No contexto amazônico, a pesca artesanal representa um setor produtivo de grande importância socioeconômica, tanto para as populações ribeirinhas, quanto para aqueles que habitam nos centros urbanos, mas que têm na pesca a sua principal fonte de renda ou alimento. Tendo em vista que a instalação de usinas hidrelétricas promove diversas implicações nas formas de uso dos recursos hídricos, discute-se de maneira conceitual e de abordagem empírica, como a implantação das Usinas Hidroelétricas (UHE) nos rios Xingu e Araguari (Amazônia-Brasil) vem impactando o desenvolvimento da atividade pesqueira, haja vista que a reprodução dos pescadores tem sido drasticamente afetada. O método de pesquisa baseia-se em informações primárias e secundárias. As informações primárias foram obtidas em trabalho de campo nas cidades de Altamira (Pará-Brasil), Ferreira Gomes e Porto Grande (Amapá-Brasil). Os dados secundários são oriundos de pesquisa bibliográfica, documental e demais materiais disponíveis na internet e nas colônias de pescadores e sindicatos de pesca. A partir desses dados obtidos, constatou-se que a realização da pesca artesanal vem sendo impactada de forma drástica, com reflexo na perda de territórios de pesca, diminuição da captura dos recursos pesqueiros e aumento de conflitos entre pescadores e demais usuários que praticam a pesca, refletindo negativamente na reprodução social de todos os indivíduos que vêm enfrentando dificuldades para manter as mínimas condições de sobrevivência.
O Estado, enquanto instituição modeladora e regulamentadora do território age, na maioria das vezes, como agente de inclusão ou exclusão de coletividades, organizações ou indivíduos. Para exemplificar esta afirmação basta analisar o conteúdo dos planos de manejo de unidades de conservação; projetos de zoneamento econômico-ecológico, ou mesmo, o reconhecimento por parte dessa instituição normativa, dos acordos de pesca no território amazônico. Nesse sentido, a análise contida neste texto parte de uma abordagem teórica acerca das territorialidades da pesca e de conhecimentos empíricos adquiridos em anos de pesquisa sobre a pesca na Amazônia. Assim, parte-se do pressuposto que toda ação de exclusão é também um ato de inclusão, uma vez que ao incluir, indivíduos ou coletividades, o Estado exclui outros não visíveis ou segregados conscientemente/propositalmente.
The use of cartography in geographical approaches, notably in those focused on territorial discussions, is gaining more and more importance. However, the use of technical maps still prevails, which often act to hinder its use and appropriation by traditional communities. Based on this assumption, this article seeks to show that, in addition to technical cartography, there are other methodologies, which should also be used, in both elaboration and representation of territories, such as the participatory mapping. For that, some recommendations and suggestions are presented in this paper, aiming to subsidize the application and the collaboration of maps, through the mentioned methodology. These suggestions and contributions are the result of both theoretical debates and in loci observations, in workshops held in traditional communities of Brazilian Amazonia. From these discussions, it is concluded that the adoption of participatory mapping in the process of valuing and understanding the knowledge of traditional communities is of great value, in addition to serving as a subsidy for the claims of rights of both appropriation and possession of the territory.
This article aims to make an analysis about the way of life, through the participatory mapping of the Brazilian Amazon traditional communities, having as objects of study the communities of Cachoeira and Boa Vista, located in the municipality of São Caetano de Odivelas (Pará, Amazonia, Brazil). Thus, this paper presents both the economic aspects of natural resources management ‒ mainly fishing ‒ and the natural and cultural attractions of these communities, whose can be used for the development of community-based tourism (CBT) as a means of generating income. To do so, participatory mapping application workshops were held, as a methodology to bring together community representatives to plot productive, cultural, leisure, conflict and natural information. The mapping products generated will certainly contribute to a better understanding of territorial planning in the communities studied.
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