A principal limitação dos sistemas de produção de leite em pastagem é a variação da taxa de acúmulo de forragem devido o déficit hídrico no período seco. O uso de suplementos volumosos e os subprodutos agrícolas são opções que evitam oscilações na produção de leite. Dentre as opções existem a silagem de milho e sorgo e a casca de soja, um subproduto fibroso. Por isso, o objetivo desta revisão é analisar o potencial da suplementação com silagem e casca de soja e suas implicações sobre o consumo, digestibilidade e desempenho na produção e composição do leite de vacas em lactação criadas em pastagem no período de escassez hídrica. O milho é considerado a cultura padrão por apresentar uma silagem com bom valor nutritivo e boa digestibilidade, contudo, o sorgo tem se mostrando uma boa opção em substituição ao milho, devido sua maior tolerância ao déficit hídrico, menor custo com adubação, possibilidade de uso de rebrota ou segunda safra de silagem. Mesmo não sendo caracterizado como volumoso, a casca de soja, considerada uma fonte de fibra fermentável, mantém o teor de fibra adequado na dieta, o que garante concentrações de acetato ruminal e teor de gordura do leite. Não foram observadas diferenças na produção e composição do leite ao comparar as silagens de milho e de sorgo. O uso de suplementos volumosos pode ocasionar uma redução de 35 minutos no tempo de pastejo. A escolha do volumoso suplementar deve considerar as características de cada sistema de produção e sua viabilidade econômica.
A estratégia de suplementação de bovinos em pasto durante a época das águas visa atingir um ganho de peso adicional a partir da utilização da energia latente das gramíneas tropicais. Algumas estratégias de suplementação podem ser adotadas nesse período, elas consistem em suplementar os animais com minerais, energia e proteína em diversas proporções. Consequentemente, o objetivo com essa revisão é apresentar as estratégias disponíveis e mostrar em quais casos cada uma se adequa. O que determina o tipo de suplementação é o conhecimento do valor nutritivo do recurso forrageiro basal, principalmente a relação energia:proteína, e as necessidades nutricionais dos animais. Se a relação energia:proteína for baixa, indica-se a suplementação energética, que geralmente ocorre quando há excesso de proteína nas gramíneas, em decorrência do manejo do pasto e da adubação nitrogenada. Quando a relação energia:proteína é alta o suplemento deve conter maior teor de proteína. As restrições de proteína são mais comuns em sistemas nacionais de produção de carne bovina. No entanto, existem situações específicas, dependendo da meta de produção, em que a suplementação deve ser realizada com fornecimento de energia e proteína.
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