O presente trabalho busca promover algumas reflexões sobre a produção de pesquisa quantitativa em Educação. Para tanto, encara as metodologias quantitativas como parte integrante de uma lógica de pesquisa mais ampla, que proporcionam retroalimentação, em processos academicamente simbióticos. Parte-se da compreensão de que as metodologias serão escolhidas e utilizadas segundo as perguntas que se pretende responder; logo, há uma relação de macro/micro que é contemplada pela utilização de metodologias quantitativas e qualitativas, sendo que há uma desproporção na razão entre a primeira e a segunda na área. Em seguida, o texto busca apontar alguns aspectos da pesquisa quantitativa com a intenção de esclarecer e indicar possibilidades, sem pretensão de ser um guia definitivo, mas uma apresentação a pesquisadores iniciantes.
RESUMOO presente trabalho busca compreender de que forma os sentidos de "ambiente" e "educação ambiental" são construídos no processo de constituição curricular de licenciaturas em geografia. Para tanto, enfocamos o curso de Licenciatura em Geografia com Ênfase em Meio Ambiente da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ). O ementário desse curso foi analisado de modo a observar de que maneira as questões ambientais manifestam-se nos textos. Assim, nos pautamos na teoria do discurso, de Ernesto Laclau, e nas discussões e concepções sobre políticas curriculares construídas por Stephen Ball, Elizabeth Macedo e Alice Lopes. Buscamos compreender que significações ou associações se encontram em disputa nos textos curriculares analisado, que perspectivas de educação ambiental estão presentes nas ementas, enunciando o perfil de educadores ambientais que se pretende formar. Analisamos o documento cumprindo uma exigência de delimitação, cientes de que a construção discursiva não se limita ao que é dito/escrito, mas se dá na interação social, arrolada pelas/nas disputas hegemônicas por significação e enunciação. Desse modo foi possível perceber a fragilidade das questões ambientais em um curso que tem tais questões em seu cerne. Tal fragilidade não se restringe aos dispositivos textuais das ementas, mas, sobretudo, à insolidez estrutural da instituição. Palavras-chave: Currículo, Educação ambiental, Teoria do discurso. ELEMENTS OF DISCOURSE ABOUT QUESTIONS ENVIRONMENTAL IN THE CURRICULUM GRADUATION IN GEOGRAPHY ABSTRACTThis study aims to understand how the meanings of "environment" and "environmental education" are built into the curriculum creation of degrees in geography process. Therefore, we focused on the Degree in Geography with emphasis in the Environment of the Faculty of Education of the Baixada Fluminense (FEBF/UERJ). The disciplinary documents of this course was analyzed in order to observe how environmental issues are manifested in the texts. So, we base on the theory of discourse, Ernesto Laclau, and the discussions and views on curriculum policies built by
A partir do exercício da função de coordenador pedagógico (CP) em uma unidade escolar da Rede Pública Estadual do Rio de Janeiro este artigo traz reflexões a partir da tentativa de compreender as normas regulatórias de gênero presentes nos cotidianos escolares de jovens que se autodenominam homossexuais. A interação com os sujeitos ocorreu através do estabelecimento de conversa, realizadas mediante uma relação dialógica, propiciando a criação de um sentimento de cumplicidade e disponibilidade que tornou possível uma ampla discussão em torno de questões relativas à heteronormatividade e às experiências que elas provocam no espaço escolar. Foram realizadas entrevistas com os oito jovens que se dispuseram a dialogar, contribuindo assim, com a tessitura de reflexões sobre a (re)produção dos estigmas sociais no espaço escolar e sobre a urgência de se (re)pensar o planejamento de estratégias de resistência nos cotidianos escolares, na tentativa de desmistificar a naturalização e normatização da suposta superioridade e supremacia das heteronormas e a fragilidade do direito a educação. Os avanços sociais relacionados a sujeitos LGBTQIA+ emergem no espaço escolar, contribuindo para o avanço dessas questões na sociedade.
A pandemia de coronavírus (Covid-19) trouxe mudanças no cenário econômico, político, social e educacional do mundo. As escolas de muitos países estão fechadas, algumas adotando aulas remotas e/ou educação à distância. Com isso, grupos que já apresentavam graus de vulnerabilidade, como o caso dos alunos e alunas com deficiência, ficam ainda mais cerceados do direito à educação escolar, principalmente na realidade brasileira. Nessa direção, esse trabalho visa fomentar discussão entre a evolução histórica dos processos de inclusão de tais alunos e as consequências ocasionadas pela necessidade do isolamento em decorrência da pandemia, a fim de evidenciar a relevância e urgência da consolidação de políticas públicas educacionais de inclusão. Para isso realizamos uma análise documental a partir de um panorama histórico das políticas públicas educacionais voltadas às pessoas com deficiência no Brasil.
O presente trabalho busca refletir sobre as relações entre o aumento das políticas públicas de popularização da ciência e os posicionamentos anticientificistas. Em um primeiro momento, são apresentadas diversas políticas públicas que, principalmente desde 2003, ampliaram o alcance da ciência na sociedade brasileira. Paralelamente, evidencia-se o crescimento do movimento anticientificista no Brasil, apresentado como um problema social grave, oriundo de disputas hegemônicas, que implica, por exemplo, no ressurgimento de doenças já controladas. Em uma perspectiva discursiva, este artigo articular-se com a ideia de não reduzir tais movimentos a farsa e sim, tentar compreender suas redes de formação discursivas. Leva-se em consideração que estes movimentos também se fazem presentes no âmbito educacional; logo, a educação é discutida em diferentes conjecturas, segundo a proposta de Gohn, a saber, educação formal, educação não-formal, e educação informal. A partir destas três categorias, reflete-se sobre a produção curricular como arena de disputa de sentidos, compreendendo que a popularização da ciência está atravessada/atravessa todos estes campos educacionais.
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