Este artigo objetiva compartilhar conhecimentos e experiências sobre as práticas literárias e a remição pela leitura a partir de perspectivas narradas por pessoas privadas de liberdade. Para isso, inicialmente aborda as políticas educacionais e as iniciativas de fomento à leitura e escrita nas prisões, como mecanismo de inclusão social, de desenvolvimento educacional e intelectual. Em seguida, aponta as ações literárias desenvolvidas em diferentes estados, com dados atualizados sobre os projetos e instituições envolvidas em programas de remição pela leitura no Brasil. Por fim, apresenta as narrativas de participantes do Projeto de “Remição pela Leitura - Educação para a Liberdade”, que compartilham suas percepções sobre as experiências vivenciadas durante as práticas de leitura e escrita, além de dialogar sobre como os sujeitos envolvidos percebem o mundo e a influência do projeto literário em seu cotidiano no interior da prisão.
Para entender a prática pedagógica do professor, é essencial considerar o contexto social da escola e as condições concretas disponibilizadas para a oferta educacional. Sabe-se que as escolas inseridas em prisões possuem especificidades e regras próprias, sobretudo porque se trata de um público que, em sua maioria, encontra-se em situação de vulnerabilidade social, no qual convive cotidianamente em um ambiente marcado por problemas estruturais graves e de violação de direitos fundamentais. Tal situação gera, por consequência, inúmeros desafios para o trabalho do professor. Assim, a proposta desse artigo consiste em refletir sobre as práticas pedagógicas de docentes que atuam na modalidade da Educação de Jovens e Adultos em escolas inseridas em unidades prisionais. Para o desenvolvimento do estudo, utilizou-se de entrevista narrativa, na qual os educadores puderam narrar suas experiências adquiridas no processo de ensino junto aos estudantes privados de liberdade. Os resultados apontaram que as práticas desenvolvidas pelos docentes perpassam pela integração entre a dialogicidade e a humanização do sujeito aluno, como um caminho para uma educação libertadora. A dimensão afetiva também está presente nas decisões assumidas pelos docentes, na medida em que estas causam impactos afetivos nas relações que se estabelecem entre o estudante e o objeto de conhecimento.
No contexto do Ensino Médio Integrado (EMI), o estudante, deve ser considerado, em sua totalidade, como um sujeito histórico e social e em permanente construção, interagindo com seus estudos de forma autônoma e emancipadora. A partir dessa compreensão, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de definir e caracterizar os aspectos que envolvem as práticas desses alunos. Para melhor compreensão do tema, buscamos as contribuições de Todorov (2007) a respeito das interações que ocorrem entre o homem e o ambiente. Como resultado, a pesquisa demonstrou que devem ser consideradas, nas práticas de estudos, as interações desenvolvidas em níveis social, físico, histórico e biológico, de forma a contribuir com o atendimento psicopedagógico aos estudantes.
Este artigo procura demonstrar as especificidades da oferta de educação de jovens e adultos (EJA) em escolas inseridas em prisões, conforme previsto na Lei de Execução Penal (LEP), como uma das assistências necessárias para promover a integração social do apenado. O objetivo foi analisar a função docente a partir de narrativas de professores que lecionam em escolas inseridas no sistema penitenciário. Para isso, foram realizadas entrevistas com docentes de diferentes municípios do estado de Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, a análise indicou que o professor(a), procura desempenhar suas atividades pedagógicas, imerso numa busca constante de atribuir novo significado ao papel que desenvolve.
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