dos investimentos se apresentaram distintos ao longo do território e com significância estatística em um grupo específico de municípios.
Palavras-chave: Políticas Públicas Sociais. Idese. Dados em Painel. Regiões Funcionais. Desenvolvimento.
Objetivo: O objetivo deste artigo é verificar a situação da distribuição de hospitais, da oferta de leitos hospitalares e ventilação mecânica nos municípios da Região Funcional 7 (RF-7) do Rio Grande do Sul (Brasil) e inferir possíveis impactos socioeconômicos da nova Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) - Coronavírus, conhecida como COVID-19. Métodos: utilizaram-se dados do DATASUS de maio de 2020, para a disponibilidade de acesso hospitalar e equipamentos, os dados do IBGE para distribuição etária e população. Para inferir os impactos socioeconômicos, utilizaram-se o número de casos de coronavírus e número de casos por cada cem mil para a data de 11 de julho de 2020 como variáveis dependentes e, para covariáveis as informações do Censo de 2010 dos constructos Demografia e Saúde, Educação, Habitação, Renda, Trabalho e Vulnerabilidade. Resultados: evidencia-se que muitos munícipes dependem de deslocamentos para os atendimentos das unidades hospitalares, bem como nos municípios menores é que existe maior percentual de população idosa na relação com a população total. Pelas regressões estimadas, pode-se inferir que os fatores socioeconômicos associados com a disseminação do vírus tendem a afetar, de forma mais intensa, os Coredes Celeiro e Missões; e que as dimensões Educação, Habitação, Renda e Trabalho possuem variáveis que impactam diretamente na evolução da pandemia na região. Conclusões: a crise de saúde evidenciada pela pandemia impõe desafios aos agentes públicos, portanto para seu enfrentamento são necessárias estratégias que levem em conta a capacidade regional de atendimento do sistema de saúde e as diferenças socioeconômicas locais, fatores que podem estar estimulando o avanço da COVID-19.
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