Ao querido Prof. Dr. Mário César Lugarinho, pela generosidade, orientação, paciência e confiança, desde a Iniciação Científica. Aos meus pais, Iracema e Orlando, pelo cuidado, pela compreensão, por serem quem são. Aos meus irmãos Amanda e Vinicius, pela vida toda, essa e as outras. Às minhas tias Carmem Lúcia e Maria Gorete, por me inspirarem força e beleza nos caminhos de ser mulher negra nordestina. À minha avó poeta Maria Anita, pelo amor, pela fortaleza. Ao Coletivo de Mulheres Negras Louva-deusas, pelas aprendizagens. À Flávia Rios e à Viviane Angélica, pela leitura valiosa do projeto. Ao Marciano Ventura, pelos livros raros da Carolina.
How do black women writers develop their own writing voice in a novel? This question will be discussed by focusing on three novels written by Black Brazilian women in different historical epochs: Úrsula (1859) by Maria Firmina dos Reis, As mulheres de Tijucopapo (1982)
Dedico este trabalho a minha avó Anita-sou porque és em mim. Ao meu filho Cauê-a maternidade é a mais aguerrida das estradas amorosas e ao meu companheiro Carlos-amor forte como madeira de maçaranduba, madeira de jacarandá. 5 AGRADECIMENTOS Antes de tudo, aos Orixás e Guias espirituais, minha sustentação, prumo e descanso. Aos momentos transparentes de intuição, paz e comunicação com meu Ori: no centro do furacão, ou no deserto. Aos meus pais, Iracema e Orlando, meus maiores parceiros e alicerces na vida em todas as estradas percorridas, vocês são meu espelho. Aos meus irmãos Amanda e Vinicius, orgulho e admiração maior que tenho é vocês. Ao Carlos, meu companheiro, pelo cotidiano amoroso e por construir o futuro toda manhã comigo. A Odila Aparecida, a quem tive a sorte de ser avó do meu filho, seu apoio e generosidade possibilitaram espaço para cada passo.
A presença autoral negra na literatura brasileira pode ser mapeada pelo menos desde o século XIX, através de autores e obras muitas vezes silenciadas pelo cânone. A dinâmica de silenciamento de autorias dissonantes ao eurocentrismo, que pauta a constituição do perfil hegemônico de autor no Brasil, é observada neste artigo através de quatro autores representativos tanto da diversidade da autoria negra quanto do emparedamento que a atravessa. Cruz e Sousa, Lima Barreto, Carolina Maria de Jesus e Stella do Patrocínio vivenciaram contextos diferentes e historicamente específicos, mas suas produções e existências autorais permitem a reflexão sobre o emparedamento como marca nacional constituinte.
Na primeira parte deste artigo discute-se a condição minoritária do gênero romance dentro da produção literária de autoria negra brasileira, dado que constitui um problema de amplas dimensões, principalmente pensando na tradição nacional estabelecida em torno desse gênero historicamente reivindicado na construção da identidade da nação. No segundo momento do texto, adentra-se propriamente a questão da forma romance frente à representação da experiência histórica nacional narrada sobre a exclusão do sujeito negro. Por fim, destaco a obra pioneira da romancista negra Maria Firmina dos Reis, pensando Úrsula como um romance de fundação oitocentista, cujo paradigma discursivo está em circulação – conforme se nota nos romances de autoras negras brasileiras publicados nos séculos XX e XXI.
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