Este artigo discute a política macroeconômica do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002), marcada por mudanças nas áreas fiscal, cambial e monetária. Na área fiscal, passou-se a gerar superávit primário e avançou-se nos esforços de reforma estrutural. Na área cambial, a passagem do regime de câmbio administrado para uma flutuação suja permitiu o ajuste do elevado déficit em conta corrente verificado no primeiro mandato. Na área monetária, o regime de metas de inflação substituiu a subordinação da política monetária à defesa do regime cambial. Após tais alterações, o país passou a contar com um regime mais sustentável e transparente, cuja eficácia permaneceu limitada pela herança do regime anterior, gerador de desequilíbrios, e pelas instabilidades financeiras internacional e domésticas no período. Acreditamos que o novo regime é adequado para a criação das condições no sentido da recuperação do investimento e do crescimento econômico, mas os principais desafios atuais residem mais em aspectos institucionais e regulatórios do que no regime de política macroeconômica.
This paper analyses the macroeconomic policy of FHC's second government (1999-2002), that was marked by fiscal, foreign exchange and monetary changes. In the fiscal area, a primary superavit was generated and the efforts towards a structural reform were increased. Regarding foreign exchange policies, the move from administered exchange to one of dirty floating allowed for an adjustment of the high deficit in the current account that occurred in the first term of office. In the monetary field, the regime of inflation goals substituted the subordination of the monetary policy to the defense of the exchange regime. These alterations brought a more sustainable and transparent regime to the country, but its efficiency was limited due to the inheritance of the old regime, that generated unbalances and also to the international and domestic financial instabilities of the period. The new regime is adequate for the creation of conditions for the recovery of investments and for economic growth, but the main present chalenges have more to do with the institutional and regulatory aspects than with the macroeconomic policy regime
Resumo o paper discutc tres aspectos da resistencia dos paises em cumprirem as mctas dos pIanos de cstabiliza<;oes formuladas pelo FMI. Primeiro, uma definic;ao para urn indicador dcste tipo e aprcscntada. A releva-ncia do fenomeno da re sistencia coloea em duvida supostos impactos que os programas do FM! trazem conformc sugerido em Pastor (1987).Segundo, urn modele logit e ajustado a uma amostra de 43 paises para identifi ear os fatores que explicam a resistencia. Os resultados mostram que a magnitude dos choques externos bern como a distribuic;ao de renda sao fatores relevantes. as resultados cncontrados para esta ultima variavel estao parcial mente em linha com a cvidencia emplrica de Berg e Sachs (1988) e as motiva<;5es teoricas em Alesina e Drazen (1989). Terceiro, algumas imp1ic�Oes de politica sao derivadas a rcspeito das difi culdadcs que autoridades brasileiras e de orga nismos intcrnacionais provavelmentc cncontradi.o ao tentarem implemcntar uma politica de estabiliza<;ao do tipo do FMI. AbstractThe paper addresses three aspects of the country's resistance to meet the targets of IMF stabilization plans. First, a definition and an indicator of such phenomenon is provided. The fact that resistance is found to be important poses doubts about presumed impacts of IMF programs such as in Pastor (1987).Second, a logit model is fi tted to a data set of 43 countries to search for the resistance factors. The magnitude of the external shocks as well as income concentration were found to be relevant. The results obtained for this last variable are partially in line with the empirical evidence of Berg and Sachs (1988) and the theoretical motivation of Alesina and Drazen (1989). Third, a few policy implications are derived regarding the difficulties national and supra-national authorities are likely to face in attempting to enforce IMF stabilization measures.
rofessor da FGV/EAESP desde 1990, Gesner Oliveira é um economista com ampla e diversificada atuação no setor público federal e estadual. Além de presidente da Sabesp e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), já atuou como Secretário de Acompanhamento Econômico e Secretário Adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Nesta conversa com a GV-executivo, o professor relembra sua formação acadêmica e trajetória profissional, além de tratar de dois temas atuais que o têm interessado particularmente: a crise da água em São Paulo e os desafios do Brasil na área de infraestrutura.
A GO Associados é uma consultoria multidisciplinar que oferece análises econômicas, regulatórias, financeiras e concorrenciais sobre um amplo conjunto de temas. Nossa Equipe, composta por cerca de 40 colaboradores internos e externos, atua em projetos nos mais diversos setores da infraestrutura, em especial no de saneamento básico; como assistentes técnicos em casos de arbitragem e perícia, além de casos antitruste no âmbito de cartéis e atos de concentração; além de acompanhar a conjuntura política e econômica, e projetar os principais indicadores macroeconômicos do Brasil.
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