RESUMOO objetivo desta pesquisa é analisar o impacto da proposta metodológica do Instituto Compartilhar (IC) por meio da percepção dos ex-alunos que participaram dos seus projetos socioesportivos. Para tanto, avaliamos 738 questionários respondidos via online pelos ex-alunos do IC. Com base nas respostas, identificamos que a participação em um projeto pode ser sim uma possibilidade de interiorização de valores sociais e de contribuição para o desenvolvimento humano, pois 90,40% dos respondentes afirmaram que, durante o tempo de participação no projeto, aprenderam a trabalhar em equipe, 88,80% deles aprenderam a respeitar e 78% afirmaram que o projeto contribuiu para o seu desenvolvimento como cidadão. Ao considerarmos que 63% dos ex-alunos afirmaram que aprenderam a jogar muito bem o voleibol, concluímos também que a metodologia utilizada pelo IC cumpre com um dos seus objetivos que é ensinar uma modalidade esportiva.

O uso de estratégias e o repertório de emoções aprendidas com o passar dos anos proporcionaram o amadurecimento emocional dos indivíduos em formação. Mas a estrutura mental tem sofrido mudanças, o alto nível de exigência escolar e profissional, a diminuição da prática esportiva e a menor convivência social têm desencadeado no adolescente danos decorrentes do estresse. Desse modo, a Educação Física escolar no período da adolescência pode ser fundamental para o amadurecimento das aptidões emocionais de empatia e autocontrole, responsáveis pelo desenvolvimento do autodomínio emocional. O objetivo desta pesquisa foi apresentar possíveis metodologias facilitadoras para a aprendizagem emocional, especificamente, para o desenvolvimento do autodomínio emocional e social, durante o processo de ensino-aprendizagem na Educação Física escolar. Nesta perspectiva, a presente pesquisa caracteriza-se como pesquisa bibliográfica. A análise envolveu as obras dos autores Brearley (2004) e Alzinaet al. (2009), que permitiram visualizar a aprendizagem emocional na prática docente. A partir das obras reconstruímos possibilidades que podem ser facilitadores na metodologia do professor de Educação Física escolar e, consequentemente, para a formação integral do aluno.

Este artigo trata de uma análise sociológica da história do Voleibol de Praia. Aqui procuramos responder: por que o desenvolvimento internacional da modalidade ocorreu no Brasil e não nos EUA? Como hipótese apresentamos que a estrutura do campo Voleibol de Praia vem sendo determinada pela disputa de duas instituições, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e a Association of Volleyball Professionals (AVP). Os objetivos foram investigar por que o Brasil foi o local onde o Voleibol de Praia se transformou em show business internacional e analisar as configurações entre os agentes/estruturas que compõem o campo. O recorte compreendeu o intervalo de 1985 a 2004. Como referencial teórico metodológico de análise, buscamos na teoria dos campos de Pierre Bourdieu o instrumental capaz de explicitar as relações que se estabelecem no contexto socioeconômico contemporâneo, aplicando-o na leitura do desenvolvimento do Voleibol de Praia. Constatamos que a FIVB assumiu o controle do campo e o Brasil passou a ser uma estrutura estruturante da modalidade.

A democratização no uso do esporte, no lazer e nos programas educacionais, somado ao surgimento de novas pesquisas nesta área de conhecimento, mudaram as exigências e objetivos a serem alcançados pelos profissionais. As possibilidades de intervenções do professor de Educação Física foram ampliadas, exigindo novas práticas pedagógicas no trabalho com o esporte educacional vinculado às demandas da sociedade atual. Neste sentido, o trabalho com as emoções no início da aprendizagem do voleibol parece ser fundamental para o alcance da formação integral do aluno, visto que, é uma prática complexa e exige do aluno o entendimento e o controle das emoções inerentes ao esporte. Entretanto, é possível supor que frequentemente os professores vinculam o ensino do voleibol à aplicação de habilidades motoras que pouco tem agregado para a resolução de problemas. O objetivo foi investigar como as emoções são apresentadas nas metodologias ou nos modelos de ensino-aprendizagem do voleibol educacional. O presente estudo pode ser caracterizado como pesquisa bibliográfica. Para a análise das obras encontradas, livros e artigos, utilizamos como alicerce a Teoria do Processo Civilizador de Elias (1992; 2001) e a Teoria da Inteligência Emocional de Goleman ( 2007), delimitamos a escolha dos autores pesquisados considerando aqueles que apresentaram semelhanças nas suas propostas, incluindo alguns procedimentos e objetivos metodológicos relacionados à formação emocional, como: trabalho em grupo, tomada de decisão, partilha de experiências e os valores sociais, que podem ser desenvolvidos no ensino do voleibol. A discussão envolveu dois momentos: o processo civilizador das emoções e o esporte; e as metodologias e os modelos de ensino-aprendizagem para o voleibol, no qual verificamos a existência ou não de procedimentos metodológicos para a aprendizagem emocional. Apesar dos avanços teóricos no contexto educacional e pedagógico, o trabalho com o esporte ainda apresenta um relativo distanciamento entre o conhecimento e a maneira de utilizá-lo nas relações humanas. Os modelos e as metodologias de ensino dos autores citados nessa pesquisa, podem indicar que o conhecimento sobre o trabalho pedagógico do professor durante o ensino do voleibol manifesta menor incidência para o aprendizado emocional comparado aos conhecimentos técnicos, táticos e cognitivos.

No abstract