A somatotropina, além do efeito anabolizante, age no processo de cicatrização acelerando a formação local de tecido de granulação, síntese e deposição de colágeno, quando administrada por via subcutânea. Objetivo: Avaliar o efeito da somatotropina sobre a cicatrização de feridas cutâneas, em ratos. Métodos: Utilizaram-se 53 ratos Wistar, machos, com idade média de 145,19 dias e peso inicial médio de 287,72 g, divididos em dois grupos: controle (n=26) que recebeu 1,2 ml/dia de água destilada pela via subcutânea e experimento (n=27) que recebeu 0,2 UI/kg/dia de somatotropina humana pela mesma via. Fez-se uma ferida cutânea no dorso do animal, que diariamente era medida, procedendo-se ao final do experimento o cálculo de contração da ferida. Os tempos de aferição foram 3, 7 e 14 dias, quando de 9 animais de cada grupo, coletou-se sangue para dosagem bioquímica de proteínas plasmáticas e ressecou-se a ferida para estudo histológico. À microscopia avaliou-se: epitelização, reação inflamatória local, tecido de granulação, neovascularização e fibrose. Resultados: O cálculo de contração da ferida, nos 3 tempos de aferição, não demonstrou diferenças entre os grupos controle e experimento. Na dosagem bioquímica encontrou-se diminuição das proteínas totais (p=0,007) e aumento da relação albumina/globulina (p=0,03) no 14º dia no grupo controle, enquanto o grupo experimento manteve-as constantes. Na avaliação histológica observou-se significante aumento da fibrose no 7º dia no grupo experimento (p<0,0001). Conclusões: A somatotropina mantém constantes a relação albumina/globulina e as proteínas totais plasmáticas no 14º dia, além de intensificar a fibrose cicatricial quando utilizada durante 7 dias.
Resumo Objetivo Neste estudo, investigamos a concordância intra e inter-observador da nova classificação Arbeitsgemeinschaft für Osteosynthesefragen/Orthopaedic Trauma Association (AO/OTA) para fraturas da extremidade proximal do fêmur. Métodos Foram selecionadas 100 radiografias do quadril de pacientes que sofreram fraturas da região trocantérica ou do colo do fêmur. Quatro ortopedistas cirurgiões de quadril e quatro residentes de ortopedia e traumatologia avaliaram e classificaram as fraturas segundo o novo sistema AO/OTA em duas ocasiões distintas. O coeficiente de kappa (k) foi utilizado para avaliar a concordância intra e inter-observadores nos diferentes passos da classificação, a saber: tipo, grupo, subgrupo e qualificador. Resultados Especialistas em cirurgia do quadril obtiveram concordância intra-observador quase perfeita de tipo, substancial para grupo e, apenas moderada para subgrupo e qualificadores. Os residentes tiveram desempenho inferior, com concordância substancial para o tipo, moderada para o grupo, e razoável para o subgrupo e qualificador. Na avaliação inter-observadores dos especialistas, também se observou queda gradual da concordância entre tipo (quase perfeita) e grupo (moderada), que se mostrou ainda menor para subgrupo e qualificadores. Residentes tiveram uma concordância inter-observadores substancial para tipo, moderada para grupo e razoável nas demais ramificações. Conclusão A Nova Classificação AO/OTA Para Fraturas Da Região Trocantérica E Do Colo Do Fêmur Mostrou Concordâncias Intra E Inter-Observadores Consideradas Adequadas Para Tipo E Grupo com queda nas ramificações subsequentes ou seja para subgrupo e qualificador. Ainda assim em relação à classificação AO/OTA antiga houve melhora nas concordâncias para subgrupo.
Resumo Objetivo Definir se as dimensões de alguns implantes de fabricação nacional e estrangeira utilizados nas cirurgias de artroplastia do quadril estão adequadas ao perfil antropométrico da população brasileira. Métodos Estudo retrospectivo de pacientes submetidos a cirurgia primária de substituição artroplástica total do quadril. Foram excluídos deste estudo pacientes com alterações morfológicas femorais ou acetabulares que pudessem influenciar na escolha do tamanho dos implantes, tais como sequelas de displasia, trauma, entre outras. Foram incluídos neste estudo dois implantes de fabricação nacional e seis modelos importados. Todos os pacientes foram operados pela mesma equipe, por um dos quatro autores seniores ou sob sua supervisão direta, seguindo a mesma técnica cirúrgica. Os dados foram estatisticamente analisados em relação a gênero, idade, tipo de fixação e modelo dos implantes. Resultados A análise estatística de 682 quadris submetidos a artroplastia total demonstrou que 2 modelos de hastes femorais cimentadas e 1 de haste não cimentada não estão perfeitamente adequados à morfologia femoral da população estudada, pois, na maioria dos casos, nestes 3 implantes, foi utilizado o menor tamanho disponível, resultando em uma curva não gaussiana. O diâmetro médio do acetábulo nativo foi de 54 mm nos homens e de 52 mm nas mulheres. Conclusão Dos oito modelos estudados, cinco se mostraram adequados à população estudada. Outros três modelos disponíveis em nosso mercado (dois nacionais e um importado) parecem necessitar de um escalonamento mais adequado. Destacamos que são necessários estudos antropométricos do quadril da população brasileira para dar subsídios científicos ao desenho ideal dos implantes para o nosso mercado.
Resumo Objetivo Determinar a antropometria média do quadril de uma população regional brasileira através de medidas obtidas pela tomografia axial computadorizada (TAC). Método Análise analítico-descritiva, retrospectiva, de medidas coxofemorais de 200 TACs do abdômen de pacientes atendidos em um centro médico. Foram selecionados aleatoriamente exames que permitissem a aferição de 30 medidas antropométricas previamente definidas. Os dados foram estatisticamente analisados e comparados quanto a sexo e idade. Resultados A prevalência de displasia do quadril foi de 6%. Sinais sugestivos de impacto fêmoro-acetabular foram vistos em 26% dos casos. A análise dos resultados no grupo acima de 50 anos demonstrou medidas significativamente maiores dos: setores horizontais do acetábulo, do ângulo centro-borda e do arco acetabular, acompanhados de menor índice de extrusão, ângulo cérvico-diafisário e offset vertical. Algumas medidas foram significativamente diferentes em função do sexo: o ângulo centro-borda lateral (µ = 35.5°) e o arco acetabular (µ = 68.7°) se mostraram maiores no sexo feminino. No grupo masculino, foram maiores o índice de extrusão (µ = 16%), o offset lateral (µ = 38,3mm), a profundidade (µ = 19,5 mm) e o diâmetro do colo (µ = 26,4 mm). Conclusão O presente estudo caracterizou a antropometria do quadril de uma população brasileira. Demonstrou ainda diferenças morfológicas significativas do quadril entre diferentes faixas etárias e sexos.
Objectives: Femoroacetabular impingement (FAI) has been recently related to several pathologies, besides chondral injury and hip arthritis. We aim to investigate the prevalence of FAI morphology in an elderly cohort hospitalized due to a proximal femur fracture and compare these findings to a control group. We hypothesize that limited medial rotation due to FAI’s morphology could increase stresses to the proximal femur, acting as a facilitating mechanism for fractures in this region. Therefore, a higher prevalence of FAI morphology would be present in the study group. Methods: A retrospective cross-sectional study was performed based on the analysis of radiographic images in AP and lateral views of the fractured hip. Firstly, we have set to measure FAI prevalence in an elderly cohort victimized by fractures of the proximal by measures of the alpha, Tönnis, and lateral center edge angles of a hundred consecutive patients hospitalized for proximal femur fractures. Secondly, we have analyzed the possible relationship between the FAI subtypes and the type of fracture. Finally, we have compared this sample’s data with that of a similar control cohort not affected by fracture. Results: The cohort in this study displayed a higher prevalence of pathological changes in the Tönnis, center-edge, and alpha angles with odds ratios of 3.41, 2.56, and 4.80, respectively (with statistical significance). There was also a significant relationship between cam-type FAI and intertrochanteric fractures, corroborating our initial hypotheses. Conclusions: This study demonstrated that a cohort of older patients affected by fractures of the proximal femur had an increased prevalence of radiographic signs of femoroacetabular impingement. Furthermore, this is the first study demonstrating a statistically significant relationship of cam-type FAI with intertrochanteric fractures, suggesting a possible cause and effect relationship.
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