O presente artigo pretende abordar a experiência em acompanhar um professor de história da cidade de São Gonçalo, idealizador de diversos cursos no campo da História da Arte no município, cujo projeto “Historiando as artes” será o foco de nossa investigação. Temos por objetivo, pois, analisar as práticas envolvidas no Ensino de História e na atuação docente que possibilitam a produção de presença, conceito teórico relacionado à materialidade dos corpos, dos objetos e do mundo. Mediante esse entendimento, traçaremos uma narrativa das aulas, que foram ministradas a uma turma bastante heterogênea, partindo do entrecruzamento entre História Pública e Ensino de História para pensar as possibilidades e potencialidades da relação entre essas duas áreas.The present article aims to approach the experience of accompanying a history teacher located in the city of São Gonçalo, idealizer of many courses in the area of Art History in the town, whose project “Historizing arts” will be the focus of our investigation. Our objective is, thus, to analyze the practices involved in the history teaching and in teacher performance, which allow the presence production, theoretical concept related to the materiality of bodies, objects and the world. Through this understanding, we will draw a narrative of the classes, taught to a very heterogeneous group, considering the intersection between Public History and History Teaching to think about the possibilities and potentialities of the relationship between these two fields.
O presente artigo propõe um mergulho na articulação entre História Oral, oralidade e voz com o intuito de entender e vislumbrar aspectos diversos e minuciosos da profissão docente. Abordando as memórias e experiências de uma professora de História, através de uma entrevista de História Oral, buscamos entender como sua oralidade pode produzir presença, conceito teórico que compreende a materialidade dos corpos, sujeitos, objetos e do mundo. Partindo da premissa de que através da escuta e olhar sensíveis nos é possível perceber os anseios, dúvidas, certezas, medos, alegrias, saberes e conhecimentos que circundam e constroem um profissional, seriam sua oralidade e a presença que irradia de sua voz, nossas aliadas na compreensão das sutilezas e complexidades que envolvem e integram a docência.
Este artigo é resultado de uma pesquisa já concluída, que teve como objetivo entender como responsáveis por estudantes compreendem o conservadorismo e a laicidade na educação, por meio de suas percepções sobre questões de gênero. Utilizando uma “ferramenta de imaginário social”, na qual duas personagens emitiam opiniões antagônicas a respeito de um menino vestindo saia, pedimos que as responsáveis comentassem suas considerações. A partir das 22 respostas obtidas, concluímos que mais do que posições polarizadas sobre o assunto, nossas participantes nos ofereceram um espectro de posicionamentos que escapavam da esperada dualidade conservadorismo/progressismo. Mostrando que as pessoas são capazes de combinar, em suas elaborações e argumentações sobre gênero, noções muitas vezes dissonantes acerca do respeito às diferenças e à pluralidade inerentes à nossa sociedade, bem como a respeito do papel da religião na questão.
O presente artigo tem como objetivo alinhavar o pensamento de Paulo Freire à atual inquietação sobre a viabilidade da composição de uma Educação Democrática e possível. Partimos de uma análise crítica do posicionamento conservador, com base no “Programa Escola sem Partido”, para desenhar um entendimento de suas propostas para a educação. Em seguida, assinalamos elementos para a composição de uma amálgama entre Democracia e Educação, no intuito de cunhar uma visão, junto à Freire, de uma Educação Democrática que responda de maneira coerente aos anseios do exercício educacional, diante de visões embrutecidas do papel da escola e dos professores. Norteando nossa discussão, perguntamos, a democracia se apresenta como orientação possível e realizável dentro e fora do ambiente escolar, diante de proposições conservadoras de educação? Com base em nossa investigação, inferimos que a possibilidade de uma Educação Democrática caminha junto ao questionamento da realidade e a desnaturalização das relações sociais, buscando a cidadania plena, crítica e dialógica.
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