RESUMOA intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento invasivo complexo que tem como objetivo garantir via aérea segura para adequado suporte ventilatório ao paciente. As principais indicações de IOT na emergência sãos: manutenção de via aérea pérvia, insuficiência respiratória aguda (IRpA), evolução clínica com risco de deterioração, obstrução de via aérea e parada cardiorrespiratória. Como técnica de realização para IOT, a sequência rápida, atualmente é a mais segura para pacientes admitidos em emergência. Dessa forma analisamos os prontuários de todos os pacientes intubados de Janeiro a Dezembro de 2017, identificando a indicação do procedimento, diagnóstico inicial além do tempo entre a IOT e a disponibilização de vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).Foram realizadas 174 IOT, dessas, 46,5% foi através de intubação por sequência rápida. 55% das intubações foram por rebaixamento do nível de consciência e 43% por IrpA. Os principais diagnósticos iniciais foram pneumonia (39%) e o AVE (20%). O tempo médio de espera por vaga de UTI foi de 3 a 4 dias, sendo que 38% dos pacientes faleceram antes de conseguir leito em UTI. Apesar do hospital possuir seis leitos na sala vermelha, o número de intubações foi significativo, com média de realização de 1 intubação a cada 2 dias. As principais indicações foram rebaixamento do nível de consciência e IrpA. Além disso, foi observado um longo período de espera por leito em UTI.
Objective: To describe the sociodemographic, clinical, cytological and histopathological characteristics of women with cervical cancer treated at a referral center in the Federal District between 2012-2015.Methods: The study is a serie of cases of women diagnosed with cervical cancer between 2012 and 2015, and then followed up for five years.Results: 61 patients with cervical cancer were included in the study, the mean age was 48 years. Only 19.67% used condoms regularly. Periodic Papanicolau examination was reported by 6.55% of the patients, 40% of the patients searched for the health service because they were symptomatic. More than half of the patients had II or higher histological stage at the diagnosis. The median time required between the first medical appointment and the start of treatment was 194 days. In more than 60% of the sample, the legal time of 60 days between diagnosis and start of treatment was exceeded. Twenty-one percent of the patients died.Conclusion:This study has high clinical relevance, since it highlights possible gaps in the Brasília program of prevention and treatment of cervical cancer. Low regularity was observed in the performance of oncotic cytologies as well as late search for health services, pointed by the high number of women with advanced stages and already symptomatic at the time of the initial diagnosis of cancer.
O câncer de colo de útero é o câncer do trato genital mais comum e o fator de risco mais importante para seu desenvolvimento é a infecção pelo vírus HPV. Mas, outros fatores relacionados ao hospedeiro, como imunidade e hábitos de vida, podem contribuir para o surgimento da neoplasia. A doença ocorre por um longo período como uma lesão precursora rastreada com o teste de Papanicolau. Se houver progressão da lesão, ela poderá ser diagnosticada com exames clínicos ou complementares. O tratamento varia de acordo com as características particulares das lesões neoplásicas. A alta incidência dessa patologia no Brasil se contrapõe à existência de um sistema de prevenção eficaz - o esquema vacinal contra o HPV - e um eficiente método de rastreio das lesões pré neoplásicas. Dessa forma, a patologia é dita prevenível na maioria dos casos. Esse cenário mostra que um estudo como este é necessário para a melhor caracterização do perfil da assistência instituída no Distrito Federal. O objetivo do trabalho foi estudar os aspectos socioepidemiológicos e analisar a assistência, acompanhamento e prognóstico de pacientes com resultados alterados em biópsias de colo uterino do HMIB entre 2012 e 2018. Trata-se de estudo baseado numa coorte histórica, observacional e descritiva, com dados secundários obtidos do HMIB, utilizando registros de biópsias alteradas coletadas no DF de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2015 e acompanhamento das pacientes com essas biópsias alteradas até 31 de dezembro de 2018. O estudo incluiu 771 pacientes, com idade média de 38 anos. Na menarca a média de idade foi de 13,5 anos e da coitarca de 17,0 anos. A multiparidade esteve presente em 83,3% das pacientes. As mulheres com múltiplos parceiros sexuais chegaram a 39,8%. As tabagistas foram 22,1% das pacientes. Houve no estudo 2,5% de casos HIV positivos. Um histórico familiar de câncer ocorreu em 36,3% das mulheres incluídas na pesquisa. LIEAG foi o resultado citológico predominante: 62,3%. O diagnóstico da biópsia realizada à colposcopia e na conização mais comum foi NIC III, 57,2% e 64,2%, respectivamente. O tratamento predominante foi conização: 88,3%. O seguimento continuado ocorreu apenas em 42,6% dos casos e, nesse grupo, 41,2% das pacientes receberam alta. Ao longo do seguimento, 2,2% dos casos evoluíram para óbito. Concluiu-se que os fatores de risco são muito importantes na gênese das lesões precursoras de câncer de colo uterino. Houve uma concordância entre a maioria dos laudos citológicos – LIEAG – e o resultado histopatológico final – NIC III –, o que indiretamente pode sugerir que há uma boa qualidade do serviço de patologia da rede pública e do HMIB, em especial. O grupo de pacientes que realizou um bom acompanhamento apresentou um melhor desfecho primário – prognóstico – e desfechos secundários em relação à doença. Uma base de dados que mostre o seguimento detalhado das mulheres incluídas no programa de prevenção da neoplasia de colo uterino seria bastante válida para a prevenção da evasão das pacientes e para que houvesse uma garantia da realização dos exames preventivos
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