Este ensaio se insere no debate atual que procura analisar as relações que são estabelecidas entre a Educação Física (EF), o Ensino Médio (EM) e a juventude no cenário brasileiro. O objetivo é mostrar, a partir do diagnóstico da crise da instituição escolar, que as atuais propostas/reformas educacionais dirigidas ao EM afetam também a discussão a respeito da juventude e da EF escolar, fazendo com que elas também iniciem um processo de crise. O texto sugere, com um olhar epistemológico, que a inserção do EM dualista traz o retorno de uma visão de jovem pautada pela perspectiva geracional e anuncia uma nova era da crise de legitimidade da EF dentro do contexto do EM.
No presente texto temos como objetivo suscitar algumas reflexões e questões preliminares a respeito das interfaces existentes entre a formação para pesquisa no âmbito da Pós-Graduação em Educação Física e os usos da teoria social. Nesse percurso, inicialmente apontaremos algumas situações que nos parecem sensíveis no tocante ao modo como a teoria social tem sido acionada na área. Procuraremos desenvolver, em diálogo com a literatura teórica especializada, três situações ideais-típicas que, por hipótese, expressariam esses usos teóricos. Em seguida, traremos algumas questões para pensar o fazer científico em Educação Física à luz de uma reflexividade hermenêutica expandida e, na esteira dessa proposta, defenderemos um emprego mais dialógico das teorias como subpolítica formativa no âmbito da Pós-Graduação em Educação Física no Brasil. Nesse sentido, concluímos que é preciso estar atento para questões que envolvem “os problemas de recepção teórica”, caso contrário, correremos o risco de mantermos não só posturas amedrontadas, mas também superficiais diante da teoria social.
O objetivo deste texto é mapear e analisar, em termos de artigos científicos, a produção desenvolvida pelo campo da Educação Física brasileira no que diz respeito as (re)configurações do debate epistemológico da área. A partir do debate travado no fim do século XX que polarizou as teorias entre a “vertente científica” e a “vertente pedagógica”, foi realizada uma revisão sistemática de literatura nos principais periódicos da área a fim de analisar aqueles artigos que atualmente se interessam em discutir a relação entre a Educação Física e a ciência. Indica, por fim, que o debate epistemológico atual é acalorado no que tange aos giros epistemológicos, mas também vê emergir uma atividade epistemológica que visa defender a pluralidade de teorias e ideias na área.
O objetivo deste artigo é mapear a presença do sociólogo Anthony Giddens na produção científica do campo da Educação Física (EF) brasileira e analisar de que maneira suas contribuições teóricas aparecem na área. Este texto apresenta a descrição que Giddens faz sobre a sociedade moderna reflexiva e suas reconfigurações relacionadas ao agente/estrutura. Feito isso, o texto se ocupará de realizar um levantamento bibliográfico nos principais periódicos da área a fim de analisar aqueles artigos que referenciaram Giddens. Aponta, por fim, que: 1) há pouco diálogo entre a EF e o sociólogo inglês e 2) a maioria dos textos produzidos pela área não utiliza Giddens de maneira reflexiva, cometendo, assim, deslizes teóricos.
O objetivo deste artigo é mapear a presença do sociólogo François Dubet na produção científica do campo da Educação Física (EF) e analisar de que maneira suas contribuições teóricas aparecem na área. Dubet é um sociólogo francês referência no mundo acadêmico atual. Este texto apresenta a descrição que Dubet faz sobre a “sociologia da experiência” e da escola democrática contemporânea, demonstrando uma possível desinstitucionalização deste espaço. O artigo se ocupará por realizar um levantamento bibliográfico nos principais periódicos da EF a fim de analisar aqueles artigos que referenciaram Dubet. Aponta, ainda, que há pouco diálogo entre a EF e o sociólogo francês, contudo, o campo parece iniciar uma aproximação crítica com as teorias de Dubet.
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