A pesquisa propôs investigar a violência obstétrica e o processo de acolhimento frente a gravidez na pandemia da COVID-19 entre os anos de 2020 a 2021, em Paranaguá – PR. Os objetivos específicos pretendem estabelecer em bases teóricas sobre os estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade a partir da perspectiva da Epistemologia Feminista, violência obstétrica e o processo de acolhimento enquanto tecnologia; descrever e interpretar casos de violência obstétrica, bem como a sua relação com os direitos reprodutivos e sexuais, a partir do relato de mulheres que estão/estavam em um ciclo gravídico-puerperal durante a pandemia da COVID-19, em Paranaguá – PR, entre 2020 a 2021. A metodologia de pesquisa utilizada é a qualitativa, conduzida através de um roteiro semiestruturado e a análise de dados elaborada por intermédio da categorização de conteúdo proposto por Lawrence Bardin (2011). Com base nos relatos das mulheres em situação de gravidez durante a pandemia desse vírus, se busca analisar casos de violência obstétrica e como essas mulheres perceberam os mecanismos de acolhimento tanto em instituições de saúde públicas e privadas situadas em Paranaguá/PR. Com a amostra dos dados, foi possível constatar que houve um aumento da vulnerabilidade das gestantes, parturientes e puérperas em virtude da pandemia da COVID-19, durante o período informado.
O objetivo desse trabalho é investigar os principais procedimentos oficiais que constam em três manuais do Ministério da Saúde na atenção pré-natal quanto ao acolhimento de adolescentes grávidas no sistema público de saúde voltados para a Atenção Básica do município à luz do olhar CTS. A partir de uma revisão bibliográfica e documental, constatou-se que o pré-natal é um conjunto de ações e orientações com o objetivo da mulher e do bebê possam ter uma gestação e um parto saudáveis, reduzindo os riscos de problemas no parto e no puerpério. O exercício do acolhimento durante o pré-natal pode ampliar a valorização da adolescente grávida tanto na dimensão biológica quanto em suas demais necessidades em virtude da faixa etária e sua individualidade. A gravidez na adolescência necessita de maior atenção qualificada possível devido a faixa etária que ainda está em desenvolvimento fisiológico, psicológico e social. De maneira suscinta, o presente trabalho se baseia na fundamentação analítica dos estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), visto que a análise crítica e interdisciplinar dessa interação pode através do acolhimento como tecnologia leve proporcionar a criação e estabelecer uma relação de confiança entre profissional de saúde e a paciente. Contudo, os principais procedimentos oficiais que compõem nos três manuais podem ser insuficientes para que os(as) profissionais de saúde introduzam o exercício do acolhimento durante o pré-natal, surgindo a necessidade de implementar arranjos mais intensificadores.
O objetivo desse trabalho é investigar os aspectos que envolvem o acolhimento na área obstetrícia e averiguar a sua aplicabilidade como prática e política pública no serviço público de saúde. A partir de uma revisão bibliográfica e documental, verifica-se que a percepção do acolhimento tem se definido de forma restrita em uma recepção burocrática e triagem médica que não avalia adequadamente a gravidade do problema de saúde e o grau de sofrimento do(a) paciente. É evidente a relação de poder e hierarquia entre os(a) profissionais da saúde e os(a) pacientes, principalmente no âmbito da obstetrícia, marcada por intensa intervenção profissional e medicalização do parto. O acolhimento é uma tecnologia leve que possibilita aproximar e fortalecer o vínculo entre profissional de saúde e usuário, pois pode gerar sensibilidade para escutar e dialogar, promovendo uma relação ética, solidária e colaborativa entre os envolvidos. Nesse sentido, a bioética e o biodireito possuem como prisma a dignidade da pessoa humana, os quais propõem reflexões éticas e jurídicas. Assim, aliados aos recursos tecnológicos (acolhimento, vínculo, acesso, entre outros), possam gerar maior flexibilidade e horizontalidade na interação social e nas ações de saúde mais ágeis, acolhedoras e decisivas.
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