Ensinar História, aprender História e formar qualificadamente os profissionais que dela se ocuparão na educação básica tem sido objeto de preocupações de professores e pesquisadores durante décadas. Este artigo procura problematizar tais preocupações, focalizando a importância da formação do professor reflexivo e investigador da sua prática e dos contextos escolares, atento aos processos cognitivos dos alunos, como elemento de contribuição para a qualificação do ensino e da aprendizagem em História.
_______________________________________________________________________RESUMO: O presente artigo resulta de um estudo bibliográfico em que se dialoga com autores do campo da História, do Ensino da História e da Educação, com o propósito de problematizar algumas das principais demandas que se apresentam ao trabalho do professor de História, diante da diversidade e complexidade das práticas sociais e culturais que adentram a escola na contemporaneidade. Parte-se do pressuposto de que a História como disciplina escolar contempla potencialidades educativas fundamentais para a formação das novas gerações. Nessa perspectiva, defende-se a centralidade do professor como um agente mediador decisivo na concretização das finalidades educativas desta disciplina e questiona-se acerca de quais conhecimentos e capacidades um professor de História precisa manejar para dar conta das exigências que emergem dos atuais contextos social e escolar. No raciocínio empreendido, elenca-se três principais conjuntos de saberes a serem mobilizados na docência em História: 1) os saberes a ensinar, circunscritos na própria história, na historiografia, na epistemologia da história, dentre outros; 2) os saberes para ensinar, que dizem respeito, por exemplo, à docência, ao currículo, à didática, à cultura escolar; 3) os saberes do aprender, que se referem ao aluno, aos mecanismos da cognição, à formação do pensamento histórico etc.
Resumo:A incorporação e a utilização de fontes históricas nas aulas de história constituem pauta dos debates acadêmicos e escolares atuais, nos quais se discute acerca das suas possibilidades como elemento de superação do conteudismo/verbalismo e das suas potencialidades como instrumento de produção de conhecimento histórico na educação básica. Este estudo apresenta a problematização do tema, identificando nos antigos manuais escolares e nos atuais livros didáticos, bem como nas políticas públicas instauradas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), os usos propostos e efetivados de fontes como alternativa para a produção de conhecimento histórico no âmbito do ensino da história escolar, reconhecendo mudanças e permanências ali manifestadas. Palavras-chave: Ensino de história. Fonte histórica. Produção de conhecimento.O tratamento do tema "fontes históricas na sala de aula" remete, inexoravelmente, ao estabelecimento de relações com as atuais discussões historiográficas, porque a história, como disciplina escolar, ainda que possua especificidades e finalidades que lhes são próprias, não prescinde de um estreito diálogo com a ciência
Pela sua importância e dimensão no cenário educacional brasileiro, o Programa Nacional do Livro Didático tem o mérito de submeter a produção didática a processos avaliativos sistemáticos e sólidos, contribuindo para a melhoria da qualidade dos materiais que se destinam aos diversos níveis da educação básica em instituições públicas brasileiras. No estudo ora proposto, de natureza bibliográfica e documental, intenta-se analisar os caminhos recentes desta política pública que tem se configurado como programa de Estado; sistematizar alguns dos principais avanços conquistados nas últimas duas décadas; e apontar seus desafios frente à publicação do Decreto nº 9.099/2017, no momento em que o país vive um contexto político-educativo marcado por fortes disputas em torno do papel do Estado na promoção da redistribuição de bens públicos, da cidadania e da justiça social.
O presente estudo circunscreve-se no campo da epistemologia da prática e se justifica pela necessidade de apreender os processos de constituição profissional e de apropriação e mobilização de saberes dos professores, com vistas a analisar as práticas que se desenrolam no cotidiano das escolas e das salas de aula. No esforço de identificar as especificidades que caracterizam a prática de dois professores de Biologia no ensino médio, investigou-se como se constituem e mobilizam seus saberes docentes na confluência das experiências familiares, escolares, formativas e sociais. O caminho metodológico foi percorrido a partir da triangulação entre três procedimentos: a história de vida, a entrevista semiestruturada e a observação de aulas. Depreende-se, dos percursos desses professores, a influência de seus educadores ao longo da escolarização básica e superior. A experiência também ocupa lugar central na constituição de seus saberes enquanto professores de Biologia. No que concerne aos modos de mobilização de saberes, compreende-se que os percursos são muito particularizados em função, dentre outros fatores que apareceram menos evidentes, da fase em que se encontram na carreira. A professora experiente parece mobilizar saberes mais especificamente na gestão da classe, ao passo que o professor novato o faz na gestão da matéria. Ainda, evidencia-se que a prática destacada dos dois professores investigados é marcada pelo gosto de exercer a docência, por um profundo carinho pelos alunos, pela importância que atribuem ao ser professor, pela responsabilidade com que assumem a condução da sala de aula.Palavras-chave: Professor Biologia; Ensino Médio; Formação de Professores; Saberes docentes.The present surveying work is circumscribed on the epistemology field of teaching practice and it is academically justified by the necessity of learning the managing procedures on the professional formation and on the seizure and deployment of teachers' knowledge, looking forward to examine the customary performances daily developed at schools and classrooms. Under the effort to identify the particularities that
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