Analisou-se o perfil dos trabalhadores do ramo de atividade Correios que receberam benefícios auxílio-doença, no Brasil, em 2008. Os dados originaram-se do Sistema Único de Benefícios (SUB) e do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). A incidência foi de 556,5 benefícios por 10 mil empregados, e as principais causas de afastamento foram traumatismos, doenças osteomusculares e transtornos mentais. Locais de traumas mais notificados foram joelho e perna, punho e mão, tornozelo e pé, ombro e braço, com as maiores incidências em homens. Mulheres foram as mais acometidas por doenças osteomusculares e transtornos mentais. A duração do auxílio-doença foi maior entre homens, havendo aumento da incidência de benefícios com o envelhecimento. Os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina foram os de maiores incidências, e a despesa previdenciária foi de R$ 1.847,00. É possível que a atividade postal apresente riscos adicionais de acidentes em extremidades devido ao excesso de peso carregado por longas distâncias, risco de assaltos ou de acidente por mordedura de cães.
Objective: To describe the sociodemographic, clinical, cytological and histopathological characteristics of women with cervical cancer treated at a referral center in the Federal District between 2012-2015.Methods: The study is a serie of cases of women diagnosed with cervical cancer between 2012 and 2015, and then followed up for five years.Results: 61 patients with cervical cancer were included in the study, the mean age was 48 years. Only 19.67% used condoms regularly. Periodic Papanicolau examination was reported by 6.55% of the patients, 40% of the patients searched for the health service because they were symptomatic. More than half of the patients had II or higher histological stage at the diagnosis. The median time required between the first medical appointment and the start of treatment was 194 days. In more than 60% of the sample, the legal time of 60 days between diagnosis and start of treatment was exceeded. Twenty-one percent of the patients died.Conclusion:This study has high clinical relevance, since it highlights possible gaps in the Brasília program of prevention and treatment of cervical cancer. Low regularity was observed in the performance of oncotic cytologies as well as late search for health services, pointed by the high number of women with advanced stages and already symptomatic at the time of the initial diagnosis of cancer.
Por ano, a sífilis afeta mais de 1 milhão de gestantes no mundo e causa mais de 300 mil mortes fetais e neonatais, segundo estima a Organização Mundial da Saúde. A relevância desse tema para a saúde pública é alta por se tratar de doença com crescentes taxas de detecção, com método de rastreio comprovadamente eficaz, além de tratamento seguro e barato. O objetivo do estudo foi reconhecer o perfil epidemiológico das gestantes diagnosticadas com sífilis num seguimento de uma coorte histórica na Região de Santa Maria-DF ao longo dos últimos 06 anos. Trata-se de pesquisa aplicada, observacional, descritiva, exploratória, documental e transversal, na qual serão utilizados dados obtidos por meio de Fichas de Investigação de Sífilis em Gestantes no período entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2018. O número total de notificações foi de 223 casos. A média geral de idade foi 25,5 anos. Quanto a raça, o maior percentual da população, 34%, foi classificada como “Parda”. Brancas e Pretas seguem com 13% e 10%, respectivamente, enquanto Amarelas correspondem a apenas 1%. Não foi notificado nenhum caso em paciente Indígena. Da população em estudo, 33,18% possui o Ensino Fundamental Completo, 14,35% concluiu o Ensino Médio e apenas 0,45% tem Ensino Superior Completo. A absoluta maioria reside em área urbana, 87,89%, sendo que menos de 3% da população reside em área periurbana ou rural. Quanto à ocupação, cerca de um terço das mulheres não exerce atividade remunerada. Menos de 8% ocupa atividades remuneradas em áreas diversas e cerca de 4% das mulheres foram apontadas como “Desempregado crônico”. O campo “Local de realização do pré-natal” deixou de ser preenchido em cerca de 71% das fichas. Verifica-se que data do diagnóstico preponderantemente ocorre no final da gestação (3º trimestre), abrangendo 68% dos casos. Quase 5% da população em estudo não realizou teste não treponêmico durante o pré-natal. Em relação ao tratamento, 39,01% da população recebeu a prescrição de 2.400.000UI de Penicilina G Benzatina. E ainda, 11% da população diagnosticada e notificada não realizou tratamento para sífilis. Os resultados sugerem uma associação entre a patologia e uma população de menor nível socioeconômico e alertam para a necessidade de melhoria na qualidade da assistência e para o adequado rastreamento e tratamento da sífilis gestacional baseado em protocolos e diretrizes validadas
Introdução: O hímen localiza-se na abertura do introito vaginal, no limite entre os órgãos genitais femininos internos e externos. Possui importância simbólica em algumas culturas por marcar o inícioda vida sexual da mulher. Na embriologia, o seio urogenital origina os dois terços inferiores da vagina,a qual, em torno do 5º mês de vida embrionária, torna-se uma placa canalizada, porém ainda separada por uma delgada lâmina, que virá a ser o hímen. A porção central da membrana himenal desaparece antes do nascimento, resultando na abertura do hímen da vagina para o introito e sua borda pode apresentar-se fimbriada, circunferencial ou posterior. Variações himenais anormais, como hímen navicular, septado, cribriforme (tipo “peneira”), microperfurado e imperfurado resultam de diferentes graus de falha da abertura central no período perinatal. Quanto ao hímen septado, trata-sede uma condição incomum que pode cursar com infecções recorrentes e dispareunia, afetando a qualidade de vida da mulher. Relato de caso: Paciente de 27 anos, coitarca há seis meses, com dispareunia à penetração desde o início da vida sexual. Negava patologias. Ao exame, apresentava hímen septado com orientação vertical, sem outras alterações em órgãos genitais externos. Ecografia da pelve condizente com a normalidade para a faixa etária e gênero. Realizou-se exérese ambulatorial de septo himenal com bisturi elétrico, sob anestesia local, sem intercorrências. Na reavaliação, o orifício himenal era pérvio, sem sinais de suboclusões, sem aderências e com cicatrização completa. A paciente foi liberada para atividade sexual e evoluiu sem queixas. Conclusão: O processo embrionário de canalização do canal vaginal pode resultar em variações suboclusivas himenais, como o hímen septado, que possui um modo de herança ainda pouco conhecido, havendo o risco de outras mulheres da família apresentarem uma anormalidade semelhante. Contudo, não há associação com malformações anogenitais ou do trato urinário, tal como pode ocorrer em casos de oclusão total (hímen imperfurado). No hímen septado, há passagemdo fluxo menstrual sem formação de hematocolpo, mas, pela presença do tecido no local, pode haver retenção de parte desse fluxo, favorecendo a ocorrência de vulvovaginites. Ele pode ainda dificultar a inserção de tampões e cremes vaginais e causar dispareunia à penetração. Logo, a detecção da variante himenal deve ser ao nascimento e a correção cirúrgica é indicada na puberdade, antes da menarca, para evitar complicações associadas ao fluxo menstrual ou à atividade sexual. Pode ser feita em consultório, sob anestesia local, com o consentimento da paciente. Esse relato mostra a importância do exame físico da genitália externa na pré-púbere, evitando um diagnóstico tardio, que ainda é o mais comum e que afeta a qualidade de vida das pacientes. As anomalias suboclusivas do hímen devem ser diferenciadas de malformações graves e é necessário considerar a possibilidade de ocorrência familiar.
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