O sono é um estado cíclico que proporciona alterações fisiológicas e comportamentais responsáveis pela manutenção funcional e cognitiva. A prática de exercício aeróbio pode proporcionar efeitos positivos tanto no sono, quanto na qualidade de vida. O objetivo do estudo foi analisar a interferência da prática regular de exercício aeróbico na qualidade do sono nos participantes do Projeto de extensão “Caminhar e Correr para Viver Melhor”, durante o ano de 2018.  Os voluntários responderam o questionário Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP), antes do início das atividades e após 12 semanas de treinamento, com atividade de caminhada e/ou corrida três vezes por semana com duração média de 60 minutos. Participaram do estudo 15 voluntários de ambos os sexos, com média de idade de 32,6 anos (± 12,5). Observou-se que os índices de qualidade subjetiva do sono (1,23 ± 0,83 vs. 0,69 ± 0,48; p = 0,04) e no PSQI Total (7,61 ± 2,69 vs. 5,15 ± 2,76; p = 0,02), apresentaram uma redução significativa, demostrando eficiência do treinamento e, consequentemente, melhora desses fatores. Assim, nota-se que a prática de exercícios física aeróbica nas modalidades de caminhada e corrida pode ser um fator benéfico para melhora na qualidade do sono.

Em 2020, em virtude da pandemia provocada pelo coronavírus (SARS-CoV-2), inúmeras restrições foram impostas acarretando mudanças comportamentais, e, consequentemente, refletindo na realização de atividades físicas e esportivas. Este estudo deriva das adaptações do projeto de extensão “Caminhar e Correr para Viver Melhor” para o meio virtual, objetivando proporcionar à comunidade uma oportunidade em manter-se fisicamente ativa por meio da orientação de exercícios físicos sistematizados de forma síncrona e assíncrona na rede social Instagram. De maio a dezembro, foram realizadas mais de 120 publicações, duas vezes por semana, em formato de vídeos gravados ou lives com orientação, descrição e quantificação das atividades a serem realizadas, além de publicações informativas sobre saúde física e mental. Ocorreram capacitações dos discentes envolvidos, viabilizando a orientação na prescrição de exercícios físicos e as formas de divulgação durante o período de isolamento social. O número de participantes foi aumentando gradativamente mediante as publicações. Apesar de as limitações em relação ao acompanhamento mais próximo do desempenho dos participantes, bem como o uso de ferramentas que permitissem verificar melhorias da qualidade de vida e da composição corporal, as adaptações desse projeto de extensão para o meio virtual possibilitaram a adesão e a realização sistemática de exercícios físicos orientados para a comunidade.