Introduction: The psychiatric reform has demanded to Occupational Therapy a boarder type of care focused on autonomy production of individuals facing social exclusion. Despite the wide academic production in this subject, there is lack of studies addressing professional practice on new mental health services. Objective: This work aims to identify occupational therapy mental health practices through a scope review of the XI to XIV annals of Brazilian Occupational Therapy Congresses. Method: A total of 165 abstracts were analyzed. Results: The results show predominance of reports of experience and abstracts from the Southeastern region, with more adult-oriented practices in Psychosocial Care Centers (CAPS), in group and individual strategies, with no focus on medical diagnoses, and with little explanation of theoretical references. Qualitatively, the results highlight psychosocial rehabilitation as reference, and particularities of the therapeutic process and practical experiences in professional training. Conclusion: We believe that the dialogue between issues and impasses about these practices encourages reflections on assistance and research in occupational therapy in Brazil in mental health field. Terapia Ocupacional em saúde mental nos congressos brasileiros: uma revisão de escopoResumo: Introdução: A reforma psiquiátrica vem demandando da terapia ocupacional um cuidado ampliado orientado à produção de autonomia de indivíduos que enfrentam a exclusão social. Apesar de ampla produção acadêmica nessa temática, há fragilidade nos registros acerca da prática do profissional nos novos serviços de saúde mental.Objetivo: O objetivo deste trabalho é identificar as práticas de terapia ocupacional em saúde mental por meio da revisão de escopo dos anais do XI ao XIV Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional. Método: Foram analisados 165 resumos com propostas práticas do cuidado em saúde mental. Resultados: Os resultados revelam predominância de relatos de experiência e procedência predominante da região Sudeste, com práticas mais voltadas a adultos, em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em estratégias grupais e individuais, sem foco em diagnósticos médicos, e com pouca explicitação de seus referenciais teóricos. Qualitativamente, os resultados destacam a reabilitação psicossocial como norte, particularidades do processo terapêutico e das experiências práticas na formação profissional.Conclusão: Acredita-se que o diálogo entre questões e impasses acerca dessas práticas fomenta reflexões sobre o cuidado e a investigação que temos produzido em terapia ocupacional no Brasil no campo da saúde mental.
Resumo A partir do papel central da saúde mental para a saúde global e a complexidade da universalização de políticas de cuidado, este artigo discute aspectos da saúde mental global por meio de uma pesquisa situada entre dois países, Brasil e Itália, potenciais referências para o intercâmbio entre Norte e Sul global. Trata-se de pesquisa-ação colaborativa, sob perspectiva etnográfica, realizada por meio de uma comunidade virtual de prática composta por brasileiros e italianos interessados no cuidado comunitário em saúde mental. Os resultados são apresentados em cenas que fornecem pistas para o debate internacional em pelo menos três aspectos: a lógica do cuidado médico-centrado, a institucionalização do cuidado e a medicalização do sofrimento, e a contribuição das práticas comunitárias e dos saberes locais e não especializados. As cenas localmente situadas dão relevo a nós, críticos, globalmente compartilhados, explicitando um conjunto plural de relações que atravessam o processo de trabalho e cuidado em saúde mental. O compartilhamento de experiências e conhecimentos aponta para o que deve ser universalizado: as oportunidades de intercâmbio horizontal ao invés da produção de identidades nacionais irradiadoras de práticas e políticas universalizantes.
Desafios da cooperação internacional em saúde mental abarcam a superação de propostas colonizadoras por meio de práticas horizontais e localmente situadas. O conceito decolonial do terceiro espaço fomenta a construção de entendimentos híbridos, aprendizagens situadas e transformações recíprocas entre países. Buscamos relatar uma experiência de cooperação internacional entre Brasil e Itália, no âmbito da saúde mental, decorrente de uma pesquisa qualitativa, colaborativa e etnográfica, por meio de uma comunidade virtual de prática. Interações entre gestores, profissionais, usuários, familiares e membros da comunidade, brasileiros e italianos, foram analisadas no software NVIVO e explicitaram imaginários, contradições e potências do cuidado em saúde mental nas duas localidades. As transformações ocorridas nas trocas possibilitaram des/re/fazer identidades cristalizadas sobre o outro país, identificar singularidades e similaridades, assim como criar e reafirmar caminhos que valorizem os princípios da reforma psiquiátrica.
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