ResumoObjetivou-se investigar as crenças dos profissionais de saúde e de direito sobre o aborto induzido, por meio da pesquisa qualitativa. Para tanto, foram entrevistados 15 profissionais de saúde (médicos ginecologistas/obstetras, enfermeiros e psicólogos) e 10 profissionais de direito (promotores de justiça e juízes de direito). As entrevistas foram operacionalizadas com base em categorias determinadas a partir dos sentidos suscitados, processados em uma série de etapas. Dessa forma, os discursos dos participantes foram agrupados em duas categorias: atitude e aspectos jurídicos. A categoria atitude foi composta por crenças contrárias e favoráveis a essa prática, que se centraram na heteronomia e sacralidade da vida. As crenças favoráveis, por sua vez, estiveram ancoradas na perspectiva dos direitos reprodutivos e sexuais, na redução de riscos e danos e na autonomia da mulher sobre seu próprio corpo. Em relação aos aspectos jurídicos, verificou-se que os profissionais de direito apresentaram um posicionamento mais rígido quanto à punição das mulheres que abortam. Embora se tenha uma legislação sobre o assunto e normas técnicas de atenção humanizada ao aborto, as discussões não se encerram no ponto de vista jurídico ou deontológico; ao contrário, abrangem um leque variado de crenças, as quais podem guiar a atuação dos profissionais, tanto no cuidado à saúde da mulher como na interpretação dos seus direitos.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior -CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO No cumprimento de suas atribuições de coordenação do Sistema Único de Saúde e de estabelecimento de políticas para garantir a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde apresenta a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS (Sistema Único de Saúde), cuja implementação envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Ao atuar nos campos da prevenção de agravos e da promoção, manutenção e recuperação da saúde baseada em modelo de humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, a PNIPIC contribui para o fortalecimento dos princípios fundamentais do SUS. Nesse sentido, o desenvolvimento desta Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares deve ser entendido como mais um passo no processo de implantação do SUS. A inserção das práticas intregrativas e complementares, especialmente na Atenção Primária (APS), corrobora com um dos seus principais atributos, a Competência Cultural. Esse atributo consiste no reconhecimento das diferentes necessidades dos grupos populacionais, suas características étnicas, raciais e culturais, entendendo suas representações dos processos saúde-enfermidade. Considerando a singularidade do indivíduo quanto aos processos de adoecimento e de saúde -, a PNPIC corrobora para a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer também a interação das ações e serviços existentes no SUS. Estudos têm demonstrado que tais abordagens ampliam a corresponsabilidade dos indivíduos pela saúde, contribuindo para o aumento do exercício da cidadania. Nesse volume serão apresentadas pesquisas quantitativas, qualitativas e revisões bibliográficas sobre essa temática.
RESUMO:Este estudo teve como objetivo analisar a vulnerabilidade de jovens ao consumo de álcool e tabaco e suas implicações para outras vulnerabilidades. A amostra foi constituída de 8429 jovens, entre 14 e 20 anos de idade (M=16; DP=1,48), estudantes do ensino médio de escolas públicas do Estado da Paraíba, sendo 62% do sexo feminino. Foi utilizado um questionário estruturado com 23 questões, cujos dados foram analisados através de estatística descritiva uni e bivariada. O uso de álcool e o tabaco estiveram associados a comportamentos relacionados ao uso de preservativo, ao suicídio, bem como influenciou na avaliação acerca da vida e da saúde. Percebe-se que os jovens mostraram-se vulneráveis ao uso de álcool e tabaco, sendo a percepção positiva acerca dessas substâncias um aspecto motivador para o consumo, tornando-os mais suscetíveis a outras vulnerabilidades. Palavras-chave: vulnerabilidade, jovens, álcool, tabaco, escolas públicas. ___________________________________________________________________________ ALCOHOL AND TOBACCO AND THE ASSOCIATION WITH OTHER VULNERABILITIES IN YOUNG PEOPLEABSTRACT: This study aimed at analyzing the vulnerability of young at the consumption of alcohol and tobacco, as well as the implications of that consumption in others vulnerabilities. The sample was constituted by 8429 students from public high school in Paraiba, of whom 5212 (61,8%) were females, with ages between 14 e 20 years old (M=16; DP=1,48). It was used a structured self-administered questionnaire containing 23 questions. The results were analyzed using descriptive, univariate and bivariate statistics. The use of alcohol and tobacco was associated with behaviors related to the use of condom, suicide, as well as the influence in the evaluation about life and health. It was noticed that the young have shown themselves vulnerable to alcohol, and tobacco, with positive perceptions about these substances, a motivating aspect for consumption, making them more susceptible to other vulnerabilities.
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