Pesquisas voltadas para o controle biológico de pragas têm se intensificado, reduzindo os impactos causados pelo uso de inseticidas no ambiente, vida silvestre e humana. A tesourinha Euborellia annulipes tem mostrado ótimo potencial para o uso em programas de manejo de pragas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de busca e predação da tesourinha submetida a duas fontes de alimento, com finalidade de gerar informações para a construção do conhecimento agroecológico, visando reforçar o controle biológico de pragas em unidades de produção familiar. O trabalho foi realizado no laboratório de Entomologia, da Universidade Federal da Paraíba, em Bananeiras. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com dois tratamentos (ovos do curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis e pulgão Aphis gossypii) e cinco repetições. Em todos os tratamentos os predadores foram individualizados em cinco placas de Petri medindo 60 x 15 mm, onde se liberaram cinco unidades de ovos e de pulgão, para avaliar o comportamento de ataque do predador. Os espécimes de E. annulipes tenderam a apresentar maior aceitabilidade aos pulgões A. gossypii do que aos ovos do curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis, gastando menos tempo na busca e na captura, bem como consumindo maior número de presas.

O manejo de agroecossistemas pode acarretar impactos na vida do solo. Partindo da ideia que as famílias agricultoras detêm muito conhecimento sobre a biodiversidade dos agroecossistemas e de seus solos, a avaliação desses solos com indicadores de qualidade do solo realizada juntamente com as famílias camponesas têm demonstrado que essa é uma opção viável no processo de transição agroecológica em busca de sistemas de produção cada vez mais sustentáveis. Nessa perspectiva, o objetivo do presente trabalho foi realizar avaliações participativas através de indicadores da qualidade do solo de um agroecossistema em transição agroecológica, Sítio Juazeirinho, Solânea-PB. Para tal foram escolhidos oito indicadores, tais como: Declividade; Estrutura; Compactação; Erosão; Cobertura vegetal; Cor; Atividade biológica e Matéria orgânica, sendo utilizados em quatro subsistemas agrícolas: Pasto, Roçado, Quintal Produtivo e Mata. Foi realizada uma abordagem descritiva das médias geral de qualidade do solo de quatro tratamentos, oito variáveis e três repetições. Quanto aos resultados, todos os subsistemas apresentaram valores satisfatórios, especificamente os subsistemas Quintal Produtivo e o Roçado, requerendo atenção para o subsistema Pasto, o qual apresentou menores índices de sustentabilidade. O método utilizado mostrou-se eficiente, enquanto trabalhado participativamente com as famílias agricultoras, na avaliação da sustentabilidade e qualidade de seus solos.

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O objeto da proposta foi avaliar a saúde do solo através da Cromatografia do solo de Pfeiffer de quatro subsistemas agrícolas inseridos em um agroecossistema em transição agroecológica. A pesquisa foi realizada no município de Serraria-PB no agroecossistema Cajazeiras em uma unidade de base familiar em transição agroecológica. Para a análise da CSP, foram utilizadas categorias qualitativas observando suas zonas, cores e formas, expressas através de semáforos com cores distintas e legendas. A análise dos cromatogramas dos diferentes subsistemas avaliados apontou variâncias entre as unidades avaliadas. O agroecossistema apresentou desejáveis condições de boa saúde e qualidade do solo pelo método CSP. Os subsistemas obtiveram boa saúde do solo com semáforos azuis no geral. Somente a floresta foi classificada como categoria excelente, na qual obteve semáforos verdes. Conclui-se que a Cromatografia de Pfeiffer é uma técnica que pode ser utilizada para avaliação qualitativa do solo tanto de ecossistemas naturais quanto agroecossistemas, sendo de simples manuseio técnico e baixo custo, mostrando-se como uma alternativa à avaliação e monitoramento de solos por agricultores e para o avanço da transição agroecológica.

Objetivou-se avaliar a dinâmica da macrofauna epiedáfica numa área sob cultivo de noni (Morinda citrifolia L.) submetido a diferentes práticas de manejo do solo, em duas épocas de coleta. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados em esquema fatorial 2 x 2 x 4, com três repetições. Os tratamentos foram constituídos pela combinação dos fatores com e sem consórcio com bananeira, com e sem cobertura do solo com palhada de bananeira, e doses de biofertilizante bovino (0,0; 2,5; 5,0 e 7,5 L planta -1). Para a captura da macrofauna epiedáfica, foram utilizadas armadilhas de queda do tipo pitfall, instaladas no período chuvoso (agosto) e seco (novembro) de 2019. A comunidade foi analisada conforme os parâmetros de abundância, frequência, riqueza e diversidade e os dados foram submetidos a análises de variância, agrupamento e correlação linear. A maior abundância e frequência da macrofauna foram encontradas no período seco, mas a maior riqueza e diversidade ocorreram no período chuvoso. Em ambos os períodos de coleta, a predominância foi da ordem Hymenoptera. Os índices de riqueza e diversidade revelaram, no período chuvoso e seco, os valores mais altos, para os tratamentos doses de biofertilizante associados com consórcio ou cobertura. Foram encontrados efeitos significativos dos períodos de coleta sobre a macrofauna e para interação entre consórcio e cobertura. Houve correlação significativa entre Diptera e teores de matéria orgânica. A macrofauna epiedáfica se mostrou uma importante ferramenta de bioindicação em área de cultivo do noni sob diferentes práticas de manejo, em duas épocas de coleta.