O artigo apresenta reflexões construídas nas trajetórias de duas professoras de Pedagogia de uma universidade pública localizada no interior da Região Centro Oeste e tem como foco pesquisa de Mestrado em Educação. A investigação realizou-se com professoras da Educação Infantil e objetivou conhecer e compreender como vivenciaram/construíram concepções de gênero e sexualidade nas diversas relações interpessoais, nos espaços privado e público, uma vez que foram educadas e cuidadas para corresponderem aos comportamentos “ditos” de meninas, conforme padrões sociais e históricos dominantes. A metodologia efetuou-se com estudos em autores que discutem a infância, a Educação Infantil e interfaces com os temas gênero e sexualidade e usou-se a História Oral Temática, quando se registraram as memórias de infância. Nas análises evidenciaram-se aprendizados permeados por silêncios; cuidados e educação buscando uma feminilidade exigida como legítima, assim como uma forma considerada “normal” de sexualidade. Constatou-se que assertivas das diferenças de gêneros, de lugares previstos para meninas/meninos fizeram parte da infância das colaboradoras da pesquisa.
Resumo: Apresenta o resultado de uma pesquisa que analisou os sentidos da docência (re)construídos por alunas de licenciatura em Pedagogia durante o percurso como bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). Avalia o impacto do programa para a formação profissional, verificando se a metodologia delineada pelo subprojeto de Pedagogia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul aproximou as discentes da carreira do magistério, atendendo aos objetivos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Os dados coletados são oriundos de diários de bordo, fichas de avaliação e relatórios das bolsistas nos anos 2010 a 2013 e foram analisados a partir dos conceitos de sentido e significado da palavra "docência". Como resultado, observa-se que as atividades do Pibid em questão foram fundamentais para ajudar as licenciandas a superar as dificuldades do cotidiano, a compreender o significado do trabalho docente e a buscar mecanismos para efetivar uma prática pedagógica coerente com as orientações do curso de Pedagogia.
Este artigo objetivou apreender quais as concepções de políticas educacionais que a normatização principal que gere a educação do Brasil e do Paraguai apresenta. Para tanto, buscamos elucidar a seguinte questão norteadora: qual concepção de gestão a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 do Brasil, e a Lei Geral da Educação de 1998 do Paraguai apresentam? Desta feita, a pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa, com pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, tendo com fontes principais a LDB/1996 e a LGE/1998. Ao decorrer da discussão e baseando-se na literatura educacional, consideramos que a concepção de gestão que a legislação das políticas educacionais do Brasil e do Paraguai apresentam pode ser entendida como híbrida, porque elas destacam a gestão democrática e a participação, porém, abordam diversas características da gestão gerencial como características de gestão democrática. Neste sentido, a gestão gerencial vem assumindo inciativas privadas no âmbito da gestão pública, nas sociedades latino-americanas desde as reformas educacionais legitimadas nos espaços legais. Cabe salientar que há um retrocesso em relação a efetivação da participação e da gestão democrática, principalmente quanto aos mecanismos de sua efetivação e pela influência das diretrizes internacionais nas políticas de educação desses países.
"O conhecimento é assim: ri de si mesmo e de suas certezas. É meta da forma metamorfose movimento fluir do tempo que tanto cria como arrasa a nos mostrar que para o voo é preciso tanto o casulo como a asa". Mauro Iasi 1 Nossas caminhadas como professoras pesquisadoras que se importam com a infância e as crianças e, nesse sentido, têm compromisso basilar com sua educação, nos impeliu à empreitada de reunirmos diferentes estudiosas/os que se encontram envolvidas/os e empenhadas/os no trabalho de formação de professores nas suas diferentes vertentes, para constituição deste Dossiê Temático. Entendemos o processo formativo como "um movimento que flui" e, portanto, nunca se encerra, pois não se aceita como pronto e acabado. Assim, aprender, ressignificar e transformar se tornam primordiais nas trajetórias de professores engajados pessoal e profissionalmente com o conhecimento que não admite "certezas" e fazem da conjuntura teórica um cenário profícuo para formação humana de crianças e adultos. Nesse contexto, apresentamos para compor este v. 9, n. 27 da Educação e Fronteiras on-line nove artigos no Dossiê Temático, três artigos na Seção Demanda Contínua e uma Resenha. Destacamos que são textos de reconhecidos profissionais implicados com a pesquisa educacional em fundações, universidades federais e universidades estaduais localizadas no centro do país, quer sejam, cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, mas, também, da capital e de cidades do interior do estado de Mato Grosso do Sul, assim como fora do Brasil, precisamente em Portugal e no México, demonstrando que a temática se faz presente como um desafio
Pensar diferenças e desnaturalizar desigualdades se faz necessário, pois o caminho para conquista de relações de gênero equânimes é longo, com avanços e recuos no processo. Neste contexto, a proposta é trazer para o debate a educação feminina e as relações de gênero vivenciadas na família, figuração entendida a partir da teoria do processo civilizador como constituída por teias de interdependência. Assim, o objetivo foi identificar e problematizar relações de gênero que permearam a educação feminina presentes em histórias escritas por mulheres/acadêmicas de Pedagogia, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Mato Grosso do Sul. O corpus da pesquisa foi formado por 20 memoriais de infância (auto)biográficos, documentos do arquivo pessoal de professora da referida universidade. Utilizaram-se para análises o referencial teórico eliasiano, abordagem (auto)biográfica e estudos de gênero. Os resultados apontaram que meninas e meninos carregam marcas dos contextos os quais se originam, pois são dependentes do seu grupo familiar para se situarem no mundo. Evidenciou-se que a infância de meninas está condicionada a uma educação coercitiva e formas de submissão e controle estabelecidos a elas, que comparada à história dos meninos, sugere desequilíbrio entre os gêneros. Porém, as problematizações dão conta de processos de transformação em curso. Sendo assim, conclui-se, a família foi lembrada como figuração que marcou a vida das mulheres/acadêmicas, mas ao rememorarem suas infâncias podem ter compreendido que nas relações interdependentes elas são constituídas, mas também constituem tais relações. Portanto, a depender de suas posturas e ações será possível vivenciar tempos de maior equilíbrio da balança de poder.
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