RESUMOO objetivo geral desta pesquisa foi descrever o estado da arte da asseguração externa dos relatórios de sustentabilidade das empresas que compõem o ISE 2016. Este trabalho caracteriza-se como descritivo, de caráter quali-quantitativo, mediante uma pesquisa documental, com dados secundários coletados dos relatórios de sustentabilidade e de asseguração externa. Das 35 empresas que compõem a amostra, 28 submeteram seus relatórios de sustentabilidade ao processo de asseguração externa. Os resultados desta pesquisa demostraram que, dos 16 setores distintos de atuação, 61% das empresas atuam em setores regulados, e 58,3% pertencem ao nível de governança Novo Mercado. No entanto, o teste exato de Fisher, em nível de significância de 5%, não suportou a hipótese de que os setores regulados e o segmento do Novo Mercado estariam associados à opção das empresas em assegurar os seus relatórios de sustentabilidade. Quanto aos tipos de relatórios, observou-se a predominância do GRI em 97,14% dos relatórios de sustentabilidade analisados, e ainda uma forte tendência das empresas em divulgar, de forma integrada, as informações de natureza financeiras e não financeiras. Dentre os normativos utilizados pelas prestadoras de garantia, a norma de auditoria contábil NBC TO 3000 (CFC) esteve presente em 71,43% dos trabalhos realizados. Ressalta-se que 82,1% dos trabalhos de asseguração foram feitos por empresas de auditoria independente, o que reforça o know-how por parte das empresas de auditoria contábil neste segmento.Palavras-chave: Asseguração; Relatórios de sustentabilidade; Sustentabilidade empresarial. THE STATE OF THE ART OF SUSTAINABILITY REPORTING ASSURANCE: A STUDY OF BUSINESS SUSTAINABILITY INDEX (ISE) 2016 ABSTRACTThe objective of this paper was to describe the state of the art external assurance of sustainability reports of ISE 2016 companies. This work was characterized as descriptive, and of a qualitative/quantitative nature. We proceeded to a documentary research, with secondary data collected from the sustainability and external assurance reports. Of the 35 companies in the sample, 28 submitted their sustainability reports to the external assurance process. The results of the study indicated that of the 16 different areas of activity 61% of companies operating in regulated industries, and 58,3% of the companies in this sample are from the Novo Mercado governance level. However, Fisher's exact test (significance level of 5%) did not support the hypothesis that regulated sectors and the Novo Mercado segment are associated with the choice of companies to assure their sustainability reports. As for of kinds of reports, there was a predominance of GRI in 97, 14% of sustainability reports analyzed, and also a strong tendency of companies to disclose the integration between financial and non-financial information. Among the regulations used by security providers, the standard accounting audit NBC TO 3000 (CFC) was present in 71.43% of the work performed. Our results showed that 82.1% of assurance engagements were made...
A asseguração externa tem sido empregada no sentido de atribuir credibilidade aos relatórios de sustentabilidade (RS), de modo a influenciar a percepção sobre o nível de legitimidade das organizações. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo identificar os fatores que podem influenciar a ocorrência da asseguração dos RS. A amostra deste estudo compreende as empresas brasileiras listadas na B3 em 2017 e que divulgaram seus RS durante o período de 2012 a 2016. Por meio da técnica de regressão logística em painel de efeitos mistos, buscou-se testar a relação entre a probabilidade da adoção da asseguração dos RS e as variáveis Setor Ambientalmente Sensível, Pressão do Setor, Comitê de Sustentabilidade, Global Reporting Initiative e Oportunidade de Crescimento, além das variáveis de controle apontadas pela literatura, que são: Tamanho, Rentabilidade, Endividamento e Setor. De acordo com os resultados, Pressão do Setor, Comitê de Sustentabilidade, Diretrizes da GRI e Tamanho são fatores que podem influenciar a adoção da asseguração dos RS. Esses achados sugerem que a busca das empresas por legitimidade por meio dessa prática ocorre em empresas maiores e mais evidentes, e pode resultar de práticas amplamente adotadas em seu setor, do monitoramento das questões de sustentabilidade exercido por comitês especializados ligados à estrutura de governança corporativa e da adoção de práticas de relato que atribuem qualidade e credibilidade aos RS.
Com o objetivo de verificar a evidenciação de informações ambientais de uma amostra composta por 78 empresas, listadas no Brasil, Bolsa e Balcão (B3), pertencentes ao índice IBrX-100, investigou-se o Índice de Evidenciação Ambiental (IEA), por meio de um instrumento proposto por Bachmann, Carneiro e Espejo (2013), nas páginas oficiais do Facebook no ano de 2016. Em análise complementar, apurou-se a associação entre o IEA e as variáveis: número de seguidores e curtidas; nível de governança; setor; e, sustentabilidade, por meio da técnica de Análise de Correspondência (Anacor). Os resultados demonstraram que 50% das empresas divulgam informações de caráter ambiental, porém, a média do IEA ficou em 20%. Com relação ao IEA, os itens mais evidenciados foram: programa de gestão ambiental; informação sobre resíduos e desperdícios; declaração das políticas empresariais ambientais; e, impactos ambientais dos produtos e processos, poluição atmosférica, das águas, sonora, visual. Para a relação do IEA e as variáveis selecionadas neste estudo, o número de seguidores e curtidas, setor e sustentabilidade, apresentaram associações significativas. Os principais resultados desta pesquisa sugerem que as empresas atuantes em setores ambientalmente sensíveis; que possuam um número médio de seguidores e que aparentam ser mais comprometidas com a sustentabilidade, praticam um maior IEA. Sob a ótica da Teoria da Legitimidade, é possível perceber que a divulgação de informações ambientais no Facebook ocorra como modo de buscar a legitimidade das ações das empresas, pois essa mídia social, ao englobar diversos stakeholders, tem se tornado uma importante ferramenta na construção da imagem corporativa.
Asseguração é processo voluntário de verificação externa que objetiva atribuir confiabilidade e transparência às informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade (RS). Desse modo, esta pesquisa teve por objetivo verificar os fatores que estão associados à asseguração dos RS. A amostra deste estudo compreende as empresas listadas no índice IBrX-100 da B3 no período de 2011 a 2015. Por meio da técnica de Análise de Correspondência (Anacor) realizou-se o Teste Qui-quadrado entre as variáveis: Impacto, Ativo, Receita Líquida, ROA, ROE, Endividamento, ADR, Setor Regulado, ISE, Governança Corporativa, Auditoria e GRI e a asseguração dos RS em cada ano. E para visualizar as associações, por meio de mapas perceptuais, utilizou-se a Análise de Homogeneidade (HOMALS). De acordo com os resultados, quatro variáveis se mostraram mais associadas à asseguração dos RS em todos os anos: Setor Regulado, ISE, GRI e Auditoria. Esses achados sugerem que as empresas atuantes em setores regulados e com maiores práticas de sustentabilidade estão mais associadas à asseguração dos RS. Além disso, a asseguração é realizada em sua maioria por empresas de auditoria, e o padrão mais utilizado na elaboração dos relatórios é o GRI.
As divulgações acerca das práticas de gestão e dos impactos corporativos relacionados à água podem ter sua relevância fortalecida pela credibilidade atribuída às informações que são asseguradas externamente. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo identificar quais itens do disclosure corporativo da água são submetidos à asseguração externa pelas companhias brasileiras listadas na B3 que asseguraram seus relatórios de sustentabilidade (RS) no período de 2017-2018. Para operacionalização da pesquisa, utilizou-se o Sumário Remissivo da GRI Standards e os Relatórios de Asseguração Independente anexados ao RS para coleta e análise das informações relativas à água divulgadas e asseguradas externamente. Os resultados demonstraram que as informações divulgadas reportam sobre impactos e riscos potenciais associados ao uso da água por parte da organização. Esses indicadores estão diretamente vinculados à qualidade da água, aos custos operacionais e aos impactos ecológicos, e permitem que as organizações avaliem os riscos regulatórios e de reputação. A respeito disso, a predominância de informações físicas sobre água reforça a necessidade de que as informações monetárias sejam incorporadas no desenvolvimento da contabilidade corporativa da água. Além disso, as análises dos sumários remissivos da GRI e dos relatórios de asseguração documentaram a baixa incidência de empresas que sinalizaram a asseguração por conteúdo e a superficialidade dos trabalhos de asseguração realizados. Esses achados sugerem a falta de transparência e reforçam o importante debate sobre a efetiva contribuição da asseguração externa para impulsionar a sustentabilidade dentro das organizações.
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