O presente artigo, desenvolvido no Mestrado Profissional em Letras – Profletras, tem por tema a reescrita de textos, uma das etapas do processo de produção textual, juntamente com o planejamento, a escrita, e a revisão. No intuito de compreender significados que professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental – séries finais - atribuem à etapa da reescrita, realizamos uma pesquisa qualitativa, interpretativista, utilizando um questionário para geração de dados, cujas respostas obtidas compõem o corpus ora em análise. Para isso, apoiamo-nos em estudos de Bakhtin, entre outros autores, sobre as concepções de escrita; de produção textual, tipos de correção. Também levamos em consideração o que preconizam os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN) sobre esse tema. Os resultados demonstram, segundo as respostas dadas, que a reescrita é uma prática que acontece em sala de aula. Entretanto, quando se analisam as explicações de como ela se desenvolve na prática, observamos que sua efetivação se centra em aspectos como: indicação e correção de “erros” gramaticais, na superficialidade do texto, desconsiderando-se a interlocução. Desse modo, o trabalho com a reescrita estaria voltado prioritariamente à dimensão formal do texto, relegando-se a segundo plano (ou talvez até nem considerando) questões do âmbito discursivo.
presente trabalho propõe uma análise dos comandos de produção textual do livro didático Singular & Plural: leitura, produção e estudos da linguagem sob a perspectiva dialógica e interacional de linguagem proposta pelos estudos do círculo de Bakhtin, os quais concebem a linguagem como um produto histórico, marcado cultural e socialmente, e que, desse modo, todo discurso se organiza em diálogo com outros enunciados e com a necessidade de interação com o outro. Diante disso, o objetivo do estudo apresentado neste artigo foi verificar se nas propostas de produção textual, do livro analisado, havia algum indício de trabalho com o texto em uma perspectiva dialógica e interacionista, que considera os gêneros discursivos como instrumentos para o ensino da língua. Selecionou-se o livro didático como objeto de estudo porque considera-se que este é, muitas vezes, o único material orientador da prática de produção textual. Para análise do livro, tomaram-se, como base teórica, a concepção dialógica de linguagem (BAKHTIN, 2006) e a concepção teórico-metodológica interacionista de linguagem (GERALDI, 1997, 2006). Para sistematizar a análise do material, foram utilizados os encaminhamentos produzidos por Costa-Hübes (2012), os quais possibilitaram constatar que as propostas de produção textual, presentes no livro didático analisado, seguem o viés interacionista e buscam articular a linguagem com seus interlocutores, de modo que o discurso se estabeleça por meio do texto em produção.
Este artigo analisa comparativamente o evento histórico da Conjuração Mineira (1789) nas obras A Viagem Proibida: nas Trilhas do Ouro (2013), de Mary Del Priore, e História Sociedade & Cidadania (2018), de Alfredo Boulos Junior. O cotejo das duas obras, realizado a partir dos pressupostos de Hutcheon (1991), Burke (1992), Trouche (2006), Fleck (2017) e Bernd (1998), demonstra que a narrativa híbrida de história e ficção enseja outras formas de reflexão a respeito de fatos históricos e promove a conscientização do leitor.
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