Objetivo: Identificar quais são as dificuldades, originárias da discriminação e preconceito raciais, as empreendedoras negras enfrentam na gestão de seus negócios. Método: Trata-se de um estudo teórico, alicerçado nas literaturas brasileira e internacional, cuja proposta foi a de categorizar os principais problemas de gestão das empreendedoras negras do Brasil, oriundas da discriminação racial. Originalidade/Relevância: As contribuições, originalidade e relevância do artigo provêm do contexto estudado, mulheres empreendedoras negras e as dificuldades para fazer a gestão de seus negócios. Boa parte dos estudos identificados na literatura abordam conflitos de diferentes naturezas e são pouco aqueles que integram questões discriminatórias e preconceitos raciais de mulheres empreendedoras. Esta temática é emergente e atual havendo a necessidade de aprofundamento teórico para alicerçar os estudos empíricos. Resultados: O artigo possibilitou um importante levantamento teórico sobre os constructos abordados. Por meio de 87 artigos estudados, foi possível identificar os desafios enfrentados pelas empreendedoras negras, configurando-se em sete categorias: a) família x trabalho; b) vida em comunidades; c) recurso financeiro; d) medo do fracasso; e) falta de modelos empreendedor/falta de experiencia; f) desvantagem educacional e g) discriminação socioeconômica. Os resultados reúnem os principais desafios e suas as dificuldades identificadas. Contribuições teóricas/metodológicas: O artigo oferece novas contribuições ao refletir: i) a relevância da atuação da mulher negra e sua atuação no cenário social e o preconceito que ainda sofre; ii) os desafios e as consequências advindas da dificuldade para desenvolver o empreendimento por assumirem um duplo papel na sociedade, mulheres negras e empreendedoras; iii) dificuldades emocionais identificadas ao desempenharem ações empreendedoras; iv) a escassez de estudos que reúnem os construtos estudados e a ausência de evidências empíricas sobre mulheres negras empreendedoras.

Este artigo tem por objetivo identificar, por meio de um estudo teórico, como as empreendedoras negras superam as adversidades diante das vulnerabilidades que lhes são causadas por questão de gênero e etnia. Descreve as desigualdades que as atingem, especialmente relativas à violência de estereótipo em diversos setores e como a literatura aborda a importância de corroborar para dar voz e lançar luz na superação das adversidades. Este estudo ganha relevância ao diminuir uma lacuna que persiste nos estudos de empreendedorismo por minorias no Brasil: de investigar mulheres negras de forma isolada, como um objeto específico de estudos dentro do campo. Os achados sugerem que se trata de um tema emergente de grande importância não apenas para a área de empreendedorismo, mas para áreas correlatas e específicas como a psicologia e sociologia. Abre perspectivas interessantes para novas pesquisas voltadas para rever possíveis soluções que envolvam empreendedoras negras no Brasil como forma de superarem as adversidades. O texto contribui para oferecer o caráter interdisciplinar dos estudos teóricos em empreendedorismo a partir da análise do fenômeno, a fim de entender a capacidade de superação das empreendedoras negras frente aos estereótipos de gênero e etnia, ainda pouco estudado no campo do empreendedorismo no Brasil. Os resultados poderão contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas, educacionais, sociais, culturais e, desenvolver ações de cidadania antidiscriminatória que poderão favorecer minorias que queiram empreender.

Os avanços em pesquisas, discussões e políticas em educação contribuíram para a ascensão da Educação Especial Inclusiva enquanto retrato de equilíbrio no cenário educacional. A ideia de Educação Especial ultrapassada, delineada em escolas direcionadas, exclusivamente, aos estudantes com deficiência, foi substituída pelos novos diálogos que insurgem a necessidade de capacitar educadores e profissionais da Educação Básica para oportunizar o processo de ensino e aprendizagem inclusivo em todas as unidades educacionais. Diante disto, entram os fundamentos da inclusão que visa inserir o estudante com deficiência, seja física ou intelectual em unidades regulares de ensino, mobilizando professores, gestores e toda a equipe pedagógica para um olhar sensível, adaptando propostas pedagógicas que antes eram abrangentes, para perspectivas adaptadas e individualizadas. No entanto, incluir não é somente inserir este estudante na sala de aula, mas oferecer todo apoio necessário, utilizando a Sala de Recursos Multifuncionais, o Atendimento Educacional Especializado e as Tecnologias Assistivas. Estes recursos outrora só eram utilizados por profissionais da Educação Especial, no entanto com a necessidade de ampliar estes conceitos e técnicas pedagógicas para demais licenciados, estes fundamentos estão cada vez mais em voga. Assim sendo, o objetivo deste estudo é investigar se as Tecnologias Assistivas podem potencializar os processos de Ensino e Aprendizagem. O método utilizado para coleta e análise de dados faz parte de uma pesquisa de campo, que contou com os dados de 17 professores de um grupo de pesquisa em educação nacional. Os dados apontam que os docentes reconhecem as Tecnologias Assistivas enquanto recursos mediadores dos processos de ensino e aprendizagem para os estudantes público-alvo da Educação Especial Inclusiva, entretanto, a maioria não possui conhecimentos específicos sobre a utilização destes recursos, apresentando conhecimentos parciais na utilização do método, embora reconheçam suas potencialidades na educação em geral.