ResumoExplorou-se neste estudo quais os lugares preferidos e não preferidos por 562 jovens (292 F e 270 M), com idades entre 13 e 19 anos (média = 15 anos e 7 meses e desvio padrão = 1 ano e 1 mês), freqüentando a primeira série do ensino médio, sendo 274 de escolas públicas e 288 de escolas particulares. Dentre os participantes 39,5% moram no Plano Piloto de Brasília e 60,5% em Cidades Satélites do DF. Em casas, moram 341, em apartamento, 215. Os resultados mostram que o lugar favorito mais freqüentemente mencionado foi a própria casa, indicado por 195 (35,3%) dos respondentes, seguido por Shopping (n = 108; 19,6%) e bar/boate/festa (n = 103; 18,7%). O lugar que obteve maior freqüência como não sendo preferido foi bar, boate, festa, indicado por 108 (21,3%) dos participantes, seguido por escola (n = 90; 17,7%) e lugares que provocam sentimentos ruins (n = 32; 6,3%). As diferenças encontradas são discutidas em termos de gênero, tipo de escola (pública ou privada) e tipo de moradia (casa ou apartamento).Palavras-chave: lugares preferidos; identidade de lugar; adolescência; psicologia ambiental AbstractFavorite places of adolescents in the Federal District. This study explored which are the most and least favorite places among 562 adolescents (292 F e 270 M), with ages between 13 and 19 (mean age 15 yr 7 mo, s.d. 1 yr 1 mo), attending 9 th grade, with 274 respondents in public and 288 in private schools. Some 39.5%live in the central area of Brasília, 60.5% in the surrounding cities. Some 215 live in apartments, 314 in single occupancy houses. Results indicate that the most frequently mentioned favorite place was the home (n = 195, 35.3%), followed by Shopping Malls (n = 108, 19.6%) and bar/disco/parties (n = 103, 18.7%). The least favorite places were bar/disco/parties (n = 108, 21.3%), school (n = 90, 17.7%) and places that provoke negative feelings (n = 32, 6.3%). Differences are discussed in terms of gender, type of school and type of residence.Key words: favorite places; place identity; adolescence; environmental psychology A adolescência, além de fenômeno biológico caracterizado por mudanças fisiológicas e hormonais, é fenô-meno social modelado por forças culturais e históri-cas. Este processo dinâmico e recíproco entre forças do desenvolvimento e sócio-culturais, ou seja, mudanças fisioló-gicas, interesses sexuais emergentes, novos papéis sociais, mudanças de atitude frente aos adultos e dos adultos frente aos jovens força uma redefinição e reavaliação pessoal, um processo denominado de formação da identidade.Na Psicologia do Desenvolvimento, vários trabalhos hoje clássicos, acrescentaram ao termo identidade outros construtos, como pode ser exemplificado nos estudos sobre difusão e crise de identidade (Erikson, 1968(Erikson, /1972, identidade do eu e status de identidade (Marcia, 1994), ou, mais recentemente, sobre a emergência da identidade do eu (Akers, Jones & Coyl, 1998).A Psicologia Ambiental, ao discutir a ligação que as pessoas estabelecem com lugares geográficos, fez uso do conceito de identidade, a...
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