Neste artigo, construímos uma aproximação teórico-metodológica entre a História Pública (HP) e História Oral (HO). O texto encontra-se estruturado em três partes. Na primeira, além de apresentarmos nossa perspectiva conceitual sobre HP, refletimos sobre a historicidade da noção de HP na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Brasil, pontuando seus diversos cruzamentos com a HO. Em seguida, com base numa ampla pesquisa documental, perscrutamos os sentidos de História Oral e o papel atribuído ao historiador e ao conhecimento histórico durante a criação do Laboratório de História Oral da Universidade da Região de Joinville (LHO/Univille). Nesse fazer, analisamos como, no início dos anos 1980, esse espaço foi concebido como parte de uma rede de produção de fontes orais que envolvia numerosas instituições de ensino superior do sul do Brasil e, também, entidades internacionais de atuação multilateral, tais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Secretaria de Cooperação Técnica Internacional do Brasil, subordinada ao então Ministério de Educação e Cultura (SUBIN/MEC). No terceiro e último item, finalizamos o texto tecendo algumas considerações sobre os limites e as possibilidades reflexivas da HP quando articulada à HO e aos recentes debates sobre o papel público do historiador na escrita da História do Tempo Presente. Palavras-chave: História Pública; História Oral; História do Tempo Presente; LHO/Univille.
Como um artefato adentra o conjunto do patrimônio cultural nacional? A resposta a essa questão oferece uma compreensão pragmática das razões pelas quais a expansão dos conjuntos patrimoniais nacionais tem sido tão difundida, geração após geração e especialmente durante a última. Por certo, há também razões “sociais” ou “culturais” mais gerais para tal fenômeno mundial: várias explicações já foram propostas por filósofos, historiadores, sociólogos e antropólogos. No entanto, não se deve subestimar os efeitos das técnicas inventariais e dos métodos de descrição utilizados pelos especialistas do patrimônio, na medida em que tendem a elevar o nível de precisão e de especialização, expandindo os critérios e aumentando o número de artefatos que integram seu conjunto. Um estudo aprofundado desses critérios vigentes, por meio de uma pesquisa realizada de acordo com o que hoje é chamado na França de “sociologia pragmática”, nos permite uma compreensão mais aprofundada daquilo que define o patrimônio cultural e os valores efetivos nos quais ele se baseia: isso é, a axiologia do patrimônio cultural. Mudar do “por que” para o “como” abre, assim, uma visão renovada dos significados do patrimônio cultural. Palavras-chave: Sociologia das Artes; Patrimônio Cultural; Preservação; Valores Culturais; Função Patrimonial.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre as tensões sociais que se desdobram da aproximação entre patrimônio cultural e turismo, enfocando acontecimentos recentes da cidade de Barcelona. Baseando-nos num conjunto de fontes atinentes a duas importantes regiões turísticas dessa cidade (as zonas monumentais do Parc Güell e da Cidade Velha), buscamos problematizar as formas e os meios pelos quais o patrimônio vem servindo de sustentáculo para contestações e reações à expansão do turismo na região. O artigo está dividido em três partes. Na primeira, apresentamos uma discussão teórica a respeito de conceitos e ideias que mobilizamos em nossas recentes investigações e que nos auxiliam no debate sobre as disputas e tensões emergentes dos usos turísticos de lugares e bens patrimonializados. Na segunda, procuramos historicizar as políticas que nortearam as mudanças urbanas de Barcelona e que implicaram na patrimonialização e turistificação de objetos e lugares urbanos, bem como as formas com que eles são apropriados para contestar e questionar suas funções na contemporaneidade da cidade. Na última parte, mais do que conclusões, procuramos apresentar algumas hipóteses que poderão subsidiar novas investigações sobre usos do passado e processos de patrimonialização.
nologías como capaces de promover el tránsito entre lo local y lo global. Palabras-clave: Currículo. Globalización. Tecnología de la información.
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