ResumoA educação moral é um tema importante do ponto de vista da área da moralidade, visto que aprender e ensinar valores morais estão entre as ações que promovem a humanização do homem, tanto no sentido moral (respondendo à pergunta como devo viver?), quanto no sentido ético (em resposta à questão que vida quero viver?). A educação moral pode acontecer em diferentes contextos sociais. A presente pesquisa enfoca a escola. Além disso, a referida educação envolve diversos temas morais. O objetivo deste estudo foi investigar como aprenderam aqueles que ensinam, e como ensinam aqueles que aprenderam o valor moral da justiça. Para isso, entrevistamos vinte professoras do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de cinco diferentes escolas particulares do município de Vitória, Espírito Santo, buscando identificar como elas julgam ter aprendido sobre justiça durante sua vida escolar e como julgam que ensinam esse valor moral em suas práticas pedagógicas. Nossa proposta incluiu, ainda, averiguar se houve mudanças nas práticas mencionadas e, em caso afirmativo, analisar tais transformações. Os resultados demonstraram que a maioria das professoras relata que aprendeu sobre o valor moral da justiça por meio de ações impositivas. A forma pela qual elas julgam que ensinam esse valor manifesta-se em exemplos em que a imposição ainda está presente, mesmo que esteja relacionada a conversas, revelando que as professoras ensinam do modo como aprenderam. Esses dados podem contribuir para a intervenção na prática pedagógica de tais profissionais e para o aprimoramento de sua formação, possibilitando a ruptura do círculo vicioso de aprender e ensinar por meio da imposição. Palavras-chavePsicologia da moralidade -Educação moral -Justiça -Aprender sobre justiça.
Resumo: Investigamos os juízos de professoras de ensino fundamental acerca do valor moral da justiça. Realizamos entrevistas, semiestruturadas, com seis professoras de uma escola municipal de Vitória, ES. Os dados foram analisados com base na teoria piagetiana e na sistematização proposta por Delval. A maioria dos exemplos de injustiça mencionados trata da injustiça social, e os de justiça aborda a igualdade. Grande parte das entrevistadas considera um dever ensinar a justiça, bem como justi ca tal a rmação pela função da escola. Todas as docentes ponderam que o professor deve tomar uma atitude quando um aluno não respeita uma regra. Com relação à atitude que o professor deve tomar, obtivemos respostas que abordam um encaminhamento do problema ocorrido. Por meios dos dados, veri camos que a concepção de justiça das participantes possui características da moral autônoma. No entanto, questionamos se as práticas das docentes favorecem o desenvolvimento de indivíduos autônomos. Palavras Moral education in elementary school: judgements of teachers on the virtue of justiceAbstract: We investigate the judgments of moral justice made by elementary school teachers. We conducted interviews, semi structured, with six teachers from a public school in Vitoria, in the state of Espirito Santo. e data were analyzed based on the Piagetian theory and on the systematization proposed by Deval. Most of the examples of injustice mentioned are linked to social injustice, and those of justice, to equality. A great part of the interviewed consider a duty to teach about justice, and they justify their a rmation saying it is a school function. All of the teachers say that the teacher must have an attitude when a student does not respect a rule. Regarding the attitude the teacher should take, they believe the problem should be solved by the direction of the school. Analyzing the data, we found that the participants' sense of justice has the characteristics of autonomous moral. However, we question if the teachers' performances favor the development of autonomous individuals.
RESUMO -Este estudo investigou, em contexto psicogenético, que lugar a generosidade ocupa no universo moral de crianças e adolescentes em contraposição à satisfação de um interesse próprio. Foram entrevistados, individualmente, 30 alunos de uma escola pública de Vitória-ES, os quais foram divididos em três grupos de acordo com a faixa etária (7, 10 e 13 anos). Foi utilizada uma história-dilema que trazia um conflito entre a possibilidade de manifestar a generosidade e a oportunidade de satisfazer um interesse próprio. Em todas as faixas etárias pesquisadas, a maioria dos participantes optou pela generosidade em detrimento da satisfação do próprio interesse. A porcentagem dessa resposta na faixa etária de 10 anos, contudo, foi inferior às porcentagens nas demais idades estudadas. Pode-se afirmar, portanto, que a generosidade faz parte do universo moral infantil e adolescente. Este trabalho contribui para a expansão do campo de pesquisas sobre a moralidade e oferece importantes subsídios para propostas de educação moral que contemplem virtudes como a generosidade.Palavras-chave: juízo moral; generosidade; interesse próprio. Generosity versus Self Interest: Moral Judgment of Children and AdolescentsABSTRACT -This study investigated, on a psychogenetic context, the place occupied by generosity in children's and adolescents' moral universe as opposed to the satisfaction of self-interest. Thirty students from a public school at Vitória-ES, divided in three groups, according to their age (7, 10 and 13 years old), were individually interviewed. It was used a story-dilemma which aroused a conflict between the possibility of manifesting generosity and the opportunity of satisfying self-interest. It was verified that, in all age groups, the majority of the participants chose generosity instead of satisfaction of their own self-interest. The percentage of this answer in the 10-year-old age group, however, was inferior to the percentage in the other age groups. It can be affirmed that generosity is a part of the moral universe of children and adolescents. This study contributes to the expansion of research on morality and offers important subsidies to moral education proposals that enhance virtues such as generosity.Keywords: moral judgment; generosity; self-interest.
Comparamos os juízos morais de pessoas surdas sobre a reação a uma humilhação vivenciada no passado e sobre a reação hipotética a uma humilhação similar no presente. Participaram 11 surdos, entre 15-25 e 35-45 anos. Utilizamos o método clínico piagetiano em língua de sinais, com uma entrevista semiestruturada. Quanto ao passado, as principais respostas indicaram "nenhuma reação" e "fugir ou sair do local". Em relação ao presente, a resposta "nenhuma reação" manteve-se, porém "tentar conversar" foi destaque, acompanhada por novo tipo de reação: "desprezar". As justificativas sobre as reações no passado são "ausência ou rompimento de vínculo" em relação ao agressor e "defesa da integridade física". Quanto ao presente, as principais justificativas tratam de "ausência ou rompimento de vínculo" e "solução de um conflito". A humilhação é tema reconhecido pelos participantes e a diferença temporal influenciou os seus juízos sobre a reação.
Em uma perspectiva moral e ética, investigamos as mudanças nos relacionamen-tos amorosos nas últimas décadas e os motivos dessas transformações. Participa-ram do estudo 15 mulheres entrevistadas por Alencar (1993) e 15 mulheres en-trevistadas atualmente, em 2013, casadas, sem filhos, entre 20 e 30 anos. Utiliza-mos um instrumento semiestruturado e priorizamos a análise qualitativa dos da-dos (Delval, 2002). As mulheres entrevistadas atualmente enfatizaram a liber-dade feminina, a participação masculina no cuidado familiar e a fragilidade dos vínculos, nos dias atuais. As entrevistadas no passado sublinharam a inserção do diálogo nas relações amorosas e o fim do tabu sobre o divórcio. Como justificati-vas, as entrevistadas atualmente destacaram o protagonismo feminino na socie-dade e a desconexão de pessoas/grupos. As participantes do passado ressalta-ram a conexão de pessoas/grupos. Este estudo colabora para as pesquisas e pro-porciona subsídios teóricos para profissionais que trabalham com o tema em questão.
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