Resumo: Este artigo apresenta algumas reflexões sobre o trabalho com gêneros textuais e o desenvolvimento da consciência fonológica no processo de aquisição da leitura e escrita, bem como descreve uma proposta de trabalho com o gênero trava-língua para alunos em fase de alfabetização. Trata-se de pesquisa-ação pautada na perspectiva da relação necessária entre alfabetização e letramento, em que se busca desenvolver as habilidades de leitura e escrita voltadas aos usos sociais da linguagem ao mesmo tempo em que promove a apropriação do sistema de escrita alfabética. Palavras-chave:Alfabetização. Letramento. Consciência fonológica. Gênero trava-língua.Abstract: This paper presents some reflections on the genre-based approach and the development of the phonological awareness in the process of acquisition of reading and writing, and describes a proposal of activities with the genre tongue-twister for students in process of reading and writing instruction. It is action research based on the perspective of the necessary relationship between the two dimensions of literacy, in which the aim is to develop the reading and writing skills considering the social uses of language while promoting the appropriation of the alphabetical writing system.
Este artigo é o resultado de uma pesquisa que analisa o material de orientação didática da avaliação em larga escala intitulada “Prova Brasil”. Mais especificamente, detivemo-nos numa das habilidades cognitivas mensuradas por esse exame nacional, a que trata da variação linguística. O objetivo é o de avaliar se e como as prescrições desse instrumental incorporam as contribuições teóricas da sociolinguística. A metodologia adotada, levando em conta o aspecto da natureza dos dados, foi a do Paradigma Qualitativo, e, considerando o aspecto da maneira de coleta de dados, a tipologia de pesquisa é a documental. Os resultados encontrados na análise dos dados foram o uso intercambiável dos termos “variação”, “mudança” e “norma” e a (im)precisão do que deveria ser a pedagogia da variação linguística, que considere as variadas maneiras de uso da língua, adequadas às diferentes situações de interação e combatendo o preconceito linguístico: recomenda-se o tratamento da variação em sala de aula, mas de forma inadequada diante da língua-padrão. Em suma, ao divulgar essa compreensão dos aspectos da língua, os elaboradores do material demonstram manter um entendimento de língua com funcionamento homogêneo, uma visão já superada pelas contribuições sociolinguísticas. Ademais, ao reproduzidos pelos professores em cada sala de aula, favorece a manutenção do status quo, da geração e da circulação de preconceitos acerca da língua.
A redação do ENEM é um desafio a ser enfrentado pelos alunos concluintes do Ensino Médio que almejam ingressar em cursos superiores. E na rede federal de ensino, preocupa-se com a formação de cidadãos críticos e reflexivos, munindo os discentes de todas as ferramentas possíveis para que eles ingressem no ensino superior. Assim sendo, este artigo analisamos as representações sociais que alunos do 3º ano do Curso de Informática Integrado ao Ensino Médio de um campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR) produzem acerca da redação do ENEM e também descrevemos algumas práticas de ensino de escrita adotadas nessa instituição de ensino. A fundamentação teórica está pautada na Teoria Dialógica do Discurso e na Teoria das Representações Sociais. Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo, inserido no campo da Linguística Aplicada. Os resultados parciais apontam que, para os alunos, há fórmulas mágicas que asseguram o êxito na escrita da redação do ENEM.
O presente artigo, desenvolvido no Mestrado Profissional em Letras – Profletras, tem por tema a reescrita de textos, uma das etapas do processo de produção textual, juntamente com o planejamento, a escrita, e a revisão. No intuito de compreender significados que professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental – séries finais - atribuem à etapa da reescrita, realizamos uma pesquisa qualitativa, interpretativista, utilizando um questionário para geração de dados, cujas respostas obtidas compõem o corpus ora em análise. Para isso, apoiamo-nos em estudos de Bakhtin, entre outros autores, sobre as concepções de escrita; de produção textual, tipos de correção. Também levamos em consideração o que preconizam os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN) sobre esse tema. Os resultados demonstram, segundo as respostas dadas, que a reescrita é uma prática que acontece em sala de aula. Entretanto, quando se analisam as explicações de como ela se desenvolve na prática, observamos que sua efetivação se centra em aspectos como: indicação e correção de “erros” gramaticais, na superficialidade do texto, desconsiderando-se a interlocução. Desse modo, o trabalho com a reescrita estaria voltado prioritariamente à dimensão formal do texto, relegando-se a segundo plano (ou talvez até nem considerando) questões do âmbito discursivo.
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