ResumoEsse trabalho refere-se aos estudos da tese de doutorado defendida pelo autor ao final de 2012. A problematização da pesquisa construiu-se a partir da verificação da lógica do esporte moderno (presente no esporte profissional e com ênfase em estratégias de comercialização e espetacularização), no esporte amador, a partir das relações entre o Serviço Social da Indústria (SESI) e a Confédération Sportive Internationale du Travail (CSIT) no período de 1996 a 2011. Como hipótese, acreditou-se que tais relações orientaram-se por essa lógica, fortalecida com a entrada do SESI no campo, de forma que com o passar dos anos o habitus incorporado em seus agentes passou a ser predominante, alterou a lógica de funcionamento do campo e motivou as outras instituições filiadas à CSIT a aderirem ao modelo ou afastarem-se da gestão. Nesse processo, SESI e CSIT distanciaram-se dos seus conceitos vigentes relacionados às características do esporte amador e estruturados pelo "Sport for All" e passaram a reproduzir estratégias de mercantilização e espetacularização do esporte profissional. O objetivo geral da pesquisa foi analisar como a relação entre o SESI e a CSIT foi orientada por essa lógica do esporte moderno. Como referencial teórico metodológico, utilizamos a Sociologia Reflexiva de Pierre Bourdieu com uma aproximação à Sociologia Compreensiva de Max Weber. Concluímos que as relações entre o SESI e a CSIT, entre 1996 e 2011, orientaram-se pela lógica do esporte moderno, pautada pelo modelo associativo olímpico e contemplando a reprodução das estratégias de espetacularização do esporte profissional, incidindo, dessa forma, no distanciamento dos seus conceitos vigentes, relacionados às características do esporte amador e estruturados pelo "Sport for All". Contudo, dada a presença de outras Uniões no subcampo do esporte para trabalhadores e o próprio vínculo do SESI com o campo industrial, concluímos que os conceitos vigentes também se mantém presentes, mesmo que distanciados.Palavras-chave: SESI; CSIT; Esporte para Trabalhadores; Sport for All; Espetacularização; Bourdieu; Weber. AbstractThis work refers to the study of doctoral thesis defended by the author to the end of 2012. The problematization that guided our research interest has built up from the moment in which we identified the presence of that logic also in amateur sport, from the relationship between the Social Service of Industry (SESI) and the Confédération Sportive Internationale du Travail (CSIT) between 1996 and 2011. As a hypothesis, we believe that such relations were guided by this logic of modern sport, strengthened with the entry of SESI in the field, so that over the years the habitus in its present structure, built in their agents, became predominant changed the operating logic of the field and led the other institutions affiliated with CSIT to adhere to the model or move away from management. In this case both the SESI as CSIT distanced themselves from their current concepts related to the characteristics of amateur sport and structured by the "Spo...
Neste artigo, procuramos problematizar aspectos do processo de desenvolvimento do Kung Fu na China e de sua posterior difusão para o Ocidente à luz da teoria sociológica de Norbert Elias. Para cumprir este objetivo, estruturamos o texto em três partes. Na primeira delas, apresentamos alguns elementos da teoria de Elias que são úteis para estudar o Kung Fu. Na segunda parte do artigo, por sua vez, trazemos alguns indícios acerca do processo de difusão do Kung Fu para o Ocidente, tomando como leitura auxiliar a obra “O Mosteiro de Shaolin” de Meir Shahar. Na terceira e última parte do texto, sugerimos que a recepção do Kung Fu no Ocidente engendra um processo social que conjuga elementos da tradição chinesa e da modernidade capitalista, conferindo a essa prática um caráter híbrido e polissêmico.
Objetivando analisar a disseminação das artes marciais chinesas no Brasil optamos por entrevistar mestres pioneiros que imigraram da China trazendo na bagagem o "Kung Fu". Ao fazer esta opção em nossa dissertação, tomamos contato com um instrumental que é o uso de entrevistas na perspectiva da História Oral. Remexer a memória, aceitar os silêncios, respeitar o conhecimento construído e desconstruir outros, por si só já se mostram tarefas bastante árduas. Escutar estes mestres nos levou, mesmo que superficialmente, a tentar compreender aspectos da cultura chinesa sob os quais os mestres e o próprio "Kung Fu" se fundamentaram. Entender as lacunas, as dificuldades e as possibilidades do uso da História Oral como ferramenta metodológica é o que neste artigo buscamos, na perspectiva de contribuir com análises semelhantes, seja de outras práticas marciais ou mesmo de outros olhares sobre a cultura chinesa. Assim sendo, objetivamos neste artigo apontar e discutir a metodologia da História Oral e sua pertinência para o estudo das práticas marciais a partir do uso de entrevistas. Podemos, fruto da discussão apresentada, apontar a História Oral como instrumental bastante útil para a discussão das práticas marciais, considerando logicamente, as pertinências e especificidades necessárias para a adequada utilização desta metodologia de pesquisa.
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