Características da personalidade de adolescentes com Lúpus Eritematoso sistêmico (LES) foram estudadas por meio do método de Rorschach e da Escala Wechsler de Inteligência. A atividade da doença foi avaliada através do Índice de Atividade do LES (SLEDAI). Na Escala Wechsler, o QI médio do Grupo Índice foi menor que o do Grupo Controle. No Rorschach, as pacientes com lúpus apresentaram maior dificuldade nas relações interpessoais e na auto-estima, porém com recursos para processar afeto e tolerar estresse. Foi observada correlação positiva moderada entre o índice da atividade da doença e a proporção de constrição afetiva: quanto maior o escore do SLEDAI, menor a capacidade para processar emoção. A correlação entre o SLEDAI e o QI foi positiva: quanto maior o índice de atividade do LES, menos recursos intelectuais se mostram disponíveis.
Resumo: A produção de desenhos em grupo e o método de Rorschach foram utilizados ao longo do tratamento de um paciente com esquizofrenia, acompanhado em Centro de Atenção Psicossocial. O referencial proposto para a compreensão do caso é o método fenômeno-estrutural que busca acessar o modo de ser e de vivenciar a doença que afeta o paciente, a partir do que ele revela nas imagens e na linguagem. Aos desenhos de cores acromáticas e conteúdos humanos deformados, o paciente insere cores, representantes da expressão afetiva, e fi guras humanas integradas, denotando disponibilidade nas relações. O Rorschach indica contato mais adequado com a realidade, dado a diminuição da distorção da percepção da forma e de fi guras fantasiosas. Após diminuição da sintomatologia persecutória e isolamento social, o paciente recebeu alta. O uso desses instrumentos tem contribuído na difícil tarefa diagnóstica e no acompanhamento da evolução de pacientes, nos cuidados interdisciplinares em saúde mental.Palavras-chave: desenho, Teste de Rorschach, fenomenologia, esquizofrenia.Workshop design and Rorschach: structural-phenomenological study Abstract: The production of drawings in group and the Rorschach test were used in the course of a semi-intensive psychiatric treatment of a patient with schizophrenia cared for in a Psychosocial Care Center. The structural-phenomenological method, which aims to understand individuals' way of being and experiencing a disease based on what they reveal in images and language, was used. The patient inserted colors, which represent affective expression, on drawings of achromatic colors and integrated human fi gures on deformed human contents showing availability in relationships. The Rorschach indicates a more appropriate contact with reality given the diminished distorted perception of fantasized form and fi gures. The patient was discharged after persecutory symptoms and social isolation decreased. The use of such techniques has aided the diffi cult task of diagnosing and monitoring changes in patients in multidisciplinary mental health care.Keywords: drawing, Rorschach Test, phenomenology, schizophrenia. Taller para el diseño y Rorschach: estudio fenómeno-estructuralResumen: La producción de dibujos en grupo y el psicodiagnóstico de Rorschach de un paciente con esquizofrenia en un tratamiento psiquiátrico semi-intensivo fueron analizados. Este relato de experiencia profesional explicita la aplicación del método fenómeno-estructural, que trata de comprender la forma de ser y vivenciar del paciente y el modo como este muestra en imágenes y en el lenguaje la enfermedad que lo afecta. A los dibujos de colores acromáticos y contenidos humanos deformados, el paciente inserta colores, representantes de la expresión afectiva, y fi guras humanas integradas, que muestran disponibilidad relacional. El Rorschach indica contacto más adecuado con la realidad, disminución de la distorsión perceptiva de forma y de contenidos fantasiosos. Frente la reducción de los síntomas de persecución y de aislamiento social, el pa...
A análise fenômeno-estrutural possibilita compreender a evolução de uma paciente a partir da produção livre de desenhos e de suas verbalizações. Acompanhamos uma pessoa adulta com depressão ao longo de três anos. Em atividade grupal, a paciente produziu desenhos que mostram preocupações e interesses com os detalhes, ritmo de produção lento, porém de modo cuidado e atento. As cores são presentes e suaves. Há pouca expressão de movimento, denotando predomínio da racionalidade sobre a sensorialidade. O sofrimento e o desamparo diminuíram e ela desenvolveu possibilidades associativas entre os acontecimentos depressivos e sua história de vida, o que não ocorria no início do tratamento. A paciente conquistou uma abertura em direção ao porvir, à alteridade e ao reconhecimento do outro. Dessa forma, a interlocução é central no método fenômeno-estrutural onde as evoluções são compreendidas pelo acesso à subjetividade compartilhada. Os mecanismos de ligação e corte se encontram não apenas nas estruturas epilépticas e esquizofrênicas, mas em qualquer estrutura humana, incluindo as vivências depressivas.
Fenomenología de la vida en investigaciones clínicas Fenomenologia da Vida em Pesquisas ClínicasResumo: Apresentaremos uma possível operacionalidade da Fenomenologia da Vida de Michel Henry e seu método em situações clínicas. Neste método investigamos o conceito desenvolvido por Michel Henry nesta fenomenologia denominado corpopropriação e a intuição reflexiva na compreensão e intervenção clínica. É a relação terapêutica em instituições de saúde que é colocada em primeiro plano, tanto nos cuidados a um paciente adulto com transtorno psiquiátrico quanto em grupo com crianças acolhidas. Verifica-se como os terapeutas se corpo-apropriam de seus pacientes e como estes se corpo-apropriam de seus sofrimentos nos cuidados clínicos, bem como o uso das reflexões intuitivas no diálogo. Os resultados nos mostram que um corpo doente pode ser humanizado na relação terapêutica e tem possibilidades de encarnar vivências, ampliando assim a mobilidade afetiva, do sofrer ao fruir de si. No entanto, se a relação não tiver sustentação e continuidade, dificilmente se consegue a estabilidade dessa transformação, mas deixa marcas enraizadas em cada encontro inter-humano. Abstract:We will present a possible operationalization of Michel Henry's Phenomenology of Life and his method in clinical situations. This method investigates the concept developed by Michel Henry in this phenomenology called corpspropriation and the reflexive intuition in the comprehension and clinical intervention. It is a therapeutic relationship in health institutions that is placed In the foreground, both in the care of an adult patient with psychiatric disorder and in a group with sheltered children. It is verified how therapists body-apropriation of their patients and how they body-appropriate their sufferings in clinical care, as well as the use of intuitive reflections in dialogue. The results show that a sick body can be humanized in the therapeutic relationship and has possibilities of embodying experiences, thus increasing the affective mobility, of suffering when enjoying oneself. However, if the relationship does not have support and continuity, it is difficult to achieve the stability of this transformation, but leaves marks rooted in each inter-human encounter.Resumen: Presentaremos una posible operatividad de la Fenomenología de la Vida de Michel Henry y su método en situaciones clínicas. En este método investigamos el concepto desarrollado por Michel Henry en esta fenomenología denominado cuerpopropiación y la intuición reflexiva en la comprensión e intervención clínica. Es la relación terapéutica en instituciones de salud que es colocada en primer plan, tanto en el cuidado a un paciente adulto con trastorno psiquiátrico como en grupo con niños huérfanos. Se verifica cómo los terapeutas se apropian de sus pacientes y cómo éstos se apropian de sus sufrimientos en los cuidados clínicos, así como el uso de las reflexiones intuitivas en el diálogo. Los resultados nos muestran que un cuerpo enfermo puede ser humanizado en la relación terapéutica y tiene po...
The purpose of this study was to investigate the personality characteristics in adolescents with SLE. The research design is a case-control study by means of the Rorschach Method and the Wechsler Intelligence Scale. Study group: 30 female adolescents with lupus, 12–17 years of age. The SLE Disease Activity Index was administered during the period of psychological evaluation. Control group: 32 nonpatient adolescents were matched for age, sex, and socioeconomic level. In the Wechsler Intelligence Scale the mean IQ of the experimental group was significantly lower than that of the control group (77 and 98, respectively, p < .001). In the Rorschach, the lupus patients showed greater difficulty in interpersonal interactions, although they displayed the resources to process affect and to cope with stressful situations. A positive moderate correlation (p = .069) between the activity index of the disease and the affect constriction proportion of the Rorschach was observed: the higher the SLEDAI score, the lower the capacity to process affect. There is a negative correlation between the activity index of the disease and the IQ (p = .001): with a higher activity index of the disease, less intellectual resources are available.
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