O manejo de agroecossistemas pode acarretar impactos na vida do solo. Partindo da ideia que as famílias agricultoras detêm muito conhecimento sobre a biodiversidade dos agroecossistemas e de seus solos, a avaliação desses solos com indicadores de qualidade do solo realizada juntamente com as famílias camponesas têm demonstrado que essa é uma opção viável no processo de transição agroecológica em busca de sistemas de produção cada vez mais sustentáveis. Nessa perspectiva, o objetivo do presente trabalho foi realizar avaliações participativas através de indicadores da qualidade do solo de um agroecossistema em transição agroecológica, Sítio Juazeirinho, Solânea-PB. Para tal foram escolhidos oito indicadores, tais como: Declividade; Estrutura; Compactação; Erosão; Cobertura vegetal; Cor; Atividade biológica e Matéria orgânica, sendo utilizados em quatro subsistemas agrícolas: Pasto, Roçado, Quintal Produtivo e Mata. Foi realizada uma abordagem descritiva das médias geral de qualidade do solo de quatro tratamentos, oito variáveis e três repetições. Quanto aos resultados, todos os subsistemas apresentaram valores satisfatórios, especificamente os subsistemas Quintal Produtivo e o Roçado, requerendo atenção para o subsistema Pasto, o qual apresentou menores índices de sustentabilidade. O método utilizado mostrou-se eficiente, enquanto trabalhado participativamente com as famílias agricultoras, na avaliação da sustentabilidade e qualidade de seus solos.
O objeto da proposta foi avaliar a saúde do solo através da Cromatografia do solo de Pfeiffer de quatro subsistemas agrícolas inseridos em um agroecossistema em transição agroecológica. A pesquisa foi realizada no município de Serraria-PB no agroecossistema Cajazeiras em uma unidade de base familiar em transição agroecológica. Para a análise da CSP, foram utilizadas categorias qualitativas observando suas zonas, cores e formas, expressas através de semáforos com cores distintas e legendas. A análise dos cromatogramas dos diferentes subsistemas avaliados apontou variâncias entre as unidades avaliadas. O agroecossistema apresentou desejáveis condições de boa saúde e qualidade do solo pelo método CSP. Os subsistemas obtiveram boa saúde do solo com semáforos azuis no geral. Somente a floresta foi classificada como categoria excelente, na qual obteve semáforos verdes. Conclui-se que a Cromatografia de Pfeiffer é uma técnica que pode ser utilizada para avaliação qualitativa do solo tanto de ecossistemas naturais quanto agroecossistemas, sendo de simples manuseio técnico e baixo custo, mostrando-se como uma alternativa à avaliação e monitoramento de solos por agricultores e para o avanço da transição agroecológica.
Agroecossistemas de base familiar caracterizam-se por apresentarem relações socioambientais complexas. O desenvolvimento e aperfeiçoamento de metodologias participativas para a compreensão de dinâmicas desenvolvidas por essas famílias é essencial na construção do conhecimento agroecológico. Objetivou-se com esse trabalho introduzir metodologias participativas na análise de um agroecossistema de base familiar que encontra-se em processo de transição agroecológica e fortalecer o debate sobre a construção do conhecimento agroecológico. A metodologia aplicada neste trabalho é uma adaptação do Método de Análise Econômico-Ecológico de Agroecossistemas e dos Diagnósticos Rápidos Participativos aplicados em um agroecossistema em processo de transição agroecológica localizado no Sítio Juazeirinho, município de Solânea - PB. Foram usadas as seguintes estratégias metodológicas: travessia na propriedade, desenho do mapa da propriedade e linha do tempo. Como resultado deste trabalho se constatou que: agroecossistemas manejados pela agricultura camponesa quando articulados com dinâmicas territoriais desenvolvem e ressignificam estratégias eficazes para o manejo da agrobiodiversidade; através do acesso às políticas públicas, como Programa Nacional de Fortalecimento da agricultura Familiar (Pronaf), Programa um milhão de cisternas (P1MC), Programa uma terra duas águas (P1+2) que são essenciais para a transição agroecológica; a economia da agricultura camponesa está intimamente ligada aos processos ecológicos do sistema agrícola.
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