Nas últimas décadas, é possível verificar uma intensa migração da população mundial de áreas rurais para urbanas, gerando congregações de pessoas e diversas dificuldades relacionadas à gestão das cidades. Assim, os grandes centros urbanos apresentam inúmeros problemas relativos à gestão de resíduos e energia, escassez de recursos, poluição do ar, problemas de saúde humana e congestionamentos. Para mitigar estes problemas, uma alternativa é o desenvolvimento e utilização de tecnologias com foco na sustentabilidade. Assim, o presente artigo tem por objetivo identificar e analisar estratégias que contribuam para que as cidades tornem-se inteligentes através da utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), visando uma melhoria na sustentabilidade. Os resultados demonstram que a implantação de tecnologias nas cidades pode contribuir com questões relacionadas ao monitoramento e gerenciamento de serviços e infraestruturas, facilitando a gestão das cidades e garantindo o aumento da qualidade de vida da população.
Este trabalho analisa a qualidade de vida urbana na cidade de Videira, SC, através de um estudo realizado nos espaços públicos, destinados ao lazer. Primeiramente são classificados os sítios de lazer conforme as tipologias encontradas no município (parque, praça e largo) e investiga, baseado na evolução da cidade, a qualidade destes espaços, juntamente com sua infraestrutura, mobiliário urbano, estado de conservação e manutenção e a distribuição espacial relacionado a densidade populacional. Buscamos ainda, investigar em que medida os espaços de lazer desempenham função de qualidade ambiental e urbana, enquanto elementos do desenho urbano necessários as cidades contemporâneas. A qualidade de vida urbana pode ser percebida em níveis qualitativos e quantitativos, porém isto não é suficiente para quantificá-los pois precisamos compreender de que maneira estes espaços são distribuídos de maneira igualitária na malha urbana e atendem de maneira justa e democrática toda a população. Percebemos através das análises realizadas que os espaços são distribuídos de maneira desigual e necessitam de uma atenção mais holística no processo de planejamento urbano possibilitando cidades onde a distribuição territorial do espaço público de lazer é democrática, com as mesmas oportunidades de acesso à toda população.
RESUMO A qualidade da paisagem urbana é aferida por um arranjo de elementos de infra-estrutura, mas também pela percepção das pessoas frente as funções, dimensões e elementos que configuram o espaço. Neste estudo, a análise da percepção é aferida pela identificação dos elementos que são entendidos pelos usuários como significativos para a qualidade da paisagem do Parque da Gare (Passo Fundo-RS) e quais experiências são sentidas ao longo de percursos pré-definidos pelas autoras. Este percursos foram estruturados segundo as ferramentas sugeridas por Gehl e Svarre (2013), Lynch (2012) e Cullen (2006). Ao final dos percursos, entrevistas não estruturadas foram feitas a 45 voluntários. Os resultados apontaram preferências por áreas com predomínio natural (água e massa verde), sensação de segurança e elementos de identifição histórico-cultural, como os preferidos para uso.
Espaços verdes urbanos comumente utilizados podem não possuir qualidade paisagística suficiente para promover saúde, bem-estar e convívio social. Na contramão disso, espaços qualificados que não se conectam com os modos locais de se apropriar da paisagem tornam-se subutilizados. Por isso, é imprescindível que os conceitos de qualidade e usabilidade da paisagem estejam interligados, embora isso depreenda desafios no projeto e gerenciamento da paisagem. Nessa perspectiva, este estudo objetivou identificar como a usabilidade e as dimensões da paisagem influenciam na percepção da qualidade paisagística da Praça Batista Campos, Norte do Brasil. Para isso, empregou-se um questionário sobre a percepção de 131 respondentes de 12 estados brasileiros para avaliar a praça a partir da técnica de auditoria virtual. As respostas, modeladas em regressões tobit, indicaram que a qualidade da paisagem está intimamente relacionada com a diversidade florística, cuidado diário com o espaço e estética. Respondentes com maior faixa etária tenderam a apresentar as melhores avaliações, enquanto a prática de atividades físicas configurou-se fundamental para obtenção da qualidade paisagística. Conclusões ponderaram que a percepção de indivíduos sobre a qualidade da paisagem está mais associada às condições de uso ativo dos espaços verdes, tendência crescente em uma sociedade pós-pandêmica.
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