A partir do “caso Ferenczi”, como identificado em um texto de sua paciente/analista, Elizabeth Severn, o artigo apresenta e desenvolve três questões pertinentes à psicanálise contemporânea: uma crítica à ênfase na leitura diagnóstica, em especial quando normatizadora; a criação de espaços intersubjetivos em análise, e sua dimensão potencial; e a maneira como a “loucura”, uma vez compartilhada, é psiquicamente mobilizadora e permite a emergência de conteúdos relevantes tanto para o paciente como para o analista. Discute-se se possibilidade de adotar uma posição não normativa frente aos elementos disruptivos do psiquismo do outro não seria, ao menos em parte, resultado da capacidade do analista em transitar por entre fragmentos de seu próprio psiquismo.
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