A pandemia de COVID-19 se configura como um desafio global sem precedentes, cujos impactos sobre os sistemas de saúde ao redor do mundo podem ser caracterizados como uma espécie de tragédia dos comuns, na qual o número de pessoas adoecidas ao mesmo tempo pode superar rapidamente o número de equipamentos hospitalares e a quantidade de profissionais capacitados para prestar os atendimentos necessários. O presente trabalho teve como objetivo discorrer sobre os fatores comportamentais envolvidos em problemas sociais semelhantes aos enfrentados durante a atual situação de pandemia e, a partir disso, explorar estratégias que podem ser utilizadas para potencializar a adoção de ações e intervenções voltadas para minimizar os efeitos da COVID-19 sobre os indivíduos e sobre a sociedade como um todo. Processos comportamentais envolvidos no autocontrole e na cooperação social foram identificados e descritos como relacionados com uma maior ou menor probabilidade de adesão às medidas protetivas necessárias para o enfrentamento da pandemia, tais como o distanciamento social, o fortalecimento de hábitos de higiene e o uso de equipamentos de proteção individual. Com base na literatura analítico-comportamental, foram propostas nove estratégias de autocontrole e cooperação social que se configuram como alternativas não-coercitivas para se frear o avanço da doença, de modo a permitir que os sistemas de saúde atendam adequadamente todas as pessoas que precisem de cuidados médicos nesse momento.Palavras-chave: dilema dos comuns; tomada de decisão; desvalorização pelo atraso; desvalorização pela probabilidade; desvalorização social.
ResumoO objetivo foi investigar o efeito da história comportamental com regras correspondentes, discrepantes e mínimas sobre o seguimento de uma regra discrepante subsequente. Participaram 20 estudantes universitários distribuídos em quatro grupos. Nas duas fases do estudo a tarefa foi clicar um botão e ganhar pontos, liberados de acordo com um DRL 5 segundos. Na Fase 1, os grupos foram caracterizados de acordo com a instrução fornecida: Grupo Controle e Grupo IM (Instrução Mínima), Grupo IC (Instrução Correspondente) e Grupo ID (Instrução Discrepante). Na Fase 2 o Grupo Controle recebeu novamente a instrução mínima e os demais grupos receberam uma instrução discrepante. A IM informava que os participantes deveriam ganhar pontos usando o mouse; a IC dizia que deveriam pressionar o botão a cada 5 s e a ID dizia que deveriam pressionar o botão a cada segundo. Os resultados do presente estudo sugeriram que as histórias com instruções correspondentes (Grupo IC) e discrepantes (Grupo ID) na Fase 1 aumentaram o tempo necessário para o contato com as contingências programadas na Fase 2 e a história com instruções mínimas aumentou a probabilidade de sensibilidade comportamental. Palavras-chave:História comportamental, comportamento governado por regras, resistência à mudança. Effect of Rules and Rule Change on the Behavior in DRL AbstractThis study aimed to investigate the effect of behavioral history with correspondent, discrepant and minimum rules on the following of a subsequent discrepant rule. The participants were twenty students distributed into four groups. Along two phases the tasks was clicking a button and earn points released in accordance with a DRL 5 seconds. In Phase 1, groups were assigned according to the instruction provided to them: Group Control and Group IM (Minimum Instruction), Group IC (Correspondent Instruction) and Group ID (Discrepant Instruction). In Phase 2, participants of Group Control received the same 1 Endereço para correspondência: Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380, Caixa Postal 10.011, Londrina, PR, Brasil, 86057-970. Fone: (43) 3371-4227. E-mail: caecosta@uel.br Fernanda C. Calixto era discente do Mestrado em Análise do comportamento da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e bolsista pela Fundação Araucária durante a realização desse trabalho. Os autores agradecem a ajuda da discente de graduação em Psicologia da UEL, Angela Cândida da Costa, pela coleta e tabulação parcial dos dados da presente pesquisa.
Resumo: A Análise Comportamental do Discurso (ACD) especifica eventos antecedentes e consequentes de sentenças-argumento (S-As) emitidas por falantes, identificando possíveis variáveis que controlam e mantêm a combinação dessas sentenças (discurso). Em textos, dentre essas variáveis se destacam aquelas que controlam o leitor. Este estudo aplica a ACD na análise das variáveis específicas que podem ter estabelecido e mantido o discurso de autoajuda no livro O Segredo. S-As foram selecionadas para a ACD, que se constituiu em discriminar e interpretar suas ocorrências, seus eventos antecedentes e consequentes, reinterpretá-las para encontrar exemplos que confirmassem a regularidade de certas funções e autodescrever funcionalmente o comportamento de interpretá-las. Conclui-se que o discurso de autoajuda de O Segredo é marcado por autoclíticos quantificadores, relacionais e descritivos que, juntos com predicação, parecem funcionar para que a propriedade de certeza garanta a popularidade do livro. Esses controles autoclíticos parecem ser a marca funcional dos discursos de autoajuda em geral. Os controles dos autoclíticos relacionais, por exemplo, são as propriedades das relações entre os operantes primários do discurso em O Segredo (eventos antecedentes) e o aumento na probabilidade do seu leitor se comportar de acordo com o modo como essas relações são descritas pela sua autora (as consequências).Palavras-chave: análise de discurso; comportamento verbal; autoclítico; autoajuda.
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