Resumo: Introdução: Ao ingressarem no curso de Medicina, os estudantes se deparam com desafios inerentes à formação que podem ser geradores de estresse e ansiedade, comprometendo seu bem-estar e desempenho acadêmico. Diante disso, o curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) implantou em 2015 um programa de mentoria que se propõe a contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal do estudante, adotando-se como um diferencial a realização de atividades integrativas. Método: Participam desse programa 25 professores do curso de Medicina da UFRN, que atuam como mentores, 25 monitores ou mentores juniores, que têm o papel de intermediar a comunicação entre os participantes, como também auxiliar no planejamento e desenvolvimento das atividades, e 317 alunos de diversos períodos do curso médico. Além dos encontros mensais regulares, no final de cada semestre, os mentores e mentores juniores organizam a atividade integrativa que agrega todos os discentes e docentes do programa e possibilitam a construção de uma relação mais próxima entre mentores e mentorandos, bem como contribuem para a estruturação de um ambiente universitário mais acolhedor e equânime. Resultado: Em avaliação on-line sobre o programa, os alunos destacaram a “troca de experiências, de sugestões e a ajuda no curso sobre diversos temas” e “adquirir experiência de um profissional experiente” como principais motivações para participar da atividade. Contudo, enfatizaram a falta de tempo para conciliar os encontros com as demais atividades acadêmicas como principal obstáculo para participar do programa. Com a pandemia da Covid-19, mantiveram-se as atividades do programa no modelo on-line, e obteve-se importante engajamento dos participantes, o que representou uma estratégia de enfrentamento do isolamento social e de promoção da saúde mental para os estudantes. Conclusão: Observamos, a partir do engajamento e dos feedbacks recebidos, que o programa, apesar de apresentar alguns desafios, vem se configurando como uma iniciativa capaz de transformar as relações interpessoais entre discentes e mentores, ao promover a integração entre alunos dos diferentes períodos do curso e criar um ambiente favorável ao diálogo e à construção do conhecimento.
Construção de um dicionário virtual para incremento do aprendizado de Biologia no ensino propedêuticoCreation of a virtual dictionary for increase of the learning of Biology in the introductory teaching
Resumo: Introdução: A aprovação no curso de Medicina traz consigo a euforia e, por vezes, associa-se a grandes mudanças no dia a dia dos alunos. Essas mudanças estão relacionadas a momentos de medo, sofrimento e adaptação. Os programas de mentoria surgem como espaços importantes de cuidado que oferecem acolhimento e suporte às vivências dos alunos, de modo a contribuir para o desenvolvimento pessoal e acadêmico deles. Relato de experiência: Diante da necessidade de adaptar o ensino presencial ao modelo remoto, em detrimento da pandemia de Covid-19, o programa de mentoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte investiu na realização de atividades on-line, protagonizadas por monitores denominados mentores juniores. Essas atividades se valeram do potencial das mídias sociais, por meio das plataformas de videoconferência, além de interações nas redes sociais, para realizar os encontros e promover a manutenção do vínculo, bem como proporcionar um espaço de acolhimento e integração entre estudantes e mentores. Discussão: A partir da realização de atividades remotas, alunos e mentores mostraram-se muito participativos e satisfeitos. A atuação dos mentores juniores na elaboração dessas atividades virtuais foi um importante diferencial, possibilitando o engajamento dos mais tímidos e daqueles que tinham dificuldade em cumprir os horários presenciais. Conclusão: Mediante a observação no desenvolvimento das atividades do programa e com base na avaliação dos alunos e mentores sobre o desempenho da mentoria no semestre remoto, considera-se que é de grande valia investir no potencial das mídias sociais para impulsionar as reuniões dos grupos de mentoria, garantir a manutenção do acolhimento e suporte aos alunos, bem como para estreitar os vínculos entre os participantes. Sob esse prisma, é necessário considerar a possibilidade de adotar um modelo misto no aperfeiçoamento do programa de mentoria.
O ano de 2020 contou com o marco da pandemia pelo novo Coronavírus, contexto no qual o isolamento social precisou ser adotado em favor da contenção da doença. Por conseguinte, a educação em saúde da população torna-se um grande desafio, sobretudo quando a tecnologia é a maior aliada nas fontes de informação. Neste ínterim, o presente trabalho traz um relato da experiência de discentes do Curso de Medicina de uma Universidade Federal (UF) no que tange a esse processo educativo para pacientes com Febre Reumática (FR) e seus familiares, inseridos no Programa de Assistência Multiprofissional aos pacientes com FR através de um grupo de WhatsApp relacionado ao mesmo. Dessa forma, o estudo vem mostrar que, apesar de haver diversos entraves, faz-se necessária a busca por meios eficazes de educação em tempos de crise.
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