Nesse artigo procuramos problematizar as relações entre a produção da cidade formal e de subjetividades no espaço urbano, partindo dos conceitos de cidade torta, aberta e modesta, propostos por Richard Sennett em Construir e Habitar (SENNETT, 2018). Buscamos discutir a produção de paisagens de orlas urbanas em um contexto globalizado e, mais especificamente, as orlas da cidade de Porto Alegre. Iniciamos colocando os conceitos de ville e cité sennettiano, o desejo de cidade implicado na produção projetual da paisagem urbana e as relações com a experiência humana. Na segunda parte comentamos sobre a cidade torta, que se deforma e resiste à lisura, expondo outras formas de experienciar a urbe. A seguir, expomos a cidade aberta, explorando fenômenos sociais mais amplos, como a globalização pasteurizada da paisagem. Em um terceiro momento, invocamos a cidade modesta do fazer do Homo Faber que se orgulha de suas obras. Finalizamos deixando em aberto questões para serem retomadas na continuidade da pesquisa.
A Escola Aberta, ou AESCOA foi idealizada por Pedro Debiazi 17 e Diego Brasil 18 2 e foca na educação continuada on-line em Arquitetura e Urbanismo e áreas afins. O objetivo é construir conhecimento através da ampliação dos debates sobre a produção do espaço urbano, para estimular uma cidade mais equilibrada e equitativa. Seu projeto acredita na força dos encontros que compartilham conhecimentos; estímulo às trocas frutíferas que fomentam a esperança numa sociedade mais justa, fraterna e equilibrada. Sua proposta educacional articula as multidisciplinaridades que transitam nos ambientes das artes, da arquitetura e urbanismo, das economias criativas e contaminações,1 Arquiteta e Urbanista (Uniritter), Doutora em Arquitetura pelo PROPAR/UFRGS; PNPD Capes pelo Mestrado Associado Uniritter/Mackenzie onde iniciou o projeto de pesquisa e extensão Cartografia da Hospitalidade, que hoje continua atuando como coletivo.
O artigo reflete sobre o questionamento proposto pelo 3ª. Jane’s Walk – Caminhar além dos pés: como lidar com mudanças onde os limites entre o privado e público e o que está dentro e fora são questionados? O texto começa contextualizando o evento em relação à crise sanitária de 2020. Em um segundo momento analisamos os fatos e eventos que levaram a humanidade a assumir o surgimento de uma nova concepção espacial e papel do Ciberespaço no contexto. A seguir, comentamos as atividades propostas no festival pelos participantes, focando especialmente na atividade proposta pelo coletivo Cartografia da Hospitalidade. Concluímos o artigo com reflexões sobre o protagonismo do ciberespaço como meio de comunicação e suporte de memória da humanidade e a necessidade de encarar a realidade da exclusão digital: resiliência é preciso, assim como estender a mão e abrir portas.Palavras-chave: cartografia da hospitalidade, ciberespaço, Jane’s Walk, urbanismo contemporâneo, habitar e arquitetura.
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