ResumoO presente artigo tem o objetivo de discutir sobre como as práticas translíngues (GARCÍA, 2014), transculturais (ORTÍZ, 2002) e descoloniais (MIGNOLO, 2000) são manifestadas na sala de aula de Língua Portuguesa Adicional (PLA) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), sediada na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, na região da Tríplice Fronteira com a Argentina e o Paraguai. Tais manifestações translinguajeiras, transculturais e descoloniais em sala de aula de PLA em contexto de fronteira são advindas dos textos escritos produzidos pelos estudantes para seus trabalhos finais da disciplina de PLA. Espera-se, assim, que as atividades aplicadas no contexto de sala de aula de PLA possam recombinar, ressignificar e visibilizar as vozes performadas pelos trans-sujeitos aprendizes, abrindo possibilidades para que transitem por uma multiplicidade de lugares e colaborando ativamente nas diversas redes configuradas pelos territórios transfronteiriços.
Neste trabalho, objetivamos construir uma compreensão sobre o estágio na Licenciatura em Letras que se proponha a assumir um dos desafios colocados à formação docente: preparar o futuro profissional para criar possibilidades de aprendizagem em contextos diversos cultural e socialmente. Tal diversidade é refletida a partir da crítica à colonialidade como modo de subjetivação. Argumentamos que o lugar do estágio, na sua interseção entre a prática acadêmica e profissional, configura-se como um cenário potente para uma educação cujos projetos de ensino orientem-se por um trabalho que se ocupe em refletir e diminuir desigualdades sociais ao fazer uma pedagogia decolonial que aposte na mudança de atitudes. Para isso, apresentamos reflexões de práticas desenvolvidas por nós na orientação do estágio de Língua Portuguesa em duas universidades federais mineiras, concluindo com a proposição de três princípios para uma formação docente decolonial.Palavras-chave: Formação docente; Decolonialidade; Letramento.
O presente artigo tem o objetivo de refletir sobre como as translinguagens (GARCÍA & WEI, 2014), as transculturalidades (ORTÍZ, 2002) e os estudos descoloniais (MIGNOLO, 2003) estão manifestados na sala de aula de Língua Portuguesa Adicional (PLA) em contexto transfronteiriço e como tais manifestações podem (in)visibilizar as identidades performativas (PINTO, 2007) dos alunos e do professor na sala de aula de PLA da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), sediada na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, na região da Tríplice Fronteira com a Argentina e o Paraguai. Tais manifestações serão concretizadas por meio de textos orais produzidos para um trabalho final na disciplina de Português Língua Adicional (PLA) que versa sobre a Guerra do Paraguai. Espera-se, assim, que as atividades aplicadas no contexto de sala de aula de PLA na UNILA possam, por meio das práticas translinguajeiras, transculturais e descoloniais, recombinar, ressignificar e visibilizar as identidades performadas dos sujeitos aprendizes e do professor, abrindo possibilidades para que transitem por uma multiplicidade de lugares e colaborando ativamente nas diversas redes configuradas pelos territórios transnacionais.
Neste artigo, abordaremos o papel dos portfólios educacionais na construção de narrativas decolonizadoras na formação inicial de professores. Os portfólios educacionais são instrumentos de reflexão e críticos às práticas educacionais pré-determinadas por currículos engessados. Faremos análises de reflexões de portfólios de estudantes de graduação em Letras. O papel dessas narrativas é visto aqui como brecha ao discurso fechado imposto pelos documentos institucionais que engessam o sistema e a formação docente, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. Esses documentos oficiais podem materializar o que chamamos de colonialidade do poder, sobretudo, em suas vertentes epistemológicas - a colonialidade do saber - e linguajeiras,- as colonialidades das linguagens. Assim, este artigo busca refletir sobre os efeitos de portfólios educacionais como métricas qualitativas que disrompem a lógica neoliberal das políticas linguísticas.
Resumo O livro didático de língua estrangeira representa um papel decisivo na construção do imaginário cultural do aprendiz. Muitas vezes o primeiro contato com a língua-cultura alvo dá-se por meio do livro didático. Daí a importância que esse veículo tem na constituição da cultura do aprendiz. O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre tarefas culturais propostas no livro didático Terra Brasil: curso de Língua e Cultura, verificando se as mesmas são contempladas pelo quadro de abordagens de ensino de cultura propostas por Gimenez (2002). A essas interpretações sobre o ensino de cultura, somam-se quatro categorias de cultura desenvolvidas por Moran (1990) e adaptadas por Fontes (2002). Portanto, este trabalho pretende estimular a criação de um lugar intercultural, onde o aprendiz e o professor de PLE se sensibilizam por meio de um olhar crítico e cultural, para as suas próprias visões de mundo, ao descobrirem-se capazes de aceitar e respeitar o outro no espaço da interculturalidade. Palavras-Chave: Cultura; Abordagens de Ensino de Cultura em PLE; Livro didático AbstractThe foreign language course book has a crucial role in the construction of a learner's cultural imagination. The first contact with the target language often comes from the textbook itself, and this is the reason for its importance in the learner's construction of culture. The objective of this paper is to reflect on cultural tasks in the Terra Brasil: curso de língua e cultura course book. The study aims to verify whether the tasks fit Gimenez's (2002) table of approaches to teaching culture. The study also uses the four categories of culture proposed by Moran (1990), and adapted by Fontes (2002). Thus, this paper intends to encourage the creation of an intercultural place, where the learner and teacher of Portuguese as a foreign language will become interculturally sensitive by means of a critical and cultural perspective in relation to their own world views, when they realize that they are able to accept and respect the intercultural space of others.
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