Os fármacos agonistas alfa-2 adrenérgicos são empregados há décadas na rotina anestesiológica veterinária, e recentemente destacou-se no mercado a dexmedetomidina, que possui maior especificidade, seletividade e segurança em relação a fármacos como a xilazina, clonidina, romifidina e detomidina. O objetivo deste estudo foi revisar os efeitos, aplicações e vantagens do uso da dexmedetomidina com base na literatura. Este novo fármaco é de grande interesse ao anestesiologista por promover sedação, analgesia e relaxamento muscular mais potentes que outros sedativos, além de proporcionar outros efeitos benéficos, como a redução do consumo de oxigênio durante o período trans e pós-operatório e da quantidade de anestésicos gerais e analgésicos. Assim como os outros fármacos da classe dos agonistas alfa-2 adrenérgicos, a dexmedetomidina causa depressão do sistema cardiovascular de forma menos acentuada e, no sistema respiratório, ocorre discreta alteração na frequência respiratória e no volume/minuto. A dexmedetomidina pode ser utilizada associada a fármacos opioides e na anestesia dissociativa. Ainda possui a capacidade de ser revertida com fármacos antagonistas alfa-2 adrenérgicos, como o atipamezol.
O presente trabalho relata o protocolo anestésico utilizado em dois cães submetidos à cirurgia de ressecção e reconstrução da parede torácica devido a neoplasmas, no Hospital Veterinário Roque Quagliato do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos, São Paulo. Uma cadela poodle de 10 anos e um cão rottweiler de um ano e três meses foram submetidos à anestesia geral com isofluorano, bloqueio intercostal de, respectivamente, seis e sete espaços intercostais com lidocaína 2% e bupivacaína 0,5% e infusão contínua de morfina (0,1 mg/kg/h), lidocaína (50 μg/kg/minuto) e midazolam (0,1 mg/ kg/h). No período pós-operatório imediato, ambos receberam administração peridural de morfina 0,2 mg/kg e fentanila 2 μg/kg diluídos com NaCl 0,9% para 0,3 mL/kg. Um tubo de analgesia foi deixado durante as 48 horas subsequentes na ferida cirúrgica para administração de lidocaína e bupivacaína em total de uma dose tóxica por dia, fracionada para cinco aplicações. A prescrição analgésica pós-operatória constituiu-se de tramadol 4 mg/kg e dipirona 25 mg/kg a cada oito horas durante sete dias, juntamente com meloxicam 0,1 mg/kg a cada 24 horas durante três dias. Os animais recuperaram-se tranquilamente e não foram observados sinais de dor ao longo dos sete dias subsequentes. Recomenda-se o protocolo relatado para cirurgias de ressecção da parede torácica em cães.
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