Resumo Objetivo Analisar a associação entre as desigualdades sociais e sanitárias, condições socioeconômicas, segregação espacial e letalidade por COVID-19 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Métodos Estudo ecológico de casos confirmados e óbitos por COVID-19, tendo como unidades de análise os 119 bairros de Fortaleza. Calcularam-se os indicadores de incidência, mortalidade e letalidade aparente por COVID-19, entre 1º de janeiro e 8 de junho de 2020. Indicadores socioeconômicos foram extraídos do Censo Demográfico do Brasil de 2010. Foi realizada análise espacial e calculados índice global e local de Moran. Resultados Foram encontrados 22.830 casos confirmados, 2.333 óbitos e uma letalidade aparente de 12,7% (IC95% 11,6;13,9). Observaram--se autocorrelações espaciais significativas para letalidade aparente (I=0,35) e extrema pobreza (I=0,51), sobrepostas em diversos bairros da cidade. Conclusão A letalidade aparente por COVID-19 está associada a piores condições socioeconômicas e de saúde, demonstrando a relação entre desigualdades sociais e desfechos de saúde em tempos de pandemia.
Objetivo: Analisar a associação entre as desigualdades sociais e sanitárias, condições socioeconômicas, segregação espacial e letalidade por COVID-19 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Métodos: Estudo ecológico de casos confirmados e óbitos por COVID-19, tendo como unidades de análise os 119 bairros de Fortaleza. Objective: To analyze the association between social inequalities and sanitation, socioeconomic conditions, spatial segregation and case-fatality rate (CFR) due to COVID-19 in Fortaleza, Ceará, Brazil. Methods: Ecological study of confirmed cases and deaths due to COVID-19, in 119 neighborhoods in Fortaleza as units of analysis. We calculated the indicators of incidence, mortality and apparent CFR of COVID-19, between January 1 to June 8, 2020. The socioeconomic indicators were extracted from the Demographic Census of Brazil, 2010. Spatial analysis was performed and Moran´s Global and Local index were calculated. Results: We found 22,830 confirmed cases, 2,333 deaths and an apparent lethality of 12.7 (95%CI 11.6;13.9). We observed significant spatial autocorrelations for apparent CFR (I=0.35) and extreme poverty (I=0.51) that overlap in several neighborhoods in the city. Conclusion: Apparent CFR due to COVID-19 is associated with worse socioeconomic and sanitary conditions, demonstrating the relationship between social inequalities and health outcomes in times of pandemic.
Resumo Objetivo: Analisar a associação entre padrões de marcadores do consumo alimentar com níveis pressóricos elevados em brasileiros. Métodos: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, tendo como desfecho níveis pressóricos elevados, aferidos durante entrevistas realizadas entre agosto e novembro de 2013. Foram identificados padrões de marcadores do consumo alimentar, as variáveis de exposição. Calculou-se razão de prevalências (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) por regressão de Poisson multivariável. Resultados: A prevalência de níveis pressóricos elevados foi de 16,0% (IC95% 15,3;16,7) na amostra de 37.216 participantes, sendo maior naqueles com dieta que incluía carne e bebidas alcoólicas (RP=1,21 - IC95% 1,08;1,35). O padrão com maior presença de verduras e legumes não apresentou associação estatisticamente significante com níveis pressóricos elevados (RP=0,94 - IC95% 0,84;1,06). Conclusão: O padrão marcado pelo consumo de carne e bebidas alcoólicas mostrou-se associado com níveis pressóricos elevados.
Trata-se de um estudo do tipo caso-controle pareado com o objetivo de verificar a associação entre ocupações e cânceres linfohematopoiéticos em um hospital público de referência no Estado do Ceará, Brasil, durante 2019-2021. O grupo caso foi constituído por pacientes hematológicos que apresentavam mieloma múltiplo, leucemias ou linfomas não Hodgkin, acompanhados pelo serviço social de uma unidade hospitalar de transplante de medula óssea (n = 114), enquanto indivíduos comparáveis de unidade hospitalar distinta constituíram o grupo controle (n = 114), formando pares 1:1. O diagnóstico foi efetuado por equipe médica e as variáveis foram aferidas por acesso aos registros hospitalares. Comparamos os grupos em regressão logística condicional bivariada e ajustada por região de residência. Entre os resultados, destacamos que o câncer de maior prevalência no grupo caso foi o mieloma múltiplo (43,9%), seguido pelas leucemias (43%) e por linfomas não Hodgkin (13,2%). Proporções de ocupações, zona de residência, abastecimento de água e Superintendência Regional de Saúde de residência apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos caso e controle. Verificamos que trabalhadores rurais possuíam maiores chances de apresentar os cânceres estudados (ORbruto = 5,00, IC95%: 1,91; 13,06 e ORajustado = 3,38, IC95%: 1,20; 9,54), enquanto trabalhadores do comércio apresentaram menores chances (ORbruto = 0,26, IC95%: 0,10; 0,70 e ORajustado = 0,30, IC95%: 0,10; 0,88). Os achados deste estudo possibilitam reflexões sobre o processo de adoecimento dos trabalhadores rurais e refletem o potencial dos serviços de saúde em contribuir com investigações sobre exposições ocupacionais.
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