Objective: The goal of this study was to analyze whether the relationship between the rs9939609 polymorphism of the fat mass and obesity-associated gene (FTO) with nutritional status is moderated by the ponderal index (PI) at birth in children and adolescents.Methods: A cross-sectional study evaluated 382 schoolchildren aged 6-17 years. Anthropometric variables such as waist circumference (WC), body mass index (BMI) and body fat percentage (BF%) were used to assess nutritional status. Weight and height at birth were used for the PI calculation, which was divided into tertiles (lower, middle and upper). To compare the continuous variables between genotypes of the rs9939609 polymorphism, a recessive model (TT/AT vs. AA) and covariance analysis (ANCOVA) were used. Results: The AA genotype of the rs9939609 polymorphism was associated with higher WC in schoolchildren born with lower PI (β = 4.40; p = .048). However, for BF%, the genotype association was found in the upper PI tertile (β = 7.35; p = .040).
Conclusion:The relationship between WC and BF% with rs9939609 polymorphism (FTO) seems to be moderated by PI at birth. This is an important insight, since the data for intrauterine growth, genetic factors and the presence of obesity in children and adolescents are still contradictory.
O leite materno é considerado pela comunidade científica um alimento completo, pois atende integralmente às necessidades nutricionais, metabólicas e imunológicas do lactente até os seis meses de vida. No entanto, os efeitos positivos sobre a saúde do lactente não se restringem ao período neonatal, à medida que os conhecimentos epigenéticos vinculam intrinsecamente os futuros padrões antropométricos e bioquímicos com o tempo de aleitamento materno exclusivo. Somado a isso, a obesidade é uma doença crônica multifatorial e poligênica que assola a saúde mundialmente. Essa conjuntura é preocupante pelo seu caráter epidêmico e por vincular-se intrinsecamente a graves disfunções metabólicas como dislipidemia, diabetes e hipertensão arterial sistêmica. Sabe-se que a carga genética é contribuinte para a suscetibilidade de desenvolvimento da obesidade, então, os Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNP) no gene FTO (Fat mass obesity-associated) revelam-se concatenados a alterações nos parâmetros antropométricos e bioquímicos. Contudo, o estudo, de caráter transversal, intentou avaliar se a amamentação e seus benefícios influenciariam o efeito do genótipo de risco do gene FTO e suas repercussões nos parâmetros antropométricos e bioquímicos de escolares. Assim, observou-se que a amamentação exclusiva por tempo ≤3 meses influencia significativamente o efeito da genotipagem da variante rs9939609 no gene e se diferencia entre os sexos na manifestação dos parâmetros antropométricos.
Índices globais de obesidade aumentaram exponencialmente nas últimas décadas. Sendo assim, a obesidade se tornou um motivo de preocupação na saúde pública. Além de fatores ambientais, a genética tem contribuído para essa condição. SNPs como rs182052 presente no gene ADIPOQ, rs6548238 no TMEM18 e rs16835198 no FNDC5 e as proteínas séricas adiponectina e irisina têm sido associados com aumento de parâmetros de adiposidade. A partir disso, o objetivo do estudo foi relacionar a presença desses polimorfismos e níveis séricos plasmáticos dessas proteínas com parâmetros antropométricos e bioquímicos. Estudo de caráter transversal, contou com participação de 500 escolares, com idades entre sete e 17 anos. A genotipagem dos SNPs foi realizada pelo qPCR. O tratamento dos dados deu-se por estatística descritiva, UNIANOVA ajustado por sexo e idade e Kruskal-Wallis. Escolares com excesso de peso portadores do genótipo CC para o polimorfismo rs6548238 no TMEM18 estiveram relacionados a maiores médias para colesterol total (p=0,021). Portadores dos genótipos AG+AA para o polimorfismo rs182052 no ADIPOQ foram associados com maiores médias para circunferência da cintura (p=0,042) e triglicerídeos (p=0,021). Indivíduos eutróficos com os genótipos GT e GG para o SNP rs16835198 no FNDC5 foram associados com maiores valores de IMC (p=0,033) e circunferência da Cintura (p=0,044). Níveis séricos de adiponectina e irisina não demonstraram associação com nenhuma variável estudada.
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