Este artigo objetiva apresentar as percepções de acadêmicas do curso de Pedagogia, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), acerca das aprendizagens das crianças do quarto ano, do Ensino Fundamental, de uma escola pública de Dourados (MS). Em 2017, as licenciandas desenvolveram uma sequência didática, resultante de ações de ensino e extensão, tendo como aporte teórico estudos que discutem a inserção de múltiplas linguagens no cotidiano de crianças (FRIEDMANN, 2013) e o trabalho com os gêneros textuais (MARCUSCHI, 2005, 2001). Os dados, que retratam o processo das vivências, foram extraídos dos relatórios das licenciandas e revelam que as crianças mergulharam nas canções do grupo Teatro Mágico e expressaram sentidos por meio da oralidade e de desenhos, esculturas, pinturas, escrita. Verificou-se que a proposta foi significativa para as graduandas pelo fato de elas terem desenvolvido vivências que contemplaram diferentes linguagens, tendo a música como a principal. Evidenciaram que as crianças aprendem com a análise de letras de música, com a apreciação de vídeos e de artes visuais. Ainda constataram que a leitura e a escrita com função social motivam e impulsionam os estudantes a interagirem com diferentes gêneros textuais, o que contribui para a própria formação docente das graduandas.
Este artigo analisa aspectos do cotidiano de viagens escolares em espaços do campo. Os dados são resultantes de investigações interinstitucionais desenvolvidas em assentamentos localizados no estado de Mato Grosso do Sul, coletados por meio da observação participante e, também, de depoimentos com crianças e do registro de imagens. O estudo, apoiado nos conceitos da Sociologia da Infância, desvenda os mecanismos de resistência criados pelas crianças do campo para minimizarem as dificuldades e enfrentarem o tempo de deslocamento morada-escola-morada durante as viagens realizadas no transporte escolar. A discussão revela que as crianças, mediante o brincar e outras linguagens, reconstroem suas posições sociais diante das regras impostas pelos adultos. Também aponta que os momentos de socialização, durante as viagens escola-morada-escola, desencadeiam a reconstrução de regras e de interações e colaboram para a construção social do que é ser um menino ou uma menina nos espaços do campo.
Apesar da impositiva luta nacional para solidificação da concepção de bebês como sujeitos protagonistas, em algumas instituições, eles são mantidos isolados em berçários. Impedidos de agirem sobre o mundo, vivenciam uma rotina pautada em cuidados básicos (higiene, saúde e alimentação) e na execução de atividades, cuja linguagem, muitas vezes, descontextualizada, fortalece sua condição incapaz. Diante disso, o objetivo deste texto é trazer à baila a história ‘–Venha brincar comigo’?, projeto da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), que trata de uma vivência de cantar e de brincar para crianças de até três anos de idade. A experiência é desenvolvida desde o ano de 2010 em diversos espaços da cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul (MS). Especificamente para este artigo, foram analisadas, à luz do referencial histórico-cultural, algumas cenas do percurso, marcadas por aspectos da presença do jogo tradicional achar/esconder, extremamente apreciado pelos bebês. Como metodologia, utilizaram-se fragmentos de registros do acervo do projeto e de relatórios das componentes que desenvolvem o trabalho na comunidade. Ressaltam-se, como resultados, o quanto é possível e necessária a proposição de atividades culturais para bebês, bem como a importância do projeto para a formação inicial das futuras professoras, pois as estudantes do curso de Pedagogia da UEMS visualizaram que as múltiplas possibilidades de comunicação com os bebês são oriundas do campo sensorial, daí vislumbrar a adoção do diálogo do olhar, do toque, do tempo dispensado para a observação, como também da oralidade e da expressão gestual em seus trabalhos em instituições de Educação Infantil
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