RESUMO De outubro a dezembro de 2007, 845 amostras de sangue foram coletadas de 836 vacas (98,9%) e nove touros (1,1%), em um matadouro com inspeção federal no Estado do Tocantins. Cento e quarenta e duas amostras [(16,8%) IC 95% 14,3-19,4] tiveram reação positiva ao teste do antígeno acidificado e tamponado de Brucella abortus. Um touro foi positivo ao teste. Quinhentos e sessenta e um bovinos (66,3%) procederam do Estado do Pará e 284 (33,7%) do Estado do Tocantins. A prevalência de soropositividade foi de 17,2% [IC (95%) 13,6 - 19,9] e de 16,6% [IC (95%) 13,0 - 22,2] para o gado do Pará e Tocantins, respectivamente. Estas prevalências não são significativamente diferentes (p > 0,05). Nenhuma das vacas tinha registro de vacinação contra brucelose. Os exames "ante e post-mortem" não detectaram qualquer sinal ou lesão sugestiva à brucelose, como descargas vaginais, orquites, artrites ou bursites [(0,00%) IC 95% 0,00-0,43] em todos os bovinos da amostra. Esta situação, associada às altas prevalências da doença e à falta de diagnóstico da brucelose nos rebanhos, aumenta o número de bovinos infectados abatidos sob condições sanitárias inadequadas, o risco de contaminação dos trabalhadores e a colocação no mercado, sem restrição, de carne de animais infectados.