O artigo apresenta um mapeamento dos grupos e instituições que produzem pesquisas na área de educação sobre a infância, a criança e a educação infantil no Brasil, por regiões geográficas e principais temas investigados. Para o desenvolvimento da pesquisa, procedeu-se a consultas no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, nos Cadernos de Indicadores dos Programas de Pós Graduação em Educação, relativos ao ano de 2006, e na base Lattes do CNPq.
A Educação Infantil vem se consolidando como o momento de entrada das crianças no sistema educacional e, portanto, como condição que altera as formas de participação no espaço público no início da vida. Com uma abordagem que compreende a experiência individual e coletiva no espaço institucional como experiência de constituição dos sujeitos, o que inclui as aprendizagens - de si, do outro e do mundo - no contexto de relações das crianças entre si e com os adultos, este artigo analisa as concepções de educadoras sobre a educação de meninos no contexto institucional. As informações construídas durante a pesquisa indicam que elas orientam-se por uma imagem de masculinidade que priva os meninos de maior contato corporal e afetivo e de experiências significativas de convivência e brincadeiras tidas como adequadas somente para as meninas.
O presente trabalho tem como objetivo resgatar alguns aspectos da história da educação infantil, desde sua origem, destacando sua transformação em direito das crianças e obrigação do Estado, o que ocorreu com a Constituição Federal de 1988. A partir da análise de documentos da legislação brasileira, em especial as constituições e as leis de diretrizes e bases da educação nacional, e de outros documentos produzidos no âmbito do poder federal e por especialistas ligados à área, o trabalho evidencia que, apesar de estar legalmente reconhecida enquanto direito, ainda não há uma rede de instituições de educação infantil que atenda satisfatoriamente as crianças brasileiras.
O objeto deste artigo é a relação entre famílias e a instituição de Educação Infantil (IEI) e buscou responder à seguinte pergunta: que significados os familiares constroem sobre a frequência de suas crianças à IEI? O enfoque adotado foi o da análise compreensiva do fenômeno das relações entre famílias e escola, com o propósito de elucidar as possibilidades do compartilhamento do cuidado e educação de bebês e crianças de 0 a 5 anos como função da Educação Infantil. A pesquisa, de caráter qualitativo, abrangeu diferentes instrumentos de construção de dados, dentre os quais a realização de grupos focais com familiares, que constituem as fontes empíricas analisadas neste artigo. A categoria central discutida é o compartilhamento e seus elementos constitutivos. Como resultados, a pesquisa revelou que o compartilhamento do cuidado e educação das crianças apresenta dimensões espaço-temporais que extrapolam os tempos e espaços da escola e se relaciona com processos de construção da confiança, segurança e bem-estar de crianças e adultos.
RESUMO:Este artigo tem por objetivo refletir sobre a educação infantil no Brasil e o direito das crianças e famílias residentes em áreas rurais a essa etapa da educação básica. Discutiu-se a educação da criança pequena como objeto das lutas e práticas sociais urbanas. Em seguida, foram analisadas as condições de oferta e ponto de vista de famílias moradoras de áreas rurais de dois municípios, de modo a evidenciar os dilemas e as tensões da implementação da educação institucional de crianças de zero até seis anos residentes no campo.
Palavras-chave: Famílias rurais. Educação infantil. Educação infantil do campo.
Childhood Education and families living in rural areas: demands and conceptions in two municipalities of BrazilABSTRACT: This article aims to reflect on childhood education in Brazil and the right of access to it of children and families living in rural areas. The early childhood education as an object of urban social struggles and practices is discussed. Subsequently, the conditions of supply and the point of view
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